Capítulo 28

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Deborah...

   Ele atende o telefone e não fala nada. Vez por outra diz um sim entendi enquanto anda pelo quarto. Fico aflita para saber o motivo da ligação e talvez esse telefonema também explique a movimentação de policiais na porta de casa.

   _ Agradeço por avisar._ ele fica parado escoltando por um tempo_ Mas uma vez obrigado. Tenha uma boa noite._ desliga o celular e o coloca no bolso.

   _ O que eles queriam? Prenderam o Ruan, foi isso?_ no momento sou atingida por milhares de sentimentos. Medo. Raiva. Angústia. Ansiedade._ Fala alguma coisa Chris.

   _ Mais cedo o seu irmão disse que tinha visto o Ruan rondando a casa._ um desespero me toma o peito só de pensar o que aquele monstro poderia ter feito com o Max_ Fica tranquila, ele está bem. Estava um pouco assustado mas consegui fazer com que se acalmasse._ respiro aliviada.

   _ Ainda não estou entendendo._ ele segura as minhas mãos_ Ele foi preso ou não?

   _ Essa tarde a polícia encontrou o lugar onde ele estava hospedado. O canalha já estava de malas prontas pra fugir._ um brilho de raiva aparece em seus olhos_ Houve troca de tiros, ele foi atingido e levado para o hospital mais não resistiu._ ele me abraça forte e correspondo. Acho que ambos precisamos_ Acabou, meu amor. Tudo vai ficar bem agora.

   _ Isso é tudo que mas quero._ tomo os seus lábios em um beijo ardente, aos poucos vai ficando mais urgente.

   _ Vamos com calma._ se afasta um pouco e tem a testa encostada a minha_ Você ainda está se recuperando da cirurgia._ bufo inclinando a cabeça pra trás.

   Termino de comer aquela sopa que não estava de tudo ruim. Depois descemos para encontrar com todos na sala e contamos sobre o que aconteceu com o Ruan.

   Só faltou haver uma queima de fogos com a notícia. Enquanto todos riem eu pego o Chris me olhando com um sorriso bobo nos lábios e os olhos brilhando de tanta felicidade. Ele senta ao meu lado e passa o braço sobre o meu ombro e beija a minha bochecha com carinho.

   _ Temos mais uma coisa pra contar._ procuro a sua mão e ele entrelaça os dedos nos meus.

   _ Fala logo Debbie._ tia Helena sempre apressada.

   _ O Christopher me pediu em casamento e eu aceitei._ o silêncio toma conta da sala. A primeira a vir nos parabenizar é tia Helena e aos poucos os outros também reagem.

   Marco abre uma champanhe para comemorarmos, pego uma taça para acompanha los pois como estou recém operada e tomando alguns medicamentos não posso beber.

   Ficamos conversando por um bom na sala até que sou novamente tomada pelo cansaço e volto para o quarto. Depois de um beijo de boa noite Chris vai embora e enfim posso dormir sem ter medo de que o Ruan invada a casa e tente me fazer mal.

   Nos dias que foram se seguindo eu fiquei cada vez melhor e mais forte. O natal chegou e junto com a ceia também aproveitamos para oficializar o pedido de casamento. Logo veio o réveillon e eu assisti a queima de fogos no central parck com o Chris, os pais dele e toda a minha família.

   Já estamos andando com os preparativos para o nosso casamento. Combinamos que a cerimônia será em março quando a primavera chegar. Restam apenas dois meses antes do grande dia, estou recebendo ajuda de todas as mulheres da família até mesmo a Renata está no meio.

   _ Max posso falar com você rapidinho?_ pergunto indo até seu quarto e ele apenas afirma_ Eu ainda não te pedi desculpas.

   _ Pelo quê?_ ele olha em meus olhos e lembro de quando ele era criança e só se comunicava com olhares.

   _ Como assim pelo quê?_ seguro as suas mãos_ Por ter feito você conviver com o Ruan e não acreditar em você quando dizia que ele não era uma boa pessoa._ meus olhos ficam marejados.

   _ Você não teve culpa irmãzinha._ me abraça e lágrimas rolam_ Mas agora você vai casar com o Christopher e vai ser muito feliz.

   _ Eu te amo._ me afasto um pouco e faço com que me encare_ Você é muito importante pra mim.

   _ Eu te amo também._ ele seca o meu rosto_ Não chora.

   _ Tem razão._ limpo o rosto e sorrio_ Eu vim aqui também pedi outra coisa._ ele me escuta atento_ O Chris e eu queremos que você toque na nossa festa de casamento. Topa?_ ele me abraça mais uma vez_ Vou considerar um sim.

Um Amor InesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora