Uma Nova Chance para O amor

capitulo três

POV William

Afrouxei o nó da gravata e o apertei novamente pela quinta vez em menos de dez minutos,aquela demora para vê-la estava me enlouquecendo,fora informado de que Joss já acordara a algumas horas ,mas que eu só poderíamos interroga-la depois que ela realizasse vários exames para checar que não tivera nenhuma seque-la.

Só de pensar que ela poderia vir a ficar com algum problema físico eu tinha que fechar os olhos e respirar para conter a raiva,isso sem falar no trauma que aquilo poderia lhe causar.

Joss sempre fora uma mulher pacifica,detestava violência,e meu trabalho na policia sempre a afligira por mais que me apoiasse na profissão que eu escolhera.

Apesar de nossos temperamentos opostos e gostos totalmente diferentes sempre havíamos nos dado muito bem,eramos o casal perfeito,isso até ela me abandonar sem me dar nem chance de explicar o que acontecera.

simplesmente pegou suas coisas e foi embora,se negando a me ouvir,eu como um bom idiota a procurei,implorei que me ouvisse,mas ela não quis ,muito pelo contrario,fez questão de deixar bem claro que nunca me amara e que o que acontecera só servira para faze-la se dar conta disso.

Aquela mulher me ferira como ninguém havia conseguido,endurecera meu coração e fizera me fechar para qualquer relacionamento afetivo sério,depois de nosso divorcio eu tivera apenas casos passageiros,baseados em sexo,.

Eu pensava que nunca mais nossos caminhos voltariam a se cruzar ,mas ali estávamos nós,prestes a nos encontramos,numa situação em que eu era a lei e ela a vitima.

Depois de todos aqueles anos ,me perguntava como seria encontrá-la, o que eu sentiria ao ver novamente a mulher a quem amara tanto.

Me recostei na parede branca e fechei os olhos por alguns instantes,um pigarro me fez abrir os olhos,Linda Morretz estava parada diante de mim,com cara de poucos amigos,seus olhos eram idênticos aos de Josephine,amendoados e expressivos.

Endireitei o corpo e assumi uma postura mais profissional;

-Como ela está?- questionei,tentando parecer indiferente,embora por dentro estivesse preocupado,linda olhou além de mim,ignorando minha pergunta.

-Onde esta o outro policial?

perguntou

-Foi pegar um cafe. respondi simplesmente.

-Hm,Joss já esta de volta ao quarto- informou parecendo bastante contrariada,assenti -Mas eu gostaria que seu parceiro a interrogasse,ela esta bastante sensível e não acho adequado que 'você" tome o depoimento dela.

arqueei a sobrancelha.

-Linda,estou aqui para fazer meu trabalho,e não pretendo deixar que questões pessoais que já deviam estar superadas me atrapalharem- minha voz soou fria- já superei qualquer tipo se sentimento afetivo por sua filha,e se bem me lembro,ela me disse na ultima vez que nos vimos que nunca nutrira nenhum por mim,então não vejo porque não posso tomar seu depoimento.

A mulher torceu a boca contrariada,nesse momento James Skinner,meu parceiro no FBI se aproximou,trazia dois copos de café, me entregou um e olhou curioso para linda.

-Sua filha já pode nos receber senhora?

perguntou,linda olhou de mim pra ele e resignada,assentiu.

-Por aqui. disse

A seguimos pelos corredores ate o quarto 345,a mulher hesitou,antes de girar a maçaneta,quando o fez,James se adiantou,o segui de perto e logo a vi,sentada na cama hospitalar,recostada sobre uma pilha de travesseiros, tão fodidamente linda quanto da primeira vez que a vira.

Seus cabelos estavam mais longos e num tom mais claro,a luz suave, que entrava pela janela perto da cama ,por onde ela olhava distraída , iluminava os fios fazendo-os brilhar, seu corpo de curvas generosas que sempre me atraíra tanto,estava semi oculto pelos lençóis brancos, ela se voltou vagarosamente pra onde estávamos parados, e seu olhar recaiu sobre mim,amendoados como eu me lembrava ,mas sem aquele brilho jovial,estavam frios,me olhou como se olhasse para um estranho.