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Quando cheguei em casa, estava exausta, tanto psicológica, quanto fisicamente. Então, fui direto para o meu quarto, coloquei meu pijama e fui deitar, mas não consegui dormir. Então, resolvi escutar uma música, para ver se o sono resolvia aparecer; escolhi Marília Mendonça- de quem é a culpa? E fechei os olhos. Alguns minutos mais tarde, consegui dormir.
Achei que teria uma noite tranquila, sem emoções. Mas me enganei, e muito!
Nesse noite eu sonhei. sonhei com ele. De novo.
E nesse sonho, eu estava sentada junto com meu primo em um restaurante, onde um rapaz de sorriso fácil estava sentado na outra extremidade do ambiente. Olhando de relance, jurei que conhecia aquele sorriso- e o dono dele- mas devia ser coisa da minha cabeça. (Quem dera fosse).
Devo o ter encarado por alguns instantes, pois ele me olhou de volta. E merda! Era ele. O garoto que eu jurei esquecer. Assustada perguntei ao meu primo, se era ele mesmo. E quando me virei meu primo olhava para algo atras de mim, e disse: " err... acho que sim, olha!" E fez sinal para olhar pra traz.
Me virei. E vi o sorriso mais lindo que já podia ter visto. Era ele! Meu primeiro e único amor. Por mais que dissesse que não, ele era.
Ficamos nos encarando, até ele falar. " Gi? É vc mesma?". Assenti. " é, eu achei que fosse!" E riu. Então um impulso tomou conta de mim. Me levantei e pulei em seus braços o abraçando, e enquanto me embriagava com seu perfume, lágrimas ensopavam meus olhos. Eu ainda o amava! E, talvez, sempre amaria.
Ao me ouvir soluçar, me abraçou pela cintura e perguntou com a voz rouca: " hey! O que houve ? Você tá bem?" . Não consegui responder. Eram tantos sentimentos confusos dentro de mim, que me deixaram muda.
Ele me abraçou Ainda mais forte e abaixou a cabeça ( que ficou na curva do meu pescoço) e então pude sentir. Ele também chorava. Mas por que?
Como se soubesse o que se passava na minha cabeça, falou: "que burrada eu fiz? Deixei você por outra! Como fui tão burro?"
Olhei fundo nos seus olhos e disse: " a gente se desencontrou, não é?". E ele respondeu "pra caramba!". Sorrimos.
Então, encostamos as testas, apenas sentindo o momento, perdidos em nossas sensações, bêbados de amor.
E foi naquele momento em que senti meu meu mundo se encaixar novamente e minha vida voltou a ter sentido. Eu nasci pra amar esse garoto, e ele nasceu pra me amar.
E com esse sentimento de reciprocidade no peito, eu acordei.  No primeiro momento eu estava feliz ( e até sorria, como a muito não fazia), porém, percebi que tudo foi apenas um sonho. E lembrei-me que, na noite anterior, eu havia pedido a Deus um sinal, se eu devia desistir dele ou não, acho que ele me respondeu.
Agora, sabia o que devia fazer.

E se fosse assim?Onde histórias criam vida. Descubra agora