Eu na pré-escola, meu irmão na 2° série do Ensino Fundamental I.
Meus avós sempre procurando uma nova forma para nos entreter.
Mas em uma manhã, eu acordei e minha avó não havia saído para dar aula, eu inocente fui deitar com ela, e " aproveitar " o dia com ela.
Porém ela tinha febre, e soava muito.
Corri até a cozinha, e falei " vovô, a vovó está dodói ".
Ele fui até o quarto, e deu um Neosaldina para ela, e então ela pediu para ligarmos para o meu tio.
E aquele dia fui um dos piores de 2005.
Minha avó foi levada ao médico, e diagnosticada com meningite (ou mata, ou deixa sequelas), foi internada no mesmo dia, a doença estava em um estado agravante.
E ali começou a missão assustadora do meu avô.
De manhã levava eu e meu irmão para aula, ia até o Ibirapuera visitar minha avó, voltava para nos pegar na escola, íamos em casa, almoçávamos, e então íamos para o hospital com ele.
Quando chegávamos, ele nos levava no parquinho do convênio, comprava batatas, pipoca, algodão-doce, depois de estarmos cansados, ele nos levava para o carro do meu tio, e colocava-nos para dormir.
Quando dormíamos, ele entrava para visitar minha avó.
E esse era o nosso dia a dia, de manhã escola, a tarde hospital, a noite igreja, depois casa.
O tempo foi passando, minha avó se recuperando, meu avô cansado, olhos murchos, mas estava ali, sempre.
Até que minha avó teve alta hospitalar.
Quando ela chegou em casa, fazíamos a festa, ela debilitada, sem forças algumas, e nós pulando no colo dela, rindo, brincando, meu avô nos tirava do quarto dela, e lá íamos nós para o quarto dela.
Uma das atitudes mais marcantes do meu avô, era quando ele cantava para minha avó pegar no sono, e quando ela pegava no sono, ele nos levava para o clubinho, só para ela poder descansar.