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Como eu odeio ele!
Odeio quando suas pernas se movem para qualquer lugar. Merda, eu odeio sua pele lisa e seu cheiro rosa.
Como cheiro pode ter cor? Eu odeio a maneira como me deixa delirante.
Você é idiota demais, faz piadas sem graça que me deixam constrangido. Eu odeio isso.
Odeio como consegue saber toda a matéria e mesmo assim me convencer a ir na sua casa para explicar o conteúdo de novo.
Você sempre responde tudo corretamente!
O jeito como o seu cabelo continua extremamente liso e sedoso mesmo depois de ter pintado milhares de vezes, me irrita.
Não posso esquecer de te lembrar: eu odeio como fica deslumbrante com qualquer cor que pintar esses fios.
Quando as lágrimas dominam tuas pupilas até transbordarem por todos os lados do seu rosto, sinto que posso me quebrar ali mesmo, pois a maneira como odeio isso ultrapassa quaisquer outras citadas.
Não importa o que aconteça, nunca vou superar os lábios avermelhados e inchados, após os inúmeros beijos trocados atrás do pátio de casa. Eu odeio, pois esses lábios são seus.
O seu rosto, porra! Sua pele é tão, terrivelmente, macia quanto pura. Cada detalhe me deixa a beira de explodir, como uma bomba com o pavio extremamente curto quando se trata de você.
Seu corpo invejável, fazendo os carros pararem até mesmo com a sinaleira no verde, só para te ver passar. Todos os olhos sempre param em suas curvas, ora, tudo que eu quero é envolver-te com meus braços e mostrar que poderiam olhar a vontade mas seria o máximo que teriam de você.
Odeio não poder fazer isso.
Você gosta de me provocar em público.
Como na vez em que você fez questão de roçar sua bunda em meu membro, com a desculpa de que precisava passar para o outro lado da mesa. Respirei fundo, tentando me controlar. Você demorou tempo demais fazendo isso, mexendo os quadris mais do que deveria. Seokjin, a luxúria estava estampada nos seus olhos quando notou meu suor se formando na testa, junto com minhas mãos fechadas em punhos.
Te odiei tanto por isso.
Mas não deixei passar. Naquela noite, meu pênis te tomou com tanto afinco, que suas pernas não aguentaram firmar-te. Mas não tinha problema, pois te segurei em meus braços até o fim, observando cada detalhe do seu rosto inerte pelo prazer, os olhos fechados e a fina linha de saliva escorrendo por seu queixo.
As gotículas de suor se formando em suas costas, enquanto sua bunda engolia meu membro na velocidade ao qual eu ditava. Suas nádegas macias indo de encontro com minha virilha, fazendo-me segurar seus cabelos e puxa-los para te ter em mais contato. Sua boca trabalhando na fenda do meu pau, como se engolisse um maravilhoso e viciante doce. As cordas vocais liberando os mais belos sons de prazer que o homem poderia escutar.
Deus... sabe o quanto odiei todas essas, entre outras, visões?
No final, eu assistia você ir até o céu, tremendo violentamente sob meu corpo. Eu vinha logo depois, liberando todos os gemidos que segurava. Droga!
Era horrivelmente maravilhoso estar ao seu lado, fazendo carinho nos seus cabelos que já foram de todas as cores em contraste com meus dedos. Tocando sua pele ao qual marquei por - talvez - todos os lugares. Sussurrávamos palavras doces, promessas entre os lençóis.
É perfeito.
Até você se levantar, vestir suas roupas confortáveis, arrumando os fios bagunçados por mim. Escondendo as marcas com maquiagem. Passando um perfume diferente para disfarçar o meu, que impregnava em seu corpo.
E da boca, que antes implorava para mais de mim, que antes dizia frases românticas e utópicas, dizer:
— Preciso volta, ele está me esperando.
Então, você vai embora mais uma vez. Voltando para ele. Para outros dedos, outro cheiro, outro alguém.
Sempre quando você saí por aquela porta, prometo para mim mesmo que será a última. Até você aparecer de novo, com o sorriso que mais odeio, me seduzindo novamente.
Seduzindo meu corpo e coração.
Você é fraco, Namjoon. Cai mais uma vez na armadilha dele, prometendo sempre que será a última vez.
Nunca é.
Porque sou totalmente seu, mesmo não querendo.
E eu odeio isso.
Pois você não é meu.
Eu amo você, por todos os motivos que me fazem te odiar.
