Capítulo dois

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Passaram-se semanas desde o dia em que o pastor havia me chamado para falar algo. E dessas semanas, se tornaram um mês, o mês mais lento da minha vida. Talvez fosse pelo fato do pastor Rodrigo estar me evitando descaradamente.

Hoje é segunda feira. Estava ajudando na reunião com alguns poucos obreiros. Quando vou pegar um propósito na sala de campanha para o pastor Alessandro, o pastor Rodrigo aparece por lá.

- Na saída quero falar com você. - Ele diz.

Um turbilhão de pensamentos surgem em minha cabeça, e meu estômago revira.

- Sim, senhor, pastor. - Esforço-me bastante para sorrir para ele.

Durante um mês ele me evitou, e do nada aparece querendo conversar? Realmente... Se não fosse pelo título, eu não iria conversar com ele assim tão fácil. Se não fosse pelo temor pelo homem de Deus que ele é, ou por minha curiosidade, eu não iria.

A reunião se encerra, e eu vou correndo para a salinha das obreiras para me trocar. Meu estômago revira só de tentar imaginar oque o pastor tem pra dizer, mas peço a Deus, coragem para ir ao encontro do dele.
Enquanto me troco, minha cabeça parece não entender que era somente uma conversa que eu teria, e manda um mal estar para o meu corpo, seguido de um enjoo repentino.
Ao olhar para o espelho, a palidez é nítida em meu rosto, então passo um batom mais forte para disfarçar a minha cara de sofrida. Logo após, saio da salinha andando pela igreja a procura do pastor.
Por dentro, devido ao mal estar, torço para o pastor não aparecer.
Enquanto tento sair de fininho, vejo o pastor Rodrigo conversando com o obreiro Bernardo em um dos últimos bancos da igreja. Mesmo que eu tentasse sair discretamente, era impossível, já que ambos voltaram suas atenções para mim, e logo voltaram a conversar.

Já que o pastor me viu ali, resolvi me sentar em uma mureta do lado de fora da igreja, e esperá-lo ali.
Meia hora se passou, eu já estava jogando em meu smartphone impacientemente, até que o pastor apareceu para abaixar as portas da igreja.

Guardo o smartphone e me levanto da mureta, aliviada por não ter que esperar mais.
Ele se vira em minha direção e parece surpreso com a minha presença ali.

- Ainda está aqui? - Ele se aproxima um pouco sem graça.

Meio óbvio, né?

- O senhor disse que queria falar comigo, então esperei. - Sinto meu estômago revirar.

Ele suspira.

- Vai embora. está tarde.

Recuso com a cabeça, e ele solta outro suspiro. Parece estar nervoso.

- Obreira, não era nada demais. Já resolvi esse assunto. - Ele dá um sorriso sem graça e caminha para o lado oposto de mim.

- Mas era sobre oque, pastor? - Sigo ele.

Ele puxa a porta para baixo, suspira, e se vira em minha direção.

- Obreira, não insista. Me obedece, por favor, e vai pra casa que está tarde. Se o pastor aparece aqui e a gente conversando sozinhos a essa hora, ele vai chamar nossa atenção. - Ele diz pacientemente, porém ainda nervoso.

Respiro fundo, e concordo.

Vou andando para casa. Levo cerca de quinze minutos da igreja para casa.

Oque houve com o pastor? Por que ele está agindo dessa maneira? Ele nunca falou tão sério como falou nessa noite. Será que ele levou uma bronca do pastor por falar comigo após a reunião um mês atrás? Me recuso acreditar que isso seja verdade, já que primeiro, o pastor não nos viu, segundo, não estávamos falando nada demais, e terceiro, ele queria conversar comigo hoje.

Inconformada é pouco para oque estou sentindo nesse momento.

Meu celular tem um ataque de vibrações assim que chego em casa, e tenho contato com o wifi.
Olho no Facebook, uma solicitação de amizade. É o...

* Ei, ei! Antes de ir embora, eu gostaria de agradecer a vocês que estão acompanhando a história até aqui. Tenho certeza que irá ajudar muito cada uma de vocês.
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A vida sentimental de uma obreiraOnde histórias criam vida. Descubra agora