Capítulo Dois

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Oi meus anjosss, resolvi postar o capítulo dois hoje porque vocês são meus amores ❤❤❤

Henrique Lacerda

Para ser sincero, eu não estava muito afim de voltar para o Brasil, muito menos ficar trabalhando no Rio de Janeiro. Não quero ficar perto da minha madrasta, mas não tenho outra solução, por mais que eu tenha vinte e oito anos, meu pai ainda tenta me manter em linha reta.
Ele me avisou sobre a secretária estabanada dele, disse que ela era um pouco atrapalhada, mas faz seu serviço bem e me pediu para ter paciência com ela, eu não quero saber de secretária nenhuma, mas ele fez questão que eu prometesse que não iria demiti-la, mesmo quando ela me desse suas respostas desaforadas.
Se eu soubesse que ela era uma mulher bonita e gostosa, teria trocado de secretária, não está nos meus planos transar com mulheres que trabalham para mim, gosto mais de modelos, só que ela me chamou atenção, não só pela beleza, mas pelas respostas que ela dá sem medo de ser demitida.
Se eu não gosto do Rio de Janeiro, pior ainda de São Paulo, mas infelizmente tenho que ir. Logo vou avisando para ela sobre a viagem e tenho certeza que ela me daria uma resposta malcriada.
Ajeito minha mala e pego um copo de whisky com gelo e me jogo no sofá bebendo o líquido de uma só vez.
Olho para o relógio e vejo que já posso sair de casa, desço com a mala e digo o endereço da Rebeca para o motorista.
Meia hora depois, paramos em frente a uma casa simples, bem cuidada, o bairro não é um dos mais perigosos, mas também não é confiável, saio do carro e bato na porta, escuto um grito, ela mandando esperar e escuto barulho de alguma coisa caindo, espero que ela não tenha quebrado algum membro do corpo, preciso dela em São Paulo, dez minutos depois ela abre a porta, meio ofegante e o cabelo um pouco bagunçado.
— Tava correndo uma maratona, Senhorita Vieira? — Pergunto e ela revira os olhos, tranca a porta e vai em direção ao carro.
— Não, apenas tive algumas... complicações. — Ela diz tentando não rir, coloco a mala dela no porta-malas e entramos no carro.
— Já percebi que pentear seu cabelo não está entre seus hobbies, não é?
— Você tá querendo mandar até no meu cabelo? — Ela bufa. — Vai tentar controlar esses cachos revoltos para você ver só. — Ela diz e começa a resmungar baixinho, tenho vontade de rir, mas não faço, o resto do caminho não conversamos mais.
Quando chegamos, ela foi quieta me seguindo, não disse nenhuma gracinha, mas pelo que pude contar ela escorregou ou bateu em alguma coisa umas sete vezes, ela deve ter muitas marcas pelo corpo, nunca vi mulher tão desastrada igual a ela.

(...)

São Paulo

Rebeca é uma mulher independente, mesmo sendo bastante desastrada, ela não quis que eu ajudasse com sua mala.
Chegamos ao hotel e tivemos um grande problema com as reservas. Como não me importo e espero que ela também não, vamos ter que dividir o mesmo quarto. Só essa que me faltava. Peguei as chaves do nosso quarto, que tem uma cama de casal, perto da janela e uma de solteiro do outro lado, ela entra e corre até a cama que está perto da grande janela.
— Por que correu?
— Porque eu só gosto de dormir perto de janela. —  Da de ombros. — Se importa? —  Antes de eu responder, ela levanta a mão para eu me calar. — Não me importo, eu vou dormir aqui. Já basta ter que dividir o quarto com você. — Ela bate com a mão no colchão e se deita.
— Você é muito delicada para uma mulher. — Ela revira os olhos.
— Não lembro de ter te perguntado alguma coisa. — Diz com um sorriso irônico nos lábios que estão vermelhos por causa do batom.
—  E não perguntou. — Me sento na cama que irei dormir. — Não tem medo de perder o seu emprego?
— Não tenho medo de nada, Senhor Lacerda.
—  Claro que deve ter medo de alguma coisa, deveria ter medo de perder seu emprego, tenho certeza que você ajuda alguém da sua família. —  Tento adivinhar, mas ela nega.
— Não, muito pelo contrário, meu pai é aposentado da marinha e minha mãe está perto de se aposentar, ela é médica. — Ela tira o cabelo do rosto. — Meu irmão é do bope, acredite, eu sou a condenada da família. —  Começo a rir.
— Meu pai diz que você faz faculdade. — Comento tentando puxar assunto.
— E faço, estou no penúltimo ano de filosofia. — Diz orgulhosa.
— Então você quer dar aula? Por que não entrou nas forças armadas ou fez Medicina igual sua mãe?
— Porque eu não quero, então quer dizer que você fez engenharia só por causa do seu pai? — Ela pergunta e percebo o tom de zombaria da sua voz.
— Sim, na verdade, eu não tinha nada mais interessante para fazer.
Nossa conversa flui de forma interessante. Nunca passei tanto tempo assim conversando com uma mulher, da qual não estivesse interessado em algo mais. Engraçado eu dizer isso, mas a Rebeca além de desastrada tem um algo a mais.
Meu celular apita e vejo que é mensagem do meu amigo Leandro.
Leandro: Vamos pra balada?
Henrique: Tá maluco, cheguei quase agora, já vai amanhecer.
Leandro: Relaxa cara, vamos à uma boate 24 horas.
Henrique: Me passa o endereço.
Olho para Rebeca quase dormindo na cama e penso em não a chamar para ir comigo.
— Tá afim de ir pra balada? — Ela me olha como se fosse louco.
— Já vai amanhecer, normalmente esse horário o pessoal está indo embora.
— É uma boate que funciona 24 horas. — Explico e vejo ela se levantar e correr até a mala.
—  Espera, vou me ajeitar rapidinho.
Ela diz apressada e eu apenas pego uma blusa polo Branca e vou até o banheiro, espero mais dez minutos e Rebeca está pronta, bem sexy, sexy até demais para o meu gosto, um short de couro cintura alta e um cropet preto, não sou muito fã de moda, mas ela está chamando muita atenção, principalmente com o salto alto e maquiagem forte.
— Vamos ou vai ficar parado aí? — Ela diz de braços cruzados.
— Vamos, você não vai levar nenhum documento? — Pergunto.
— Estou levando identidade, dinheiro e cartão de crédito. — Ela diz sorrindo, olho para a roupa dela e não vejo nenhum bolso.
—  E onde você colocou? — Pergunto olhando para o short só para confirmar não haver nenhum bolso.
—  O bolso é por dentro, vamos logo. — Ela sai do quarto e eu a sigo.
(...)

A boate parece estar calma, mas quando entramos vejo que foi tudo um engano, não é de grande porte, porém estava cheia, vários poles dances espalhados, muitos garçons serviam bebidas nas mesas e a música estava alta.
Andamos até encontrar o Leandro.
— Vou dançar. —  Rebeca diz depois do terceiro copo de vodka e eu assinto.
—  Cara, eu quero uma secretária dessa também. —  Ele diz e eu rio.
— Se eu soubesse que teria uma secretária tão gostosa assim, já teria voltado para o Brasil antes. — Digo rindo.
— Você é um sortudo filho da mãe. —  Ele dá um tapa nas minhas costas, conversamos e rimos bastante, quando nos surpreendemos com Rebeca se jogando em cima da gente.
— Vamos beber. — Ela diz já um pouco bêbada.
— Garota, você saiu para dançar e estava normal, como você ficou nesse estado? —  Leandro pergunta rindo.
— Os garçons tão por aí para isso. — Ela diz divertida e pede três tequilas e me empurra para o banco ao lado. — Sai daqui idiota. — Ela se senta. —  Meninos, vamos nos divertir. — Ela diz dando ordem e bebe de uma só vez o copo dela, fazemos o mesmo, e ela pede mais, quando percebo já estou me sentindo meio tonto.
—  Melhor eu parar por aqui. — Leandro diz.
— Eu também.
— Vocês são chatos. — Ela resmunga. — Eu vou dançar lá em cima. —  Olho para ela assustado, claro que eu não ia deixar minha secretária pagar mico. —  Pole dance.
—  Rebeca, você não sabe dançar no Pole dance, vai se machucar. — Digo rindo e ela se levanta sorrindo.
— Isso é o que você pensa, cinco anos de aula, querido. — Ela diz e some no meio da multidão, olho nervoso para Leandro e andamos procurando por ela, até que achamos ela falando com o DJ e andando até um Pole dance, olho com curiosidade para a loira.
A música que começa a tocar eu não reconheço, mas a batida é forte, ela começa a dançar se segurando no Pole dance, mas ainda não sobe, os movimentos são sexys e ela olha nos meus olhos, luzes em cima dela começam a piscar e ela sobe, seu corpo desliza pelo ferro de forma sexy e determinada, seu olhar feroz me faz promessas quentes, as dançarinas da boate acompanham ela, cada uma em seu lugar, mas Rebeca me chama atenção, não só pelo fato de ela ser a única loira e as outras cinco dançarinas morenas, mas o olhar, está me deixando com muito tesão, os homens em volta gritam feito loucos, não me importo, apenas quero ela na minha cama o mais rápido possível.
A música termina e ela desci, vem andando de forma sexy em minha direção e para bem na minha frente, sinto sua mão delicada no meu pescoço e ela me puxando para um beijo, agarrei sua cintura com força e começamos um beijo bem quente, nos separamos pela falta de ar.
— Acho melhor irmos para o hotel. — Digo e ela morde meu lábio inferior.
— Mas eu quero me divertir. — Ela diz manhosa.
— Vamos nos divertir, apenas nos dois. — Digo e ela sorri, me puxa pela mão e saímos sem nos despedir de Leandro, entramos no primeiro táxi que vimos e dou o endereço do hotel. Não demorou muito para chegarmos, paguei a corrida e andamos rápido para dentro do hotel, entramos no elevador que estava cheio, fico olhando o corpo da Rebeca, ela é magra, nada de mais, mas me chamou atenção, e ainda tem aquele jeito determinado e respondão, eu a quero.
Chegamos ao nosso andar e seguimos em silêncio até o quarto, assim que fecho a porta, avanço para cima da Rebeca, agarro sua cintura e a puxo para mim.

Um caso com meu chefeOnde histórias criam vida. Descubra agora