I love you

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Point of View — Justin Bieber

Isabella fecha seus olhos e não para de soluçar, a chuva não dá uma trégua, ela cai forte a ponto de sentir as gotas chicotear sobre a pele, seguro-a em meus braços e ando apressadamente para dentro de casa, seu corpo pequeno treme em meus braços, não sei explicar se é devido seu choro persistente ou pelo frio que faz, talvez um pouco dos dois.

Não consigo vê-la tão frágil, com tanta dor, dói em mim também.

Ao entrar em casa me assusto ao ver minha mãe em pé no meio sala, suas sobrancelhas estão unidas formando um vinco entre a testa, posso ver que está preocupada e tentando entender o que está acontecendo.

— O que aconteceu com ela? — Minha mãe vem até mim alisando as bochechas de Isabella, olho para o rosto de minha Violetta, percebo o quão pálida está e seus lábios estão roxos. Me desespero ao vê-la tão dependente de mim e eu não ser capaz de ser a ajuda que ela precisa neste momento.

— Mãe ela precisa se aquecer. — Sei que ela é a única que pode me ajudar neste momento.

Sinto minhas mãos tremerem e sustentar seu pequeno corpo em meus braços se torna quase impossível, minha mãe sai às pressas da sala. Olho para Isabella em meus braços, ela chora em silêncio e o tremor ainda se faz presente em seu corpo, seus olhos estão longe, poderia dizer que está em estado catatônico.

Me pergunto o porque dela estar assim, o que fizeram a minha Violetta?

— Eu não sei o que aconteceu com você bonitinha, mas seja o que for, eu estou aqui, eu sempre estarei com você.

Faço a promessa, pois sei que serei capaz de cumprir. Seus braços apertam meu pescoço e ela cola seu rosto em meu peito, os soluços são altos.

Ela está tão triste e eu não faço ideia do porque. É triste porque não é uma dor que podemos colocar um band-aid, porque é uma dor que meus beijos não podem cicatrizar, que meus carinhos não vão surtir efeito e nenhum médico pode tirar.

 É triste porque quero tomar um pouco da sua dor para que não fique tão insuportável, porém me sinto tão fraco e impotente nesse momento pois nem meu abraço parece ajudar um pouco.

— Justin, eu vou ajudá-la em um banho — Ouço o grito da minha mãe, Isabella se aperta mais contra meu corpo, sei que ela quer ficar comigo, aliso suas costas e sinto seu cabelo encharcado.

—Prometo cuidar de você pelo tempo que desejar, mas você precisa se aquecer, deixe minha mãe me ajudar.

Seus olhos saem do meu peito e encaro seus lindos olhos violetas que agora tem um vermelho ardente como aliado.

A levo até o banheiro e posso ver o mesmo todo embaçado pela fumaça que se forma ali, minha mãe deixou o chuveiro na temperatura ideal.

— Vem minha filha, deixe-me te ajudar. — Minha mãe segura sua mão e a leva para dentro do banheiro. Isabella volta a chorar e eu não entendo o porque, mamãe desabotoa cada botão de sua blusa branca com carinho como se a  qualquer minuto minha menina fosse cair.

Vejo quando a blusa sai de seu corpo e apenas um sutiã azul claro a cobre. Eu não olho com malícia e sim com preocupação, o olhar de minha mãe se encontra com o meu e ao perceber que eu não irei sair dali, ela vem até a porta a fechando, fazendo com que eu não veja mais nada.

Levo meus dedos até meus cabelos e os puxo levemente, nunca em toda minha vida me senti tão impotente como agora.

Vou até meu quarto e troco de roupa rapidamente por ainda estar molhado, vestindo uma calça moletom preta e uma regata verde e me sento na cama de casal, o que houve naquela casa depois que saí de lá?

Violetta ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora