Auror Sleepy nunca teve o que reclamar da sua vida. Nunca mesmo.
Desde pequeno cresceu com seus três tios, que o criaram em um reformatório no campo, afastado da cidade. Embora pudesse assustar a muitos, o reformatório era o lugar mais incrível que...
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As aulas, hoje, estavam, particularmente vagarosas, como se não quisessem acabar nunca. Metade da sala dormiam acordados, enquanto a outra bocejava e tentava manter os olhos abertos.
-Meu Deus! -Marcos murmura. -Ele tá falando há uma década e nem chegou na metade da aula!
-Shiu! -O censuro, ainda tentando me concentrar no que o professor dizia. Não posso dizer que estava tendo êxito nisso, mas pelo menos eu estava me esforçando.
-Ei. -Frederico se vira. -O que você vai realmente querer na sua festa...? Ai! -Marcos lhe dá um pescotapa.
-Pelo amor, Fred! Dá pra, pelo menos uma vez na vida, guardar a droga de um segredo? -Jorge resmunga revirando os olhos.
-Foi mal! -Frederico responde.
-Vocês ainda não desistiram dessa ideia? -Volto a pergunta para Marcos, que dá de ombros e não me responde.
-Auror! -O professor chama e, imediatamente, me viro.
-Senhor? -Respondo de supetão.
-Vejo que não está tão concentrado na aula. -O professor olha por cima dos óculos de grau, e posso jurar que se ele tivesse visão lazer ele me reduziria à pó agora mesmo!
-Estou sim, senhor. -Falo baixinho.
-Então, já que está entendendo bem, posso lhe cobrar a atividade imediatamente, não? -Ele arqueia a sobrancelha.
-Cla-claro, senhor. -Falo. Que atividade?
-Pois bem. Redija uma história no mínimo cinco mil palavras. -O professor diz, solenemente.
-História? -Minha boca cai. -Qual seria o tema?
-Como sou bondoso, deixarei você escrever o que quiser. Um romance, já que é o tema em que trabalhamos esse bimestre. O romantismo. Quero ver até onde sua criatividade o leva. -Ele diz e se vira para o quarto. -Uma semana, senhor Auror!
-Mas, senhor... -O chamo e, como se fosse um carrasco, ele se vira novamente para me encarar. -Eu não posso produzir algo do tipo. Seria melhor que me sugerisse um tema.
