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2014

— Alex, abre a porta — Megan girava a maçaneta. Sem chance. Trancada.

— Nós queremos te ajudar — Jimin batia os pés no chão, aflito.

   Jungkook era o mais nervoso. Seu cabelo estava todo desgrenhado de tanto que passara os dedos entre os fios.

— Anjinho, por favor — ele disse.

   Os três estavam ali faziam vinte minutos.

   Grace avisou eles, já que a filha não saia do quarto desde a noite anterior, nem para comer, e já eram duas da tarde.

— E-Eu não quero — conseguiram ouvir um soluço por detrás da porta.

— Por que você não quer, Alex? Nós queremos te ajudar e ficar com você.

— Eu não mereço vocês!

— Como assim?

   Não se houve resposta.

— Anjinho? Anjinho, abre essa porta  — Jungkook tentará de novo, pela sétima vez.

   Até que se ouviu um click e Megan empurrou a porta rapidamente, antes que a melhor amiga desistisse e trancasse de novo.

   Alex estava com o rosto inchado, com os olhos vermelhos e com o nariz escorrendo. Mas os amigos não se importavam em como ela estivesse, só queriam sua companhia e sua felicidade.
   Jimin foi o primeiro a abraçá-la, apertando a garota entre seus braços.

— O que aconteceu? — Megan perguntou.

— Eu tive um pesadelo. Um pesadelo que é verdade.

— Como foi seu pesadelo?

— Eu estava sozinha numa sala branco, porque ninguém me queria. Eu era um fardo na vida de todo mundo, nem mamãe me suportava mais. E então meu pai entrou na sala.

   Jungkook ouvia atentamente as palavras ditas por Alex. Ele estava estático na porta.

— É verdade. Eu sou um fardo para minha mãe, para Max. Eu sou um fardo para vocês. Eu apenas deveria sumir!

— Alex, como você pode dizer uma coisa dessas? Você é muio importante para todos nós. — Megan disse.

— Eu só dou trabalho. Vocês tem que me aturar, devem estar cansados disso tudo. De mim.

   Então Jungkook deu alguns passos e parou em frente a garota.

— Anjinho, nós te amamos. Eu te amo!— ele a envolveu em seus braços e beijou sua testa.  Nunca pense isso. Nós nunca vamos te abandonar. Nem sua mãe, nem seu irmão.

   Eles passaram a tarde inteira com a amiga e quando Megan e Jimin tiveram que ir embora, Jungkook ainda ficou lá.

   Ele encarava Alex em silêncio. Ela olhava para o chão e não mexia um músculo de forma voluntária.

— Ei — Alex o olhou. — Pode me contar. Estamos sozinhos agora.

— Contar o quê? — ela se questionou.

— Eu sei que você não está assim por causa do pesadelo.

— N-Não é nada importante — ela desviou o olhar apressadamente.

— Se te causou tudo isso, é importante sim.

— Eu não quero que você perca seu tempo se importando.

— Eu não estou perdendo tempo, estou ganhando, porque você é meu tempo e eu não quero te perder.

— Ok... Há algum tempo, algumas pessoas me xingaram, jogaram coisas em mim, como eu havia te contado... Foi horrível! Eles nunca haviam feito isso novamente, mas ontem, uma menina descobriu o que aconteceu comigo, o porquê das minhas cicatrizes e eles começaram de novo.

   Jungkook se sentia culpado por não ter protegido a amiga direito, mas existiam pessoas tão cruéis no mundo.

— Quem são?

   Alex hesitou um pouco, mas falou os nomes.

— Vou te proteger, Anjinho. Eu prometo.

***

   Os dias se passaram e Alex estava se sentindo bem melhor. Ganhará uma medalha por ter conseguido o segundo lugar no concurso de natação e uma de suas pinturas foi selecionada para ser exposta na exposição de artes da escola.
   Era a pintura mais especial que ela já havia feito. Com o pôr do sol de fundo, um anjo se instalava no topo de uma montanha e atrás, a silhueta de um garoto. As cores se misturava de maneira impressionante.

— No que está pensando aí, sua Sem Pai? — um dos garotos que a perturbavam empurrou de leve seu ombro.

— Pare, por favor! — ela suplicou.

— Olha que educadinha — outro menino riu.

— Tem que ser educada mesmo, para encobrir o quanto você é esquisita — a pior de todas, Jennyfer, jogou o resto do conteúdo do suco que estava bebendo em cima de Alex.

   A garota fechou os olhos, contando até dez mentalmente. Não poderia se mostrar fraca na frente deles.

   No final do corredor, saindo da treino de futebol americano, Jimin e Jungkook viram algumas pessoas rindo, mas apenas seguiram seu caminho. Até que escutaram um pequeno soluço — cujo Jungkook conhecia muito bem.
   Ele cerrou os punhos e foi com passos pesados até o grupo em sua frente.

— Deixem-a em paz! — exclamar.

— O asiático veio defender a órfã, é? — Bruce riu.

   Jimin segurou a mão de Alex e a ajudou a levantar.

— É, eu vim, porque ao contrário de você, eu não sou babaca!

— Tá nervosinho?

— Estou com raiva. Raiva de idiotas sem coração terem coragem de fazer uma coisas dessas.

   Jungkook ia indo atrás dos amigos, que já estavam afastados, pois Jimin fez questão de retirar a garota dali o mais rápido possível. Então, ele percebeu o quanto se importava com Alex.

— Ah, anjinho, eu estou aqui — ele abraçou a garota que chorava sem parar.

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   Heyyy extraterrestres, tudo bem com vocês?👽

   O capítulo de hoje foi tenso...

   Espero que estejam gostando da fic ♥

   Perguntinha:

Vocês têm algum animal de estimação?

   Me: Sim, um gato e um cachorro.

Musiquinhas:

Wonderwall — Oasis

Neverland — Holland.

NalinA — Block B.

Abraços de urso 🐻
YASS 🦄🖤

Hold on *jjk*Where stories live. Discover now