Capítulo III - Sensação pós-desgraça

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Notas Iniciais:

Olha só quem apareceu, não é mesmo? HAHA

Bem, esse capítulo não tá muito grande (tá bem pequeno, pra ser franca), mas eu não tava mais aguentando ficar sem postar, até porque já faz uma década que não apareço por aqui (considerando que só agosto foram nove anos).

Só estou feliz por ter finalmente acabado minha outra Jily "Green Eyes" e que apesar de toda a correria do cotidiano da minha vidinha eu ainda vou estar por aqui postando e me dedicando totalmente à essa fanfic <3 Fiquem felizes por isso! hihi.

Bem, não tá grande coisa... Mas aí vai!

Espero que gostem :D

[Capítulo betado por Aline lacre <3]


"Esse quadro... Como vou entregá-lo a James?", pensava comigo enquanto deitada na cama de meu quarto em meio às cobertas. Quanto tempo fazia que estava ali? Cinco minutos? Uma hora? Nem sabia mais dizer.

Em meu celular havia vinte e cinco mensagens de Dorcas que talvez nunca fossem lidas. Falando nela... Precisava alterar o nome na qual salvei o contato dela, tirar aquele coração ridículo, que obviamente ela não tem.

Depois de quase vomitar minhas tripas na lixeira da escola, agradeci Marlene mais uma vez pela ajuda e nós trocamos nossos números, não fiz muito caso. No momento era inimaginável para mim que eu conseguisse arranjar uma nova amizade.

Como podia aguentar duas bombas no mesmo dia? Tinha que lidar não só com o fato de que tinha dado meu primeiro beijo, mas também com o fato de que Dorcas tinha pegado James Potter, o meu primeiro beijo. E é aí que as coisas se revelam injustas. Afinal, existe alguma coisa na vida que seja justa?

Meus olhos ardiam de tanto encarar os pequenos desenhos feitos à mão que preenchiam as paredes de meu quarto. Era uma sensação terrível. Tinha certeza que passaria ao menos umas duas semanas ali deitada na cama feito uma debilitada a procrastinar sobre a noite de hoje.

Meu celular vibrara. Era Severo. Ele me dissera que não seria uma boa ideia ir à festa, devia tê-lo ouvido. Apesar de saber que ele era meu melhor amigo e que era meu confidente de todas as horas, não fiz menção nenhuma de atender. Assim que a ligação caiu na caixa postal o visor do celular mostrou que já eram 00:01.

Segundos depois, ouvi a porta da frente bater.

Mamãe.

Não estava nenhum pouco fácil. Mamãe trabalhava demais e mesmo que ela contratasse alguns funcionários para auxiliá-la, sempre acabava mais sobrecarregada. Sentia-me culpada por não fazer mais por ela, mas era difícil quando se tinha matérias da escola para se colocar em dia e encomendas para serem entregues dentro do prazo.

Os passos nas escadas estavam abafados, ela pensava que eu já dormia. Assim que ouvi a porta do quarto de abrir, fechei os olhos e fingi o sono. Ela beijou-me no rosto delicadamente e saiu, desligando a luz que estava ligada. Mal sabia ela que eu não dormiria nas próximas setenta e duas horas.

Na manhã seguinte, o dia amanheceu nublado, para ajudar o bom humor da pessoa aqui. Levantei-me da cama e caminhei como um ébrio até o banheiro, tamanha era a fadiga de minhas pernas ao tentarem sustentar-me em pé. Olhei-me no espelho e percebi que não havia removido a maquiagem do dia anterior, como poderia lembrar-me disso? Dormir umas duas horas no máximo e olhe lá. Decidi que tomar um banho seria uma boa ideia.

Depois disso, vesti meu velho e adorado pijama de panda e retornei à cama. Enganava-se quem pensava que tomar banho desperta certa disposição. Eu simplesmente queria enfiar-me num buraco e só sair de lá quando sentirem falta, que era nunca.

Betrayed Friendship - JilyOnde histórias criam vida. Descubra agora