Violetta ✓

Bonus One

Point of view — Justin Bieber.

1 ano e meio depois

Esfrego meus olhos tirando toda a sensação que os mesmos estão cheios de areia enquanto estico minhas pernas o máximo que eu posso tirando toda preguiça do meu corpo.

— Você precisa se levantar, Justin. O despertador já tocou a dez minutos e daqui a pouco ele ativa a soneca— A voz de minha esposa saí completamente rouca. Viro o meu corpo para o lado e abraço o seu que está para o lado oposto do meu, fazendo meu peitoral encontrar a seda azul claro da sua camisola.

—Estou muito cansado, Violetta.— Beijo seu ombro nu enquanto aliso minha mão em seu braço.

—Imagino que sim, as últimas semanas você tem ficado mais no hospital que em casa.— Me aproximo um pouco mais de seu de corpo sentido seu bumbum roçando em meu quadril.

— Eu sei que sim, você fica magoada com isso?— Pergunto preocupado, eu não captei nenhum sinal de acusação em sua voz entretanto essa é Isabella, uma mulher calma e serena não faz parte dela ser obsessiva, ciumenta, gritar ou chorar por qualquer coisa.  Nem quando nos desentendemos ela não se exalta, sempre mantém sua serenidade. Por isso sempre pergunto como ela está em relação a nós para que ela não guarde para si o que pensa.

— Claro que não, Justin. Você ama ser médico e eu amo você. Você tem feito seu papel de marido muito bem e está sabendo separar  sua carreira profissional da sua vida pessoal.

Ela se remexe em meu abraço e vira seu corpo ficando de frente para mim. Seus olhos encontram os meus e um suspiro involuntário sai de meus lábios. Como posso estar tão  apaixonado por todos esses anos e me derreter com suas esferas violetas toda vez que as vejo. Ela me olha com tanto amor que é impossível não me sentir abobalhado.

—Eu te amo tanto— Um sorriso pequeno brota em seus lábios. Seguro seu rosto e o puxo para perto de mim selando nossos lábios. Não me importo que nenhum de nós dois tenha feito a higiene matinal. Isso é intimidade de um casal que vem com anos, passamos a achar tudo normal. Como por exemplo ela estar tomando banho e eu entrar no banheiro para escovar meus dentes ou mijar mesmo tendo outro banheiro em casa. São coisas que apenas um casal pode fazer sem achar estranho.

— Você também precisa se levantar preguiçosa— Ela se encolhe totalmente em meus braços e rindo contra meu peito, desligo o celular que apitou pela segunda vez na soneca.

—Eu sei, essa é minha última semana no Instituto, semana que vem já tenho que ficar em casa, pode acontecer a qualquer momento.

—Você não deveria estar trabalhando até hoje,  isso sim.

—Já conversamos sobre isso, Justin.— Ela começa a desenhar a cruz em meu peito depositando um beijo no centro da mesma trazendo tremores por todo meu corpo.

— Se eu não estivesse com os minutos contados eu iria te fazer minha.

Passeio minha língua sobre seus lábios secos, vendo ela fechar os olhos e sorrir, talvez chegar uns minutos atrasado ao hospital não faz mal algum. Isabella anda com apetite e uma enorme disposição  para o sexo e isso me enlouquece cada vez que ela me procura durante a noite.

Porém meu pager começa a bipar em cima do criado mudo, me fazendo revirar meus olhos. Eu estou em meu horário e nada atrasado. O hospital resolveu aderir o aparelho para emergências pois o uso do celular não estava dando certo e não nos encontrava com facilidade. Pego o pequeno aparelho e leio atentamente a pequena mensagem dando um pulo da cama.

—O que houve, Justin?— Isabella pergunta enquanto me vê vestindo rapidamente uma calça jeans e uma camisa preta.

—Teve um acidente, vou entrar em cirurgia agora juntamente com o neurologista. Pelo que parece houve uma briga entre jovens  e um garoto teve o olho perfurado por lápis. Vou me lavar no hospital.