Capítulo 15

1.7K 89 1
                                    

Christopher...

   _ Aconteceu alguma coisa?_ pergunto pra Deborah enquanto caminhamos até sua casa_ Está tão calada e séria.

   _ Você nunca mentiria pra mim, não é?_ pergunta de supetão assim que paramos em frente a sua casa.

   _ É..._ no momento em que eu tomei coragem pra falar sobre a aposta o pai dela apareceu. 

   _ Vai ficar pra jantar conosco Chris?_ ele pergunta gentil.

   _ Eu adoraria mais não vai dar._ dou um beijo na bochecha de Deborah e aperto a mão do seu pai_ A gente se fala amanhã.   

   Volto pra casa com a cabeça sendo atingida por muitas perguntas e uma delas era: Será que ela está desconfiada de que apostei pra ficar com ela?

   Cheguei em casa, tomei uma boa chuveirada pra esclarecer as idéias. Quando sai do banho estava decidido a contar tudo a Deborah amanhã quando estivermos sozinhos. Estava sem fome então não desci pra jantar. Fiquei mexendo no computador até que meu pai entra no meu quarto um pouco sério.

   _ Algum problema pai?_ deixo o que estava fazendo de lado.

   _ Eu não sei se lembra da viagem que sua mãe e eu vamos fazer amanhã._ ele senta na cama_ Então se comporte e juízo. Nada de festas ou bebidas ou de se meter em confusão.

   _ Pode deixar, pai._ faço um sinal de que entendi o recado.

   Ele passa mais algumas regras e depois me deixa sozinho novamente. Decido deixar o computador de lado e me jogo na cama, vou aproveitar a viagem dos meus pais pra contar tudo pra Deborah.

   Antes de dormir mando uma mensagem de boa noite para a minha florzinha e depois durmo um sono pesado e sem sonhos. Acordo com o despertador tocando, levanto e vou me arrumar pra ir para o colégio. Desço pra tomar o meu café da manhã, encontro um bilhete deixado pela minha mãe pregado na geladeira dizendo que voltariam amanhã cedo.

   Na escola marco com Deborah de nos encontrarmos na minha casa perto da hora de jantar para termos um momento só nosso. Vou para o treino, depois do sermão do treinador Danny não me incomodou hoje no treino. No vestiário conto a Tyler  que pretendo contar tudo para Deborah hoje a noite.

   _ A única coisa que posso dizer é boa sorte._ trocamos o nosso aperto de mão complicado.

   Vou pra casa, arrumo a sala para que ela fique com cara de piquenique romântico, peço uma pizza de quatro queijos e uma doce. Subo e tomo um banho rápido, troco de roupa a tempo de receber a entregador. Preparo tudo e fico andando de um lado para o outro até que a campainha toca e eu corro pra atender.

   _ Boa noite._ ela fala tão linda como sempre.

   _ Boa noite, flor._ dou um beijo rápido nela_ Entra._ abro espaço para que ela passe.

   _ Que lindo Chris._ fala maravilhada com o que vê_ Não precisava fazer tudo isso.

   _ Você merece o melhor._ à abraço por trás_ Por aqui senhorita.

   Sirvo a comida. Para beber, comprei uma soda. Conversamos sobre família e experiências estranhas que já passamos. 

   _ Eu preciso falar com você._ falamos ao mesmo tempo.

   _ Fala você primeiro._ ela diz sorrindo. Tomo fôlego e começo a falar.

   _ Primeiro quero que saiba o que eu sinto por você é verdadeiro._ ela me olha confusa mesmo assim afirma_ Lembra que quando começamos a estudar que eu dava em cima de você?_ ela assente ainda confusa_ Era porque eu...eu tinha...apostado com o Danny que iria ficar com você.

   _ O que?_ ela fica séria e se esquiva quando tento chegar perto dela_ Então quer dizer que você armou tudo isso_ ela aponta para onde estamos pra dar ênfase ao que dizia_ pra ganhar uma aposta idiota?

   _ Não, não._ seguro a sua mão_ Quando vi que sentia algo forte por você e que não merecia isso, eu acabei com tudo e desisti da aposta._ ela evita me olhar seguro o seu queixo com carinho para faze-la me encarar_ Quando demos o nosso primeiro beijo eu já havia acabado com tudo.

   _ Eu sabia que era muito bom pra ser verdade._ ela puxa a mão levanta e pega a bolsa_ Não me procura nunca mas._ ela vai embora chorando e sei que a culpa foi minha.

   Começo a chutar e a jogar as coisas no chão em um acesso de raiva e a me xingar por ter sido tão idiota. Quando me acalmo arrumo toda a bagunça que fiz, subi para o meu quarto e chorei, sim chorei, até que cai no sono pedindo para que tudo que aconteceu hoje não passasse de um sonho.

   Acordei com o barulho da porta sendo aberta no andar de baixo, a ficha cai de que eu não tenho mais a Deborah. Tomo um banho, me troco e saio sem dizer para onde ia até porque eu não sabia. Tentei falar com a Deborah mais só dava caixa postal, deixei recado pedindo pra gente conversar melhor mais acho que não tem chance disso acontecer agora.

   Estava quase escurecendo quando voltei pra casa e encontrei uma visita inesperada, o Eddie estava sentado no sofá conversando com a minha mãe.

   _ Vou até o mercado comprar algumas coisas para o jantar._ ela avisa nos deixando sozinhos.

   _ Como ela tá Eddie?_ pergunto assim que ouço a porta fechar.

   _ Como espera que ela esteja?_ ele responde com outra pergunta_ Não vim aqui pra isso.

   _ Então está aqui porque?_ questiono confuso.

   _ A Debbie me mandou trazer isso._ ele enfia a mão no bolso e entrega o carrinho que dei para o Max_ Ela disse que não quer mais contato com você e que não a procure.

   _ Como vamos fazer quando nos cruzarmos nos corredores da escola?

   _ Vocês não vão._ o encaro confuso_ Ela se mudou com a família para a Argentina hoje a tarde._ perco o chão por completo e sinto uma força me jogando para o sofá_ Acho melhor eu ir, já fiz o que vim fazer aqui.

   Ele vai embora e deixa sobre o moveu de centro o carrinho, pego o objeto e o pressionei contra o peito. Esse seria o meu consolo, um objeto que me fará lembrar de tudo o que fiz para ela.     

Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora