Tirando a limpo

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Sofi:
Segunda:

Assim que cheguei no trabalho deixei minhas coisas na minha mesa e fui direto para a sala de Eduardo.
Bati e ouvi um "entre", assim fiz.
Entrei e fui direto até ele, sentei em sua frente e o encarei.

-O que foi?- ele indaga

-O que significa aquelas mensagens?

-Que mensagens?

-Não se faz de sonso Eduardo.

Ele se levanta e me encara.

-Senhorita Cortez esqueceu que eu sou o seu chefe e que está em seu local de trabalho? Não posso permitir que fale comigo desse jeito.

Confesso que eu estava um pouquinho alterada. Eu nunca deixei de ser profissional em meu local de trabalho e agora eu simplesmente esqueci de ser profissional.

Precisava permanecer calma.

-Me desculpe Senhor Collins, mas eu não gostei do jeito que falou comigo naquelas mensagens.

-Eu não sei de mensagem nenhuma.- disse com convicção.

Como assim?
Ele estaria mentindo ou será que é verdade?
E se não foi ele então quem foi?

-Não foi o Senhor?

-Gostaria de saber que mensagens são essas.

De repente a porta se abriu e Larissa entrou.

Cachorra.
Deve ter sido ela. Como não pensei nisso antes?

Me levantei ficando a sua altura e a encarei.

-O que está fazendo aqui?- Eduardo indaga.

-Olá Sofia.- ela diz ignorando Eduardo com um sorrisinho sínico estampado naquilo que ela chama de cara.

-Olha aqui, eu só não vou acertar um soco no meio da sua cara porque estou em meu local de trabalho, mas me encontra la fora depois pra ver se você não volta pra casa sem metade da cara.- digo me controlando o máximo que podia.

-Do que está falando?- se faz de sonsa

-Eu sei que foi você quem mandou aquelas mensagens.

Fecho minhas mãos, pois estavam coçando pra acertar um soco nela.

-Aaah queridinha, já pensou em procurar um psiquiatra?

-Olha aqui sua ridícula..

Sim... Já tinha perdido a minha paciência.
Sim... Estava nesse exato momento indo pra cima dela.
E sim... Provavelmente seria demitida.

Me deixei levar pelo momento.
Ela iria mesmo conseguir fazer eu perder meu emprego?

Levei minha mão com toda força até seu rosto, mas antes que pudesse encostar senti uma mão segurando meu braço.

Era Eduardo, me impedindo de dar um soco bem dado na cara dessa sonsa, ridícula, palhaça, nojenta..

Aaaahhhhhhh eu queria gritar bem alto.

Sabe aquela famosa frase.. "Quanto mais eu rezo mais assombração me aparece"? Então..

-Se acalme senhorita Cortez.

Larissa ficava rindo.
Quero ver rir quando eu quebrar aqueles dentes.

-Desculpe Senhor Collins, com licença.

Vou andando em direção a porta.

-Ei querida, não esqueça o psiquiatra.

Parei, respirei fundo e abri a porta saindo dali.

Eduardo:

Sofi saiu da sala nos deixando a sóis.
Me sentei e Larissa veio até mim.

-O que veio fazer aqui?- indago

-Estava com saudades amor.- diz passando a mão no meu rosto.

Tiro sua mão e a encaro.

-Nunca mais me chame assim.

-Por que querido?- indaga com uma voz sensual e senta no meu colo.

-Chega Larissa.

Tiro ela de cima de mim.
Levanto e vou ate a porta.

-Estou cansado das suas baboseiras, me faz um favor, sai daqui e nunca mais apareça na minha frente.

Ela vem até mim e sussurra no meu ouvido.

-Vai dizer que não sente saudades de tudo isso aqui?

Pega minha mão e passa pelo seu corpo.

Seguro sua mão a fazendo parar e olho bem em seus olhos.

-Não- digo seco

Abro a porta e a ponho para fora trancando logo em seguida.

Me sento para voltar a trabalhar, mas não conseguia me concentrar.
Meu pensamento ia direto em Sofia.

Decidi ir até sua sala para ver se a mesma estava bem.

Assim que cheguei ouvi sua voz alterada.

Entrei e vi Larissa acertar um tapa em sua cara, ela abriu a boca como se não estivesse acreditando no que acabara de acontecer.

Seu semblante era de puro ódio.
Quando ela ia acertar um soco em Larissa novamente eu intervi.

Não porque eu não queria ver Sofia acertar um soco nela, eu queria e muito, mas não no local de trabalho.

-Larissa sai daqui agora- grito ríspido.

-Você não manda em mim.

Saio da sala e peço para a secretaria chamar os seguranças.

Entro de volta e ela ainda estava la.
Sofia estava repetindo para si mesma "minha paciência é do tamanho do mundo".
Deve ser um modo dela de ficar calma.

Os seguranças chegaram.

-Não quero mais que deixem essa mulher entrar na minha empresa- digo

Eles assentem e seguram em seu braço para tira-la dali.

-Eduardo meu amor, não..

-Eu já disse para não me chamar assim.- digo grosso- levem- a.

E eles tiram aquele indivíduo dali ficando apenas eu e Sofi.

Meu Idiota PreferidoOnde histórias criam vida. Descubra agora