Maquy tentou convencer os mais de quarenta soldados que ele comandava da força da guerreira Poppy e de como eles seriam vencidos facilmente por ela, mas suas tentativas foram inúteis, ainda mais porque Duin disse que ele faria exatamente isso.
Os soldados concordaram ao menos em deixar seu guia falar com a guerreira, onde Maquy lhes disse que tentaria fazê-la se render sem lutar.
Com isso ele imaginou que poderia ganhar algum tempo para negociar com ela, isso se Poppy não lhe matasse enquanto tentava convencê-la.
Passaram rapidamente pela parte mais densa da floresta e como na vez anterior, a guerreira os aguardava no início de um platô da montanha.
Maquy pediu para que os soldados esperassem e caminhou desarmado na direção dela.
*Creio que você não me deu ouvidos, Maquy, e isso não me deixa outra opção. Tem alguma preferência da maneira como quer que eu lhe mate?
*Faça da forma que quiser, pois não tive escolha. Se não morresse aqui, seria morto no castelo de forma pior, assim me garantiu o rei Duin.
Poppy levantou a espada e Maquy lhe fez um sinal com as mãos para que ela aguardasse um momento.
*Mas não tenha tanta pressa, antes preciso lhe contar algumas coisas...
*Fale rápido, assassino, tem mais futuros defuntos aguardando na fila.
*Poppy, eu tentei convencer os soldados que é uma perda de tempo enfrentar você e a intenção de Duin é somente lhe cansar, para que depois ele consiga lhe vencer mais facilmente.
*Ele vai precisar se esforçar mais para isso acontecer...
*Eu sei, ele está louco e enfeitiçado. O mesmo feitiço ao qual eu estava preso e você me libertou.
*Do que está falando, Maquy?
*Eu menti ao rei sobre isso. Disse que havia inventado outro nome por me envergonhar do meu passado de assassino. A verdade é que eu não me lembrava de nada. Quando você me chamou pelo meu nome verdadeiro eu levei um choque ao recordar de tudo que aconteceu.
*Você está mentindo, Maquy, além de assassino é um mentiroso...
*Somente me escute, eu posso provar o que estou dizendo...
*E o que ganha com isso?
*Eu sei que os meus erros são imperdoáveis e devem ser punidos com a morte. O que quero é somente a chance de ser julgado de forma justa pelos meus crimes e após condenado a morte, poder me despedir da minha família.
*Que família?
*Uma que eu nem sabia que possuía. O feitiço me impedia de ver isso e muitas outras coisas.
*Então seja breve, Maquy...
*Eu causei todo esse mal que assola o reino quando matei seus pais e essa não era a minha ordem. Eles eram poderosos e lançaram um tipo de encantamento que transformou o rei num monstro e apagou a mente de todos.
*Qual era sua ordem, então?
*Conduzir seus pais e você ao castelo, para celebrar a união entre os reinos.
*Reinos?
*Você ia se casar com o rei. Eu, por questões políticas, tentei evitar isso matando seus pais, mas trouxe uma maldição para todos.
*Você foi longe demais com suas mentiras, Maquy, prepare-se para conhecer o mundo dos mortos...
A guerreira levantou sua espada para logo em seguida a baixar.
*Mas você disse que pode provar. Continue seu conto de fadas, estou me divertindo...
*Sim, eu posso provar! Eu quero consertar as coisas e só você pode quebrar o feitiço.
*Como?
*Matando o rei.
*Ora, mas isso é fácil, estou treinando para isso.
*Mas não será tão fácil quando eu lhe disser algo que você tem que saber.
*Então diga logo.
*Você ia se casar com Duin e não somente por obrigação de unir os reinos, Poppy, você o amava e muito...
Algo pareceu quebrar dentro da guerreira, algo adormecido que doeu tanto que a fez sentir uma vontade imensa de chorar.
637 palavras
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Poppy - Corrigido!
FantasyPoppy era uma fada, uma deusa ou uma lenda... Era assim que a guerreira do norte, dona de uma espada reluzente, era vista quando aparecia montada no lombo do seu dragão. Um dia ela matou um homem, não um homem qualquer, o filho de um nobre important...