Rebeca Vieira
É estranho acordar com alguém ao seu lado quando você não é acostumada a ter ninguém na sua cama, Henrique está com os braços e perna em cima de mim, como se fosse me proteger de algo muito terrível, e estou encolhida deitada no seu peito. E por incrível que pareça, estou gostando disso, gostando até demais. Me levanto da cama com cuidado e olho o horário, ainda está cedo, vou tomar um banho relaxante e demorado.
Assim que termino coloco uma roupa de frio, o tempo mudou drasticamente, está muito frio, quando saio do banheiro, escuto barulho do chuveiro do outro banheiro, peço o café da manhã e enquanto espero, olho a agenda, muitas coisas pra resolver, a comida chega e eu peço para entrar com as coisas, depois que o garçom ajeita a mesa ele se retira, me sento e começo a comer.
— Bom dia. — Henrique diz se sentando e pegando um pão.
— Bom dia, anda rápido, temos muitas coisas para fazer. — Aviso e ele me olha com mais atenção.
— Eu acabo de acordar e você já quer me apressar, você é muito chata. — Reviro os olhos.
— Sou paga para ser chata, você tem que cumprir sua agenda e eu tenho que te lembrar dela. — Me levanto. — Anda rápido.(...)
— Para de ser idiota Henrique, isso não vai dar certo. — Eu digo quando ele insiste em querer cometer um erro em um projeto, só estamos nos dois na sala.
— E o que você entende sobre arquitetura?
— O básico, mas tenho bom gosto e isso está horrível, muito feio, vão recusar na hora. — Eu digo e ele me olha.
— Eu não lembro de pedir sua opinião.
— Não importa, estou aqui para ajudar e mesmo sem você me pedir eu vou dizer. — Digo dando uma mordida na minha maçã.
— Você é muito abusada. — Ele diz e me puxa pela cintura me fazendo sentar no seu colo e cheira o meu pescoço. — Muito cheirosa. — Diz enquanto chupa devagar, uma mão segura forte minha cintura e a outra desce pela minha coxa e vai para debaixo da minha saia, sua mão acaricia minha intimidade, me causando um arrepio pelo corpo inteiro.
(...)— Henrique, nunca mais vamos transar na empresa, imagina se alguém entra na sala. — Digo enquanto ajeito minha roupa e ele gargalha enquanto coloca a blusa.
— Você é muito chata, ninguém vai entrar aqui.
— Claro que vai, eu deveria estar lá fora sentada à mesa para evitar que entrem sem avisar, mas olha onde eu estava a poucos minutos atrás: de quatro para o meu chefe e gemendo. — Digo e ele ri mais.
— Você é engraçada e se alguém visse, ninguém iria reclamar ou dizer nada, eu que mando aqui. — Reviro os olhos.
— Você se acha demais, que horror. — Jogo para ele o blazer que estava nos meus pés.
— Só disse a verdade, você é chata demais. — Diz e se senta na cadeira e mexe no notebook.
— Vamos almoçar, você paga. — Digo e pego minha bolsa para sair da sala, estou com muita fome.(...)
— Eu fico pensando como meu pai te aturou todos esses anos, você é muito atrapalhada e intrometida. — Henrique diz durante o nosso almoço.
— Não ouvi você falando nenhum defeito, são qualidades, para dizer a verdade são charmes. — Brinco e ele ri.
— Nas reuniões com meu pai, você também se intrometia nas coisas? Nos projetos?
— Claro, as vezes ele se esquecia de alguma coisa e eu o lembrava.
Ele assente. — O que vamos fazer hoje?
— Não sei, está muito frio.
— Você não parece estar com muito frio, está de saia. — Reviro os olhos.
— Saia, meia-calça, um casaco de pele que vai até os pés, não se esqueça.
— Não dá pra esquecer, ele te engole, você já é pequena, com esse casaco piorou. — Mostro meu dedo do meio para ele, que rir e começo. Assim foi o nosso almoço.(...)
O hotel pode não ser minha casa, mas chegar aqui é reconfortante, saber que vou descansar é a melhor coisa que tem depois de um dia de trabalho.
Tomo um banho quente e coloco meu pijama.
— Pensei que íamos sair. — Henrique diz quando me vê sentada com pipoca e doces que comprei na lojinha do hotel.
— Não, hoje vamos assistir um filme e ficar abraçados. — Eu digo e ele concorda, vai para o banheiro e sai de lá com uma calça de moletom e sem camisa, se senta atrás de mim e eu faço ele de apoio, começo a mudar os canais, nada que realmente estivesse me interessando, até eu ver que começou o filme A culpa é das estrelas.
— Ah não, não vou assistir esse filme.
— Claro que vai, ou você vai deixar sua namorada de mentira triste?
— Não.
— Eu sabia. — Me viro e dou um beijo casto nos seus lábios.
O filme me deixa muito sentimental, claro que chorei, Henrique todo carinhoso me reconfortando e fazendo carinho, até que o celular dele toca e ele vai à varanda atender, não escuto a conversa, mas sei que não é nada bom, escuto ele gritar uma vez.
Henrique sai transtornado.
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Um caso com meu chefe
RomanceHenrique volta ao Brasil, para assumir a presidência da empresa do seu pai, que quer se aposentar. Mas tem um pequeno problema, não pode demitir a secretária. A única exigência do seu pai. Acostumado em dar ordens sem ser questionado, não gostou de...