Capítulo 7

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Depois do ocorrido com Bruce, Steve ficou uns dois dias afastado de mim. Eu deixei várias mensagens para ele e ele apenas vizualizava e não respondia. Eu estava frustrado com aquilo. Peguei meu notebook e fui para a Praça é Nossa, que pertence à família. Ao chegar lá, liguei ele e abri no word e comecei a escrever meu livro, intitulado As Crônicas de Maury Martins, sobre um garoto que descobre o Mundo Digital, um mundo paralelo ao nosso e que esse mundo corre perigo. Meu celular toca e eu atendo. É o Steve.

-Steve, porque você sumiu? - pergunto a ele.

-Me desculpa, Tony. Eu tava precisando pensar no que o seu ex disse, sobre eu ser um alcoólatra - ele respondeu, me deixando preocupado com ele.

-Você é alcoólatra? Me diga a verdade, Steve - eu pedi a ele.

-Eu era. Eu tive uma recaída quando estava na fase dos meis sentimentos por você começarem a aparecer - ele respondeu, me deixando preocupado ainda mais.

-Você está bêbado agora? Não. Você me ama? Sim, você me ama. Eu estou precisando falar com você. Quero te ver - eu disse, porém, fui interrompido por uma voz.

-Oi, Anthony - disse Bucky Barnes, meu primo.

-Bucky? Quanto tempo - eu o abracei, dando um beijo de leve em seu rosto.

-Faz muito tempo, não é? - ele retribuiu o abraço.

-Bucky? - pergunta minha mãe, saindo para me procurar.

-Oi, tia Maria - Bucky a cumprimentou e a abraçou.

-O que te traz aqui? - perguntei a ele.

-Vim aqui para passar um tempo com vocês- ele respondeu.

-Como assim? Você vai morar com a gente? - pergunto, preocupado em ter que dividir meu quarto com ele. Não é que eu não gostasse dele, o problema era o Marcelo. Ele não ia gostar de saber que tem um homem no meu quarto.

-Isso aí. Papai e mamãe se divorciaram e eu decidi sair de casa, pois não estava mais aguentando morar com eles- ele respondeu, explicando a situação dele.

-Mas você não vai poder ficar no meu quarto- eu disse a ele.

-Porque não?

-Porque eu estou namorando e ele é ciumento- respondi, deixando Bucky perplexo.

-Você é gay? - pergunta-me ele.

-Sim, sou gay - respondi, olhando nos olhos de minha mãe.

-Bucky, você pode ficar no quarto de hóspedes- disse minha mãe, quebrando o clima entre nós dois. Eu não sabia que meu primo poderia ser homofóbico comigo.

-Tudo bem, tia. Eu fico no quarto de hóspedes mesmo - respondeu Bucky, indo pra casa guardar suas malas.

Minha mãe vai junto com ele e me deixa sozinho. Volto a escrever e recebo uma ligação do Marcelo.

-Oi, amor - disse ele, aquela voz grossa linda. -Vou sair mais cedo hoje.

-Steve, preciso te contar algo- eu disse a ele.

-O que houve? Porquê você tá triste? - ele percebeu que eu estava triste por causa do Bucky.

-Meu primo Bucky veio morar com a gente e ele é homofóbico - respondi.

-Vou ver se sua mãe deixa você vir morar comigo - ele respondeu, um pouco sério demais.

-Steve, não precisa fazer isso. Quem chegou depois foi o Bucky. Então, se ele quiser me ofender, que saia da minha casa - eu disse, enxugando as lágrimas em meu rosto.

As Várias Faces do Amor  (Stony Stogers)Onde histórias criam vida. Descubra agora