Depois da lua de sangue

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🔥Tom:
A garconete deixou nossos cafés na mesa, antes de sair me olhou e deu uma piscadinha, ela era bonita, sorri para ela. Quando me virei de volta para Marco ele estava com as bochechas vermelhas e uma cara mais séria do que antes. Ha, ele estava com ciúmes. Marco Diaz estava com ciúmes de mim!
Tomamos nosso café em silêncio, de repente me lembrei do parque de diversões que estava na cidade. Perguntei a Marco se ele gostaria de ir, ela achou uma boa ideia.
Fomos até o caixa, eu paguei a conta, a moça que nos atendeu se aproximou de mim, me entregou um papelzinho, saiu rebolando. Abri o papel, nele havia um número de telefone.
Marco viu essa cena, eu sorri, não pela garota, nem pelo número, mas por ver que ele ficou ainda mais irritado.
Saímos da cafeteria e decidimos ir andando até o parque que ficava a algumas quadras dalí.
Marco pagou dessa vez, comprou um monte de fichas, dava para ir em todos os brinquedos e sobrava caso quisessemos ir mais uma vez em alguns. Combinamos de deixar a roda gigante por ultimo, pois provavelmente, quando tivessemos terminado de ir em todos os brinquedos, o sol estaria se pondo, e de cima da roda giante, ficaria lindo de ver ele partir.
Fomos em todos os brinquedo o parque estava vazio, a calmaria antes da tempestade, daqui a uns minutos o parque estaria bombado de gente, as pessoas gostam de parques durante a noite.
Quando chegamos na roda gigante, não havia ninguém, entregamos as ultimas duas fichas. O senhor que cuidava do brinquedo falou que se quisessemos podiamos ficar mais tempo la em cima,ja que o parque estava vazio. Concordamos com a ideia.
Sentamos um ao lado do outro, virados para o horizonte, a roda subiu, subiu e subiu.
Ao chegarmos la em cima, Marco sorria, o sol fazia um lindo degrade de cores, e se olhassemos para trás veriamos as estrelas que começavam a surgir.
-É tão bonito aqui Tom!
-Sim é lindo!
-Isso não te faz pensar? Sobre a vida, sobre tudo que ela tem a nos oferecer! Temos tanto pra fazer, mas ficamos preucupados demais com o que os outros vão pensar, deixamos de ser feliz por medo de sermos julgados! Não sei se entende o que quero dizer?
-Eu entendo sim!
E como eu entendia, logo eu, que sou sempre julgado por ser quem sou, acabo sem o direito de escolher o que quero! As vezes só queria ser como Marco. Frequentar uma escola, fazer amigos, gostar de alguém, se frustrar com coisas bobas. Mas eu não posso ser assim. Acho que é um motivo para eu gostar de Marco, ele é o que eu queria ser.
A roda gigante rangeu, estavamos decendo, o sol ja havia ido embora, apenas a escuridão da noite nos cercava, um pouco antes de chegarmos la em baixo, Marco se virou para mim, e me beijou! E eu beijei ele! A roda gigante parou o portãozinho se abriu, Marco levantou e antes de sair me disse: Não quero ter medo de ser feliz Tom!

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Amei esse capítulo. Beijos de dor.