Capítulo 21

249 15 4
                                    

                           Karol:

2 semanas depois...
     Eu já estava de volta a escola, havia me recuperado e, a partir de hoje, eu faria consultas com uma psicóloga chamada Kátia. Acabei aceitando sem ao menos reclamar, já que era o melhor para mim. E desde o dia em que, entrei no hospital, até o dia que saí, não tive notícias do Ruggero, ele nem se importou em saber como eu estava, mas eu segui em frente, não valia a pena derramar lágrimas por ele, por mais que ás vezes, isto ocorresse.

     As aulas haviam acabado, eu me encontrava no jardim da escola, já que faltava uma hora para a minha consulta. E aquele lugar continuava a me trazer uma paz enorme. Eu estava sentada entre o roseiral, meu lugar predileto, pensando em tudo que me ocorreu. Como Deus ainda não havia desistido de me ajudar. Eu acabei me considerando a garota mais forte do mundo, pois passar por tudo que passei, e ainda manter um sorriso no rosto, somente eu sei como isto foi complicado.

     Entre lembranças, algumas lágrimas e, sorrisos, eu comecei a cantar, apreciando o tom de vermelho das flores.

A gente ama até sangrar
Até não dar mais para aguentar
A gente ama até achar o
Próximo para amar

E a gente ama outra vez
E é tão certo dessa vez
Eu te amo até o tempo
Apagar tudo que você fez

E o silêncio nos mostra
Mas ninguém parace ver
O silêncio nos mostra
O caminho a seguir...

Sozinha com a minha mente
Que não para de mudar,
Eu nunca achei que fosse
gostar de estar só...

Sozinha com meus sonhos
Que não param de crescer
Eu nunca achei que fosse
Entender o que é estar só,
Só sem você!
(Sozinha - Manu Gavassi )

     Esta música me representava, representava como eu me sentia neste momento, eu realmente amei até sangrar, até não dar mais para aturar, e cansei de ser assim, eu quis mudar o meu destino, e foi assim que ocorreu. A minha história não dependeria mais de ninguém para ser feliz, somente de mim!
...

                         Ruggero:

     Já fazia mais de duas semanas que, eu não perguntava sobre Karol aos meus amigos. Depois de conhecer Oxford, entendi que, tudo isto havia sido um plano do meu pai. Ele mandou meu histórico escolar e, como sempre fui um ótimo aluno, aceitaram que eu entrasse na faculdade de Oxford, antes de completar os dezoito anos. Sim, eu estava na faculdade para diplomata.

     Depois desta tentativa de sucesso de papai, eu percebi que, o meu amor com Karol era tão errado, e realmente não havia volta. Eu queria muito estar com ela, mas seria impossível manter um relacionamento à distância, e se eu tentasse fazer com que ela compreendesse, iria se machucar, muito. E o tempo começou a passar, acreditei que, junto a ele, meu amor por ela iria se esgotar, mas não. A única maneira era aprender a conviver, com a dor de amar alguém, mas não poder estar junto.

     Eu havia acabado de voltar para casa, e fui despertado da minha transe, pela notificação no meu celular. Era o Samuel, bem estranho. Ele havia me mandado um áudio.

-Eu não preciso dele para me proteger, eu sempre me virei sozinha, e agora, não será diferente!

     Era a voz de Karol. Esse foi o tiro que faltava para poder me destruir e, tornar-me frio, uma pedra fria. Ela não sentia minha falta e, pelo o que disse, podia viver muito bem sem mim, então eu devia aprender a, viver sem a pessoa que, vive bem sem mim. E esta era a realidade, dolorida e sincera, como sempre foi.
...

Todo Vuelve A Empezar - Ruggarol 💘Onde histórias criam vida. Descubra agora