Deep web - Acessando o mal +18

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Afonso era um típico adolescente que começava(com muito custo) a ingressar o ensino médio, antigo segundo grau. E 'muito custo' eu disse, porque o jovem que já não era tão aplicado assim, simplesmente não queria nada mesmo desde que ganhara aquele celular e assim ter muito mais liberdade e desenvoltura para acessar a internet quando e onde quisesse. Seu celular chegou a ser tomado por sua mãe que castigos e mais castigos lhe infligia por causa da falta de aplicação e de regras daquele adolescente que não entendendo que havia hora e local para certas coisas, simplesmente 'abdicava da vida' para navegar pelo 'mar de informações' quase infinito da web.

Muitas discussões e brigas das mais feias se davam naquela casa. Até que o garoto finalmente conseguiu parecer entender como as cosias funcionam, e assim, ao se dedicar bastante, este conseguira passar de ano e como prêmio ganhou um laptop só para ele em seu quarto para não ter mais que brigar com a irmã para disputar o micro que ficava num certo canto da sala. Mas é claro que haveriam regras, e se Afonso apenas ameaçasse a burlar as mesmas, este perderia tudo.

Mas em que, Afonso tanto 'navegava' ou o que procurava em suas 'religiosas' pesquisas internéticas...?! Adivinhou quem pensou em jogos eletrônicos dos mais violentos, vídeos dos mais bobos e é claro que também naqueles dos mais pornográficos que qualquer adulto possa imaginar e até se envergonhe de olhar! Mas mesmo com o 'passe livre' que recebera de seus pais e sua mãe evangélica 'nova convertida', o jovem Afonso já se sentia um tanto fatigado ou entediado mesmo, com todas aquelas coisas que rotineiramente ele fuçava na rede. Ele não sabia se tinha mais graça quando a cosia parecia meio que proibida e tinha toda aquela marcação cerrada de sua mãe ou se simples e inacreditavelmente já não havia mais o que ele ou sua curiosidade quase infante tinha para procurar naquele mecanismo.

Algumas vezes, para a surpresa de seus pais e todos, Afonso nem mesmo ligava o computador, e até curiosamente se juntava a sua mãe para ver as novelas mais bobinhas que passavam num horário mais cedo. Sua mãe e irmã até brincavam perguntando se o mesmo estava com febre ou coisa parecida, já que para elas, era mais do que estranho aquela repentina rejeição de Afonso àquele micro pelo qual ele já literalmente brigou tanto para ter só para ele.

E os dias se passam até que no colégio particular onde Afonso estudava, chega um jovem de 'nome' ou apelido Tor. Este vinha de uma outra escola, e por algum motivo, de cara, Afonso que o conhecera no pátio, logo se simpatiza com o jeito daquele moleque. Eles conversam sobre todas as coisas de jovem até que a internet entra no assunto. Tor também se mostra um grande aficionado em tal meio de comunicação, e quando nota as reclamações e até um certo tédio em Afonso ao citar as coisas que este acessava e já lhe pareciam mais do que enfadonhas, Tor lhe fala sobre algo que até então Afonso nunca havia ouvido falar, a tão misteriosa e famigerada 'Deep Web'.E quando Tor começa a falar sobre o que Afonso poderia encontrar nessa 'versão obscura' da rede, este último chega a 'espumar'. Segundo Tor, o conteúdo de tal forma de navegação era bem mais vasto do que o normal e além de ter coisas negligenciadas pela rede normal, tal 'local' também estava livre de qualquer controle ou monitoração externa. E vendo o interesse do novo amigo, o misterioso Tor logo lhe passa a melhor 'ferramenta' que Afonso poderia usar para que este acessasse esse curioso, oculto e 'escuso' universo internético. E com o link da tal ferramenta, ao chegar em casa, Afonso ansioso nem fala com ninguém, seguindo correndo para o seu quarto onde se fecha para começar com sua nova navegação.

Nas primeiras digitadas, o jovem se mostra um tanto descrente. Ele ainda duvidava do quão pudesse ser maravilhoso para a sua curiosidade juvenil, navegar por aquela rede tão sombria. Até que brincando, ele se aventura a buscar por 'cenas reais de canibalismo'. Ele clica e se depara com a tela de seu laptop simplesmente tomada por vários sites, fotos e vídeos dos mais grotescos relacionados ao assunto de sua procura. Seus olhos quase saltam de sua face, e quando este ainda não acreditando, se aventura a acessar um daqueles sites que os resultados de sua sinistra procura o indicara, este quase cai da cadeira com o que vê. Ele se depara não só com várias cenas horripilantes de canibalismo, que eram intercaladas ou finalizadas por uma espécie de apresentador que com um tipo de máscara de hockey dava o que parecia ser um 'tutorial' em inglês sobre 'como sequestrar suas vítimas, qual o melhor tipo de vítima e qual o melhor jeito de prepará-las para a degustação de seus corpos indefesos'.

O alucinado Afonso ainda não acreditava no que via e ouvia, mas ao mesmo tempo, também agradecia por ter frequentado mesmo que por pouco tempo aquele cursinho de inglês. Ele duvidava um pouco, mas a qualidade baixa e crueza daquelas imagens tão realistas, para ele que também era aficionado por filmes de terror, eram bem fortes, grotescas e de uma violência gratuita demais para serem falsas. Afonso também se lembrava das palavras de Tor à respeito do que poderia ser encontrado naquela web obscura e também se lembrava de que nunca havia visto nada parecido na 'internet normal', e que quando encontrava era fácil saber quando tudo não passava de 'fake'.

E sua pesquisa proibida continuava. Agora ele se aventurava em outro de seus assuntos prediletos: a pornografia. E em sua navegação, ele encontra um inacreditável site pornô chamado 'Jizzneyland', uma versão obscura e sem cortes de todo e qualquer site do tema que nós internautas comuns 'acessamos quando não temos muito o que acessar'. E mais uma vez, a curiosidade daquele moleque, o leva para o mais profundo e sombrio lado da rede ou 'da força', quando este se aventura a procurar por necrofilia. E ainda pasmo, ele também não acredita no que encontra apesar de seus hormônios já se mostrarem 'apostos' fazendo com que seu quase impúbere e médio pênis simplesmente 'saltasse' e se 'melasse' sob a bermuda do colégio que o mesmo ainda trajava. Sua tara hormonal e sádica, o fazia crer que ele havia 'morrido' e ingressado no paraíso diante de tanta coisa que para qualquer ser 'humano normal', seria doentio demais para se excitar por mais depravado ou 'sacana' que este fosse. E é quando, o seu quarto é invadido por Keila, sua irmã.

E Afonso com o susto que toma, digno de quem estivesse fazendo ou olhando o que não devia, rapidamente fecha o seu laptop. Ele reclama da invasão e interrupção de Keila, mas esta que também se mostra não ter se agradado com a reprimenda, também de uma forma ríspida, lhe diz que 'a mãe deles o chamava para jantar'. Afonso que havia chegado em casa no começo da tarde nem se deu conta de que o tempo havia se passado.
No dia seguinte, no pátio do colégio, ainda maravilhado, Afonso compartilha com Tor toda sua alegria por ter navegado naquela 'internet do mal'. E Tor se mostrando contente pelo novo amigo, lhe diz que 'o mesmo ainda não tinha visto nada, e que se um dia ele pudesse ficar até mais ou menos às três da madrugada, aí sim ele iria ver o que de mais obscuro aquela internet do mal o reservava'. E isso é claro que atiça ainda mais aquela tarada curiosidade de Afonso.

Em suas novas pesquisas pela Deep Web, além de fotos macabras de 'bodes antropomorfos' e bizarras 'bonecas humanas', Afonso assiste a 'lives' de mutilações, assassinatos e até ao que parecia ser o estupro de uma colegial oriental que devidamente paramentada com aquele clássico 'uniformezinho de marinheiro' também usava uma máscara de 'tengu' vermelha enquanto era violentamente sodomizada pelo que parecia ser uma horrenda 'espécie de sátiro' bem dotado. Afonso estava completamente fascinado por aquela internet obscura.
Não demorou para ele começar a não se alimentar ou dormir direito, a faltar a escola e a ficar com um péssimo aspecto que lembrava até o de um verdadeiro 'zumbi'. Numa dessas vezes, ele que já se trancava no quarto para fazer suas navegações 'em paz', teve a porta do mesmo arrombada por seu pai. As 'sanções' às suas pesquisas estariam de volta! O laptop chega a ser retirado do quarto de Afonso, mas isso de nada adiantava já que o seu grande e novo amigo Tor emprestava o seu celular para que este aproveitasse o tempo vago do colégio para dar uma 'navegadinha na surdina'. Quando a mãe de Afonso já não suportava ver a tristeza do filho cada vez mais ausente com toda aquela situação, esta não resiste, e assim, deixando o seu coração materno falar mais alto acaba desistindo do castigo e mandando o pai de Afonso devolver-lhe o laptop.
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