Josephine Lea Moretz se considera uma mulher vencedora,trabalha com o que gosta,tem uma vida confortável e bons amigos.
Quem a vê esbanjando alegria por onde passa não desconfia que Joss guarda a sete chaves uma magoa do passado,um casamento fracas...
Eu esperei tanto por aquele momento , que nem o fato de ser escoltada pela policia na saída do hospital,me encomodou,pelo contrário,até me senti mais segura. Eu tentava me mostrar despreocupada, confiante,mas durante o sono tudo que acontecera aquela noite, retornava em forma de pesadelos, para me perturbar, geralmente eram sonhos diferentes ,mas sempre com o mesmo desfecho,eu sendo baleada ,só que dessa vez ninguém aparecia para me socorrer,eu ficava ali caída naquele chão frio agonizando até a morte.
Senti um arrepio e me dei um sacolejo para afastar os pensamentos mórbidos,afinal eu estava viva e segura . Exageradamente protegida inclusive,eu diria,já que após concordar em depor oficialmente e ajudar a reconhecer o atirador ,eu fora temporariamente colocada no programa de proteção a testemunha.
Sim ,eu estava feliz de ter deixado o hospital ,mas a felicidade não era completa ,porque eu não estava sendo levada para minha casa. Umas das normas do programa era que eu teria que permanecer todo o tempo da investigação em um local seguro ,o qual somente a polícia saberia o endereço.
Me sentia presa em um daqueles filmes policiais dos anos 80 que meu pai adorava,eu era a mocinha em perigo,com a ressalva de que nenhum bonitão metido em jeans apertados e com um coldre afivelado na cintura,tentava a todo custo salvar minha vida, enquanto vivíamos um romance quente.
Ok!havia bonitões metidos em jeans , não tão apertados quanto os dos tiras dos filmes,mas todos exalando masculinidade com suas armas em punho, e ar durão.
Ri do meu próprio pensamento,mas fechei a cara logo em seguida ao lembrar que estava sendo levada para longe de minha família e amigos e nem ao menos viveria um romance quente.
Pensar em romance me fez fechar a cara ainda mais,me trazendo a lembrança dos momentos passados com meu ex marido,que era nada mais ,nada menos, que um dos encarregados do meu caso.
Eu tivera que vê-lo algumas vezes durante a estadia no hospital ,mas felizmente logo ele parara de aparecer,certamente surgira um caso mais importante para ele cuidar,uma pontinha de recentimento me ferroou ,mas tratei de afasta-la,ele ter parado de aparecer fora a melhor coisa que acontecera, melhor seria se jamais tivesse voltado a participar da minha vida.
Aquele homem me fizera sofrer como ninguém mais,ele fora meu primeiro amor,o primeiro e único homem que amei verdadeiramente e aquele amor só me fizera mal.
Maldito dia que ele passará pela porta da lanchonete onde eu trabalhava ,ainda me lembrava com detalhes daquele dia ,quando eu me deixara encantar pelo andar indolente e misterioso que lembrava um cowboy e pelos olhos selvagens e expressivos de William Carter.
-Isso está no passado ,e você nunca mais vai precisar vê-lo. Falei em voz alta, chamando a atenção de meu companheiro de viagem.
O agente Skinner,estava me escoltando para meu novo, temporário, lar,na verdade já estávamos voando a algum tempo,me perguntava o quão longe ficava minha "nova" casa. Por mais que eu não estivesse feliz com aquela situação, não via a hora de chegar e poder descansar adequadamente.
-Sim, senhorita Moretz?
Balancei a cabeça.
-Não é nada,apenas pensando alto.
Sorri para o jovem policial, que estava sendo muito gentil comigo,ele retribuiu o sorriso e voltou a olhar pela janelinha ,soltando uma exclamação satisfeita logo em seguida.
-Chegamos,bem vinda cold Spring ,senhorita.
Ele se afastou para que eu pudesse olhar pela janelinha,uma cidade pequena cercada de montanhas surgia rapidamente a medida que o jato avançava.
-Ainda estamos em Nova York,certo?
Ele riu
-Sim, a senhorita não pôs isso de condição, aceitaria ficar protegida desde que não precisasse sair de nova York?
Assenti,me indireitando no assento do jatinho particular.
Aquela parte de nova York eu não conhecia ,nem ao menos se assemelhava com a A Nova York agitada que estava acostumada e adorava.
A lembrança de William voltou a me perturbar,desde de que o reencontrara aquilo vinha acontecendo muito.
Aquele era o tipo de lugar que ele adoraria,calmo, bucólico,muito verde...
Essa era umas das diferenças entre nos dois,eu amava a cidade grande,ele o campo.
O jatinho voou mais alguns minutos ,mas logo começou a pousar,o piloto nos deu algumas instruções de segurança durante o pouso,mas foi tudo muito tranquilo.
Eu ainda não estava 100% curada do meu ferimento ,por isso esperei tudo estar bastante estável para me mexer no assento.
Skinner já estava de pé,ele me estendeu a mão que aceitei, agradecida.
Eu estava curiosa sobre o lugar para onde fora trazida,que seria meu lar por um período,que eu esperava ser curto.
Segui Skinner e quando meus pés tocaram o solo suspirei aliviada,o vento frio me atingiu em cheio,me afundei ainda mais na parka pesada.
Era fim de tarde,o sol se punha no horizonte banhando o lugar com uma luz opaca,era um belo refúgio,suspirei admirada,talvez um tempo ali não fosse tão ruim assim. Seriam como férias.
Dei uma boa olhada.
A casa de pedra rústica se destacava no meio da paisagem deslumbrante.
Era de dois andares com uma varanda convidativa para quem quisesse ver o sol se pôr, tinha janelas amplas,para acolher a luz do sol ,eu apostava,já que o frio ali era mais severo, saía fumaça da chaminé ,e haviam muitas flores também o odor delas se misturava com o cheiro de cedro perfumando tudo,tinham outras construções espalhados pela propriedade tambem, supôs que a maior fosse um galpão.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dei um giro ,em volta de mim mesma, observando tudo,o pequeno rancho ficava bem no meio das montanhas,a cidade era apenas um pequeno vislumbre lá embaixo. Realmente era um lugar de difícil acesso, só não conseguia decidir se aquilo era bom ou ruim.
Estava distraída nessa inspeção , e não vi a porta da casa se abrir e um homem passar por ela ,vestido como um cowboy moderno.
Quando notei ele já avançava na nossa direção ,todo dono de si , o jeans e a camisa xadrez destoando de forma muito sexy com a bota que ele parecia ter pego de algum primo rockeiro.
-olá,Joss,- ele falou com naturalidade-bem vinda a minha casa.
Perdi a voz,era meu ex marido parado ali, me olhando com fixidez,e eu estava na propriedade dele.
Olhei ao redor novamente.
Quis voltar pro jatinho na mesma hora .
Demorou ,mas estou finalmente postando capítulo novo😉😃 Essa historia é uma queridinha pra mim e fico feliz que estejam gostando, sei que estou fazendo publicações bem espessadas ,mas não pretendo abandona-la e agradeço a paciência de vocês e fico muito feliz que estejam gostando.
Cometem , votem , gosto muito de saber a opinião de vocês.
