De novo acordei com o som dos pássaros,não o som de trânsito e o cheiro da fumaça que sai dos carros nas movimentadas ruas de nova york,mas o som de pássaros e o cheiro de grama molhada, e flores.
Rolei na cama macia e apertei o rosto contra o travesseiro,eu nem ao menos podia fingir que aínda estava no meu apartamento,tudo ali era diferente do meu habitat natural.
Ergui a cabeça ao ouvir o som de um Machado atingindo a madeira,me levantei e fui até a janela bisbilhotar,era uma daquelas janelas que davam diretamente para uma varanda ensolarada,abri a mesma e parei na varanda,olhando lá para baixo.
O sol morno acariciou minha pele é o frio da manhã me atingiu má fazendo arrepiar, abracei meu corpo e procurei o causador do barulho.A imagem máscula e sensual me causou uma nova onda de arrepios,como uma carícia invisível.
Will estava lá embaixo ocupado em partir uma pilha de lenha,de costas para mim.
Eu tinha uma visão privilegiada de suas costas ,os músculos se contraindo a cada movimento com o machado,o jeans pendia sensualmente em seus quadris estreitos,sua bunda...
Mordi o lábio emitindo um muxoxo irritado,o som foi alto o suficiente para que ele ouvisse, em meio a quietude do lugar,não tive tempo de voltar para dentro antes dele se voltar me flagrando ali.Ele apoiou o machado no chão e me olhou dos pés a cabeça,o olhar preguiçoso percorrendo meu corpo de um jeito que me fez corar até a raiz dos cabelos,depois de tantos anos ele ainda tinha esse efeito sobre mim.
Lancei um de desdém para ele e entrei no quarto, fechado a janela atrás de mim,só quando já estava protegida de seu olhar foi que notei que não usava nada além de uma regata curta quase transparente e calcinhas.
Demorei para descer,ainda envergonhada pelo episódio na sacada,quando ganhei coragem fui direto para a cozinha,meu estômago reclamando de fome.
Vesti jeans e um suéter quente,e prendi os cabelos em um rabo de cavalo.
Willian não estava em lugar nenhum ,mas eu também não ouvia mais seu machado trabalhando,
O fogo crepitava na lareira,e o calor do ambiente me acolheu.Encontrei a mesa posta,frutas,panquecas,geleia,e café.
Me sentei e aproveitei a refeição,tudo estava delicioso,estava suspirando após uma mordida em uma panqueca coberta de Mel, quando ele entrou carregando uma braçada de lenha seca.
Me lançou um olhar rápido e foi até a larreira ,se ajoelhou diante dela e avivou o fogo,estava contemplando seu perfil entrecortado contra as chamas quando ele quebrou o silêncio.
-Vamos até a cidade hoje.
Avisou.
- por que?
Questionei bebendo o café forte,forte e puro como nos dois gostávamos.
-Quero que te vejam,skynner me ligou pra dizer que já cometam que chegou uma visita de helicóptero aqui no chalé.O mal das cidades pequenas,pensei,nada ficava em segredo ,tudo gerava comentários .
-Achei que eu deveria ficar escondida.
Cometei,Willian se ergueu e foi até a piá lavar as mãos.
- Não necessariamente-falou-nao é Josephine moretz que está aqui,é Joanna chadwick ,tem que se acostumar com isso,começar a viver e interagir como ela.Suspirei,tudo era tão confuso ,aquela nova vida que me lembrava tanto minha antiga vida, a vida quando ainda era casada com William.
Me perguntava se ele se sentia da mesma forma.
- Que horas saímos?Ele se serviu de café,e consultou o relógio no pulso.
- Daqui uma meia hora.
Assenti e corri para o quarto me arrumar.Exatamente meia hora depois nos ocupavamos os bancos de couro de sua chevy apache,rumo a cidade encravada no meio das montanhas.
Observei a paisagem meio inebriada,tamborilando os dedos ao ritmo da canção que tocava no rádio.
As estações de música cowtry eram as favoritas de Willian,naquele momento tocava White Buffalo,uma balada melancólica e bonita.Fizemos o trajeto em silêncio,e pareci sair de um transe quando ele estacionou a pickup na ruazinha estreita.
A cidadezinha era pitoresca e linda,algumas pessoas olharam quando descemos do veículo,para William choveu comprimentos e familiaridade, para mim restaram os olhares curiosos.
Fechei o pesado casaco ao meu redor, me sentindo constrangida,Will deu a volta no carro e antes que eu pudesse protestar segurou minha mão, dei um puxão tentando solta-la,mas o aperto dele era firme.
-Me solte.-chiei,ao invés disso,ele aproximou mais o corpo do meu e me enlaçou pela cintura,num gesto íntimo.
Como um casal apaixonado.- Sorria querida,nos somos um casal,lembrasse.
Eu me lembrei,lembrei da farsa que deveria interpretar,da vida que deveria viver até Anderson estar preso.
Mas o cinismo de Willian me fazia engasgar com todas as pragas que eu queria dirigir para ele.
Canalha.Canalha.Canalha canalha
Entoei como um mantra,enquanto o seguia para o interior de um bar,sentindo seu braço se estreitar ao redor do meu corpo.
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Uma Nova Chance para O amor
RandomJosephine Lea Moretz se considera uma mulher vencedora,trabalha com o que gosta,tem uma vida confortável e bons amigos. Quem a vê esbanjando alegria por onde passa não desconfia que Joss guarda a sete chaves uma magoa do passado,um casamento fracas...