portuguese girl | blake gray

❋sixty-one ❋

Antes que me esqueça de colocar nas notas finais:

Muito obrigada pelas 27,7K views!!! É incrível! Para não falar pelos + de um 1K de votos!

Não sei como agradecer-vos por tudo o que estão a conseguir proporcionar-me. Fico muito feliz que estejam a gostar da fic e saibam que eu gosto muito, muito, muito de vocês.

Boa leitura,

okokmagcon ♡

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Alice 

Fico a olhar por um tempo indeterminado para o vestido que estava sobre a minha cama. Inclino a cabeça para o lado direito, para o lado esquerdo e continuo sem saber o que sentir quanto àquela peça de roupa.
A porta do meu quarto é aberta e direciono o meu olhar para a tia Elise que passava as mãos pelo seu vestido azul escuro e justo ao corpo.

-Alice, daqui a quinze minutos eles chegam. -informa e eu assinto. -Não gostas do vestido?

-Eu não sinto que seja o meu estilo...não gosto de ver-me com coisas muito justas. -respondo.

-Ok, eu compreendo. Espera um segundo que já volto.

E assim dito a tia Elise desaparece do meu quarto e volta pouco tempo depois com uma saia de couro com um fecho que percorria todo o meio da mesma e um cinto preto simples.

-Podes vestir esta saia, colocas o sinto porque acho que na cintura vai ficar um pouco largo e vestes uma camisola branca simples. O que achas? -pergunta e eu sorriu.

-Melhor.

Tia Elise deposita um beijo no topo da minha testa e sai a correr quando ouve o barulho do temporizador. Riu abanando a cabeça e pego no meu telemóvel mandando uma mensagem a Blake a perguntar se ele ia vestido de um jeito formal ou normal, o mesmo responde que a mãe o obrigara a vestir uma camisa clássica. 
Bloqueio o meu telemóvel jogando-o para a cama e abro o meu guarda-fato retirando uma camisola simples branca e a minha roupa interior de umas das gavetas.
Visto-me e decido passar um batom vermelho para dar um toque mais vibrante. Penteio o meu cabelo e passo a mão por alguns dos fios castanhos escuros ao ver que já são oito horas.
Calço os saltos selecionados pela minha tia e só de pôr um pé no corredor já consigo sentir o cheiro a lasanha.

-Que bom aspeto! -elogio ao entrar na cozinha e o seu olhar cai em mim.

-Digo o mesmo de ti sobrinha! -exclama e eu riu.

Ao ouvir o som da campainha entreolhamos-nos e talvez tenha ficado nervosa.

-Vai tu.-manda apontando para a porta.-É o teu namorado não o meu.

-Mas a tia nem tem namorado! -retruco cruzando os braços.

-Isso é o que pensas...-diz e em seguida ri.

Lanço-lhe um olhar desconfiado e faço sinal que a vou vigiar, o que a fez rir mais. Viro-me indo até à porta e respiro fundo antes de rodar a maçaneta prateada.

-Hey! -saudo acenando para os membros da família Gray.

Estendo o meu braço esquerdo para o lado permitindo-lhes passagem para entrarem na minha casa. Cumprimento em primeiro lugar o irmão de Blake, Austin, que se não me engano apenas estive com ele uma vez mas Blake já falou-me bastante dele, em seguida a mãe de Blake com um beijo nas duas bochechas enquanto via o loiro a tentar segurar o riso da minha cara de pânico. Quando o seu irmão e mãe entram dentro de casa e a tia Elise começa a falar com eles, dou um beijo rápido a Blake e ele coloca o seu braço em volta da minha cintura.

-Estás linda.-sussura no meu ouvido.

-Obrigada. -agradeço. -Também estás lindo, a camisa branca fica-te bem.

-Blake! -grita a minha tia abrindo os braços.

Blake vai até ela abraçando-a e os dois começam a falar de um assunto desconhecido por mim.
Vou até à cozinha bebendo toda a água que coloquei no copo e fecho os olhos ao engolir todo o líquido.
Ao virar-me para trás deparo-me com a mãe de Blake e o filho ao seu lado.

-Querem comer já? -questiona a minha tia surgindo na cozinha com Austin.

-Pode ser.-responde Blake.

Sento-me ao lado do loiro e a senhora Gray fez questão de ficar à minha frente. Abano a cabeça numa tentativa de livrar-me do nervosismo desnecessário.

-Vinho? -pergunta Elise e vejo que a mulher mais velha não gostou da ideia. -Ok, sempre temos a opção da água mas saiba que estes miúdos já beberam pior...

-Tia! -repreendo.

Ela revira os olhos sem que nenhum membro da outra família perceba e pega na garrafa de água deixando-a lado a lado com a do vinho.
Veste as luvas e retira o tabuleiro do forno colocando-o sobre a mesa. Consigo ver os olhos famintos sobre a deliciosa lasanha. Sirvo-me e coloco a água no copo que inicialmente seria para o vinho. A refeição começa e um silêncio desconfortável preenche esta divisão. Às vezes há trocas de olhar entre todos mas ninguém decide falar.

-A lasanha está muito boa.-elogia Blake quebrando o silêncio.

-Muito obrigada, Blake. -agradece Elise sorrindo.

-Concordo com o meu filho, cozinha muito bem.-reforça a senhora Gray e eu sorriu.

-Ainda bem que está a gostar senhora Gray. -digo e ela olha para mim.

-Trata-me por Courtney, por favor.-pede e eu assinto. -Então, como é a tua relação com o Blake?

-Normal, acho eu.-riu de nervoso.

-Ele e a Ariel eram ótimos um para o outro, mas tu apareceste...-começa mas Blake interrompe-a.

-Mãe, pare. -pede num tom suave mas o seu olhar era duro.

-E melhoraste tudo. -completa Courtney olhando para Blake que abaixa o olhar. -Vejo-o muito mais feliz, agradeço por isso.

O meu sorriso cresce e neste momento só me apetece abraçar a mulher à minha frente. Ela retribui o sorriso e eu volto a comer. A conversa começou a fluir mais naturalmente, porém vejo que as mais velhas não concordam muito uma com a outra.

-Está a correr tudo muito bem.-sussura Blake e eu riu baixo.

-Nem tudo é um filme americano.

Levanto-me ao terminar a refeição e ajudo a tia Elise a retirar os pratos da mesa substituindo-os por taças para gelado, digamos que sobremesas não eram o forte da minha tia.

Após o jantar todos fomos para a sala conversar mais um pouco, estive a falar com Austin e Blake sobre alguns interesses em comum e por vezes ria das coisas que os dois irmãos diziam.

O som da campainha soa e eu arqueio a minha sombraselha, trocando olhares com a minha tia que tinha uma expressão de surpresa tal como eu.
Levanto-me e vou até à porta, rodo a maçaneta e abro a boca várias vezes mas as palavras pareciam não querer sair.

-Mãe?