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Estava na sala e o vestido tinha acabado de chegar junto com a costureira é sua equipe, foram pela porta de trás para que ninguém visse, mais uma das frescuras das meninas.
A última prova do vestido já não aguentava mais, mas pelo menos era a última não teria mais que fazer isso mais. Estava em cima de um sofá redonda pequeno com aquele vestido em meu corpo, estava lindo toda vez que eu colocava a costureira ficava me admirando e dizendo que nunca viu uma noiva tão lindo, mesmo com aquela barriga enorme.

-Ficou lindo. -Disse puxando o vestido para descer com cuidado daquele treco onde eu estava em cima.

-Amanhã é o grande dia né. -Mel disse empolgada, ela já tinha provado o vestido dela e finalizado tudo, só faltava eu mesmo os últimos ajustes. Depois dos últimos ajustes, desci e peguei um pote de sorvete, o bebê estava chutando muito.
Foi um dia bem corrido.

1 semana se passou e enfim era o grande dia.

- Ju, Ju, acorda. -Uma voz delicada dizia me chacoalhando.

-Oi? -Perguntei ainda meio sonolenta.

- Dorminhoca, já são 09hrs, você tem que acordar, é hoje! -Jô dizia empolgada.

-Já? Ah, não...-Disse coçando os olhos. -Ah, fala sério! -Reclamei e ela me olhou brava. -Odeio acordar cedo! -Assenti me levantando indo até o banheiro fazer minha higiene. Melissa tinha um caderninho com um monte de coisas anotadas, coisas que eu deveria fazer eu iria ficar louca. Enquanto a banheira enchia fiquei na frente do espelho, refletindo, hoje era o grande dia e daqui algumas horas eu não seria mais a Penélope jovem e ingênua, serei a Srta. Scharamm, mãe de uma/um Scharamm, e esposa do Thomaz Schramm. Quem imaginaria que eu, iria casar com ai que cara que eu apenas transava por diversão. Quem diria que eu passaria por tudo isso? Acho que ninguém nunca imaginou isso. Será que a minha mãe está orgulhosa, ou melhor será que ela sabe? Queria tê-la aqui... Meu coração apertava ao saber que ela não estaria aqui, mas acho que se a minha mãe fosse realmente fosse minha mãe, nada aconteceria, então prefiro imaginar que de uma certa forma isso foi o destino e que ela pode está com raiva, mas ela não deve me odiar de verdade. Entrei na banheira com as lágrimas já escorrendo por minha fase, mas ela se misturava com a água e juntas desciam rolo a baixo. Não sabia mais identificar se eram lágrimas de solidão, alegria, tristeza, ansiedade ou o que, só sabia que era uma forma de liberar o que eu sentia. Terminei o banho e me enrolei no roupão.

-Célia já deve está chegando. -Jô disse olhando no relógio assim que sai do banheiro.

-E o Thomaz. -Me sentei na cama e comecei a tomar café pois Mel não me deixou descer.

- Foi se arrumar na casa do Caio, a Célia achou melhor ele se arrumar lá, já que ver a noiva antes do casamento dar azar.

-Entendi. -Respondi bebendo a vitaminas.

Vesti um vestido qualquer e coloquei uma sapatilha já que estava obesa menso. O quarto de hóspedes estava todo equipado e havia massagista, cabeleireiro, maquiador, manicure e meu vestido em um canto em um manequim. Quando entramos Célia estava fazendo as unhas.

-E aí garota. Está ansiosa? -Um dos cabeleireiros perguntou. Já conhecia todos ele, fiz teste antes de contratar aquela equipe. Eu estava triste e desanimada então ficava em silêncio, o bebê estava um pouco quieta. Tinha fotógrafos filmando e fotografando todos os momentos desde que entrei pela porta.
Já estava com os cabelos prontos e também já não aguentava mais aquele monte de pessoas mexendo em mim me puxando para um lado e para o outro. Estava sendo maquiada, parecia que o tempo não passava que se arrastava. Estava impaciente e cansada, faltava pouco pra tudo. O Thomaz já tinha chegado, mas não podia vê-lo.

PenélopeOnde histórias criam vida. Descubra agora