Violetta ✓

I know how to defend myself!

Point of view — Isabella

Beatriz não para de falar um minuto se quer enquanto vamos para nossa aula ela mostra toda sua revolta pelo rapaz que me derrubou eu não o culpo afinal eu estava distraída e não prestando atenção em qualquer mínimo detalhe que pudesse atrapalhar minha chegada até a sala sete, e como ela mesmo disse é um novato qual obrigação que ele tem em me conhecer? Nenhuma!

— Eu entendi Beatriz esquece isso ok, eu não machuquei— Ela bufa literalmente ao meu lado seguro minha vontade de rir ao ver quão mimada ela é e nunca mudar sua essência.

— Se meu tio souber disso tenho certeza que não ficará assim você é o maior tesouro dele Bella— Meu sorriso se desfaz na mesma hora ao ouvir sua fala

—Você não vai contar para meu pai Beatriz é capaz dele vir até aqui por favor—Realmente suplico não posso cogitar sequer a ideia que meu pai viria até aqui e colocaria o rapaz em seu lugar, seria demais para mim, já é o bastante ser uma Cavanaugh.

— E se ele fez por maldade? — Beatriz fala baixinho confesso que me entristeço ao ouvir sua suposição, suspiro baixinho—Sabe que é uma possibilidade Bella.

— Eu não acho que seja isso Beatriz a voz dele, o cheiro, eu nunca o vi—Acaba que rimos juntas.

— Minha filha você é uma Cavanaugh todo dia está estampada em alguma revista de economia, mas para o bem dele que tenha sido apenas um incidente ou ele vai conhecer meu tapa de ouro

Gargalho de verdade sei muito bem o que é esse tapa de ouro dela, pobre do rapaz se experimentá-lo como Beatriz sempre fala a onde ela bate nunca mais nasce cabelo, ela é baixinha mas tem uma mão pesada que santo Cristo.

Entramos na sala e posso ouvir alguns murmurinhos junto com a voz da professora.

—Estão atrasadas senhoritas Cavanaugh e Collier— A voz severa da senhora Montenegro preenche meus ouvidos me fazendo encolher-me um pouco odeio ser repreendida um medo que adquiri por ter uma mãe tão severa.

— Desculpe senhora Montenegro tivemos um contratempo, não vai mais se repetir.

Beatriz responde por nós duas e começa a me puxar pela classe.

—Droga—Beatriz murmura ao meu lado olho em sua direção na hora tentando entender o porquê da raiva repentina— Aquele ser loiro vai sentar bem atrás de você Bella.

—Que ser loiro? — Pergunto realmente sem entender.

— O ogro que te jogou no chão a minutos atrás, mas pode deixar eu vou ficar de olho nele—Pela primeira vez no dia devo ressaltar me sinto irritada com Beatriz e seu cuidado excessivo, nada que não acontece todos os dias.

— Eu sei como me defender Beatriz obrigada.

Me solto devagar e vou até minha mesa me sento com cuidado e passo as mãos em cima da mesa podendo vê meu livro separado ali para mim. Posso sentir a respiração do tal loiro atrás de mim, mas não atrevo-me nem sequer para qualquer direção e também não teria o porquê seria inútil.

(...)

Conforme as aulas vão passando vai me dando mais cansaço, mal voltamos do almoço, aliás voltamos das férias hoje o que me cansa é o fato da época do ano mais um ano que terei que aguentar as oscilações de humor da Sandra.

— Você que deveria ter morrido não ela.

Aperto meu livro em mãos ao lembrar de sua fala, não por raiva ou dor, mas porque nem eu mesma entendo perfeitamente o que aconteceu.

— Você não presta para nada Isabella, ninguém vai te querer nunca.

Talvez ela tem razão, talvez ninguém me queira por perto só me aturam por eu ser filha do grande Jorge Cavanaugh.

—Psiu! — Viro minha cabeça em direção de onde o som veio e exatamente vem de Beatriz que se senta ao meu lado

— Me desculpe tá, juro que esse ano vou tentar ser menos protetora Bella, é que você desperta meu lado mãe amor, é tão meiga, tão menina e parece ser indefesa, tá eu sei que não é, mas o que posso fazer se você passa essa impressão? E foi horrível almoçar sozinha— Rio de suas murmurações— Comi batatas com massa me fez quebrar minha dieta maldosa

— Algum problema senhoritas? — A voz do professor de filosofia está próxima demais— Senhorita Cavanaugh?

— Não senhor Harding nenhum problema— respondo

—Na verdade tem sim professor por culpa dela comi batatas e macarrão no almoço, sabe quantas calorias ingerir hoje? Meu Deus eu não quero nem contar eu preciso perder um quilo e meio em quinze dias para entrar no vestido da Versace para o quinto ou sexto casamento da minha mãe, algo assim.

Ninguém se contém e gargalha, poso sentir a risada do professor perto de mim

— Ok senhorita Collier depois você resolve seu problema com a balança, mas agora vamos falar sobre: Filosofia é a visão do mundo?

Todos fazem um ah preguiçoso, ele começa explicar que vamos trabalhar sobre esse assunto o primeiro semestre todo, terá trabalhos individuais, em duplas talvez até trio e que vale metade da nossa nota.

A explicação começa e tento ao máximo acompanhar, mas hoje não consigo prestar atenção e o pouco que ouço não consigo absorver.

—Enfim...A Filosofia pode ser entendida como uma aspiração ao conhecimento racional, lógico e sistemático da realidade natural e humana, da origem e causas do mundo e de suas transformações, da origem e causas das ações humanas e do próprio—Nosso professor finaliza e sei que ele fará a terceira guerra mundial na sala de aula ao levantar um debate, torço internamente que dessa vez ele não me escolha pois não saberia falar nada.

—Vejo que esse ano temos um novo aluno na sala Bieber, muito bem Bieber o que pode dizer sobre tudo o que ouviu em minha explicação.

Escuto um arrastar de cadeira e logo sua voz preenche a sala e não é grosso como quando trombou em mim.

—Filosofia significa amizade pela sabedoria, amor e respeito pelo saber. Filósofo: o que ama a sabedoria, tem amizade pelo saber, deseja saber.

— Muito bem senhor Bieber, alguém tem uma opinião diferente da dele?

Algumas pessoas vão falando, escuto um barulho qualquer perto de mim.

—Pode pegar minha caneta que caiu para mim embaixo de sua mesa por favor! — A voz do tal Justin fala perto do meu ouvido e seu dedo toca em minhas costas.

— Seu idiota será que ainda não percebeu que ela é cega.