Italy

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Áustria — 08/11/2016

Croácia — 09/11/2016

Polónia — 11/11/2016

República Checa — 12/11/2016

Alemanha — 14/11/2016

Suíça — 17/11/2016

Os últimos quase vinte dias não vem sendo fácil.
Eu me sinto um drogado em reabilitação. Qualquer coisa que ponho para dentro me vem uma vontade incontrolável de vomitar.
Eu não estou sozinha nenhum segundo, eu mal consigo pensar com tanta gente ao meu redor, isso me estressa muito.

Eu me sinto uma criminosa dentro da minha própria vida, uma pessoa que não merece um voto de confiança.
Além de uma nutricionista acompanhar todas as minhas refeições, por meu estomago estar minúsculo e eu não poder comer demais, um médico faz exames semanais para avaliar a minha saúde que estava péssima e eu ainda tenho uma psicóloga que passa a tarde comigo todos os dias, mas isso não me ajuda.
O momento que eu me sinto melhor é ao lado de Justin, tudo some da minha cabeça, ele me faz rir, é carinhoso, o sexo é excelente, nossas conversas são as melhores, eu consigo me abrir mais com ele do que qualquer psicóloga, ou com Richi, ele tem feito estudos bíblicos comigo e Justin por FaceTime, tem sido muito especial, uma jornada de autoconhecimento, mas ainda sim, sinto como se Deus estivesse me culpando dos meus atos. Toda vez que ouço uma palavra de conforto a culpa me atinge como mil facas.
A mídia está caindo matando em cima de mim por conta da minha doença, eles não me dão um desconto.
A vagabunda muito menos, ele teve a coragem de se aproximar como uma fã recentemente, jogou indiretas, mas Justin não percebeu nada, quando ela me ligou mais tarde para uma nova ameaça eu encarei uma pose que nunca tive, eu a ameacei, e ela simplesmente riu de mim.
Minha família está me dando nos nervos com a quantidade de atenção, eles se revezam para estar aqui comigo, eu amo, mas mesmo assim é ruim saber que está sendo vigiada.
Eu só quero que essa maré de coisas negativas vá embora!

Itália — 18/11/2016 07:05

Justin beijou todo o meu rosto achando que eu ainda estava dormindo e eu o abracei inesperadamente recebendo uma risada gostosa em resposta.

— Olha que falsa, me enganando sobre estar dormindo. — gargalhei abrindo os olhos e vendo meus pais descendo do jatinho no país de meus avós paternos e de meu pai.

— Estava apenas pensando de olhos fechados. — sorriu carinhoso acariciando o meu rosto.

— Meu bem, pare de atormentar a sua mente, as coisas já estão nos trilhos certos. — beijou minha testa me puxando para fora do avião de pequeno porte.

— Como você está se sentindo hoje, meu amor? — minha mãe segurou meu rosto e eu ri.

— Menos anoréxica e bulimíca. — ela fechou a cara e eu ri mais.

— Desculpe, humor mórbido. — admiti não conseguindo não rir da minha própria desgraça, mas todos ao meu redor não acharam graça.

Eu estava com essa mania, fazer piadinhas de péssimo gosto sobre o meu estado atual. Minha psicóloga tinha um nome para isso, negação, mas eu preferia ignora-la, na maior parte do tempo.
Eu sabia que estava doente, eu admitia isso, sabia que os meus atos me levaram até ali, só não admitia a minha fraqueza.
Eu sempre fui uma mulher forte e saudável, me achava linda, talvez pelo signo tão convencido, como dizia mamãe: "Leoninos se acham o Sol na vida das pessoas.", ela não estava errada. Então COMO, eu permiti que algo que ao meu ver era por pura insegurança com o próprio corpo acontecer comigo, justo COMIGO, o maior ego da minha família, mas ainda assim humilde.

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⏰ Última atualização: Sep 17, 2017 ⏰

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