Butterfly

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                  Hermione

Eu saí do restaurante praticamente correndo, Ronald e eu tínhamos discutido e eu não pude continuar com aquilo, parei e tentei chamar um taxi, quando ouvi alguém me chamando, eu reconheceria aquela voz em qualquer lugar, continuei andando tentando fugir daquele confronto.
Sim eu admito estou fugindo, não admitiria isso a ninguém mas não podia negar para mim mesma, era verdade. Eu tinha medo, de baixar a guarda e acabar me entregando a ele de novo, de magoar de novo...
_ Hermione, tem como me ouvir - disse ele me alcançando e segurando o meu braço.
_ Você percebeu que eu não quero - disse encarando ele.
_ E por que não? - indaguei .
_ Porque... Porque... Eu não quero - disse tentando me soltar.
_ Ah ótima resposta - disse ele afrouxando o aperto - Você tem que me escutar.
_ Não Weasley, eu não tenho, eu não quero, eu não vou - disse tirando o meu braço das mãos dele.
_ Me escuta Mione - ele disse.
Ouvir ele me chamar pelo apelido me fez seder um pouco, eu sentia falta daquilo, falta de ouvir a voz dele, da maneira como me olhava, do..."Ah esquece isso Hermione" repeti para mim mesma.
_ O que vai dizer? - indaguei - Que não fez aquilo, que é Mentira, EU JÁ SEI DISSO - o meu tom de voz aumentou.
_ ENTÃO POR QUE NÃO ACREDITA EM MM? - ele também não falava mais baixo e as pessoas começavam a olhar para nós, mas isso era o que menos importava agora.
_ POR QUE NÃO ME OUVIU A ANOS ATRÁS? POR QUE FEZ ISSO COM A GENTE? - ele indagou tinha a ponta das orelhas vermelhas.
_ EU FIZ ISSO COM A GENTE? É SOU A VILÃ AQUI - disse com o choro preso na garganta.
_ Não, você não é - disse ele com o tom mais baixo e controlado - Erramos, os dois.
_ Você não parecia acreditar nisso a minutos atrás - argumentei.
_ Mas eu acredito - disse ele.
Devagar ele colocou uma mecha do meu cabelo para trás da orelha, fez um leve carinhos na minha bochecha, que eu sabia que estava vermelha.
_ Eu nunca faria algo para te magoar minha flor - disse ele roçando o nariz no meu.
_ Gosto quando me chama assim - disse sorrindo.
Eu não tinha mais como fugir, estava presa a ele como ele estava a mim.
Ele com leveza me puxou pela cintura e colou nossos corpos, e depois de um longo tempo sem aquele contato eu pude sentir novamente os lábios de Ronald colados ao meu.
Foi um beijo calmo, cálido e delicado como se fosso nosso primeiro beijo, era o tipo de beijo que se dava aos doze anos, mas as mãos experientes de Ronald contrastavam com a delicadeza do beijo.
_ Minha nossa - disse Rony para logo depois me beijar dessa vez mais intensamente.
Eu queria no começo afastar ele de novo, mas conforme ele me beijava meu cérebro parecia que ia derretendo aos poucos, entrando em curto a única coisa que me dominava era o beijo de Rony.
_ Acho... Acho melhor pararmos por aqui - disse tentando retomar o fôlego assim que nossos lábios afastaram-se.
_  É... Já estamos juntando uma plateia - disse ele soltando uma risadinha e eu o acompanhei - Quer jantar em outro lugar? - ele indagou.
_ Quero - disse depois de uns cinco segundos muda.
_ Ótimo - disse ele e me puxou para dentro de um taxi.
Ele passou o endereço do nosso hotel para o taxista, o homem ainda não tinha olhado para trás e quando o fez arregalou os olhos e eu tinha certeza que não era por mim.
_ Você é Ronald Weasley - disse ele sorrindo - minha filha é muito sua fã...
_ Ah que bom - disse Rony sorrindo.
_ Teria como me dar um autógrafo? - pediu o homem.
_ Claro - disse Rony pegando a caneta o papel que o homem oferecia a ele - Pronto.
_ E quem é a senhorita? Sua namorada? - ele indagou me olhando.
Tenho certeza que corei e muito.
_ Eu torço para que em breve ela seja - disse Rony sorrindo de canto o que me deixou mais encabulada ainda.

Venha como um arco-íris
Me cobrir depois da tempestade
No girar de um carrossel de um parque
No embarque, na garupa de qualquer saudade

Assim que o motorista parou eu percebi que tínhamos voltado para o hotel, olhei para Ronald e disse algo para o motorista que sorriu, ele pagou o homem e saímos do taxi, ele mais uma vez me pegou pela mão me fazendo entrar no grande hall.
_ Por que voltamos para o hotel? - indaguei parando.
_ Vamos jantar aqui - disse ele sorrindo.
_ Ronald - disse desconfiada.
_ O que? Eu não foi fazer nada - disse ele pondo as mãos para cima em sinal de redenção.
_ Tudo bem - disse rindo.
Fomos em direção ao elevador e lá minha respiração, assim que dei de cara com Lizzie que não tinha ido jantar comigo e com meus amigos, ela tinha ficado no hotel.
Rapidamente eu soltei a mão de Ron e ele me olhou com os olhos estreitados, sorri sem graça para ela que sorriu e o olhar que ela me lançou fazia eu entender o que ela estava pensando.
Ron apertou o andar da cobertura onde ele estava hospedado.
_ Oi - disse ela.
_ Oi - respondi.
_ Olá Lizzie - disse Ronald e ela sorriu mais ainda.
Assim que o elevador parou no nadar em que ficava o meu quarto e o dela, a olhei e disse:
_ Isso entre nós duas - disse para ela.
_ Claro - ela respondeu.
Ronald me olhou com aquele olhar desconfiado, como se eu tivesse feito algo muito suspeito.
_ O que foi? - indaguei.
_ Você tem alguma coisa a mais com aquele bailarino lá? - e indagou ainda com o mesmo olhar.
_ Não, quer dizer a gente ficou mas nada sério - respondi.
Ele ficou calado, estranhamente calado.
_ O que foi? - indaguei mais uma vez.
_ Nada... É só que vamos mater nós dois em segredo agora - ele disse.
_ Não - respondi mais rápido do que eu queria - Eu só não quero espalhar para todo mundo antes de termo certeza do que temos.
Ele me olhou e sorriu de canto, me puxando para ele e me beijando, saímos do elevador daquele jeito, entrelaçados como duas peças de um quebra cabeça perfeitos um para o outro.

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