Onde estava minha mente?
Aonde ela estava, quando decidi te deixar? No país da sanidade, ou na cidade da consciência que não podia ser. Pois quem em sã sobriedade te deixaria? Quem com todos os neurônios nos lugares corretos, te trocaria?
Responda minhas questões, quem me amaria tanto quanto você?
Eu vejo agora, sinto muito por isso. Não por ver, mas por ser, exatamente, agora.
Agora, que me envolvi com outra pessoa e ignorei teu sofrimento que percebi como os lábios do outro não eram como os seus, mas eram melhores, pois era novo, era diferente. O corpo dele era mais curvilíneo, as mãos mais habilidosas, as pernas mais moldadas e o prazer era... diferente.
Era.
Taehyung, com você nunca era. Sempre é.
Suas curvas não é como as dele, mas se encaixa perfeitamente no meu corpo. Suas mãos não são tão habilidosas, por essa exata razão me levam à loucura. Suas pernas, mais magras, prendem meus olhos como imã. E o prazer... tão intenso.
Esse foi o maior erro dele: não ser o meu é.
Acabei cansando dele, como achei ter cansado de você. Mas, ele podia ser mais atraente e mais belo, podia ser o mais inteligente de todos, podia ser a única estrela da noite; no final amanheceria, e o meu sol iluminaria precisa e somente meu Kim Taehyung.
Meu? Onde estava minha mente?
Eu soube que você não era mais meu quando seus olhos não transbordavam mais tristeza quando me enxergavam. Tive certeza, quando vi sua nuca se avermelhando para outro.
Eu amava seus três conjuntos vermelhos; sua nuca, suas bochechas e sua boca. Principalmente, a última, era somente eu que a fazia ficar assim.
Isso mesmo, era.
Eu nunca mais seria seu é.
Como pude ignorar tuas lágrimas e súplicas para que eu voltasse? Como não pude enxergar que ninguém, absolutamente ninguém, poderia se igualar a você?
Fui tolo, me deixei levar pela luxúria alheia quando tinha ao meu lado os próprios pecados. Não era isso que eu queria, pecar afinal? Que fosse com ele, Kim Namjoon, que fosse com ele.
Responda minhas questões, onde estava minha mente?