A new Love - UraDeku

Capítulo VI

- Deku. Deku acorda. Deku. - Ochaco estava presa em uma cadeira de ferro, de frente para Izuku, que estava ainda dormindo. Ela chutava as pernas do garoto, de um modo que ele acordasse, entretanto, nenhuma reação foi demonstrada pelo mesmo.

- Por favor, Deku.... acorda. - Ochaco falava com a voz trêmula, engolindo o choro e não deixando suas lágrimas caírem.

Um pouco tempo depois, escuta-se a porta sendo aberta e logo fechada. Um homem alto e encapuzado, podia ser visto com o pouco da luz que havia ali na sala. Ele pegou a uma cadeira ficando no meio um pouco mais ao lado dos dois. Ochaco a este ponto já estava horrorizada e completamente tomada pelo medo incessante que rodeava a sala.

- Então é "Deku" o nome do seu namorado aí? - Pergunta o homem andandoe recolhendo um balde de madeira que estava no pé da porta, logo o enchendo e caminhando até Izuku.

"- Hora de acordar, garoto." - Diz o homem virando o balde de água gelada na cabeça de Izuku, o mesmo estremece com um choque térmico e acorda com um suspiro profundo quase se afogando.

- Então você acordou, "Deku". - O homem falou em um tom de deboche, jogando o balde para próximo da porta novamente.

- É o seguinte, vou ser rápido e direto, vocês têm 10 minutos para decidir: Um de vocês sai daqui vivo, o outro vem comigo. - Após falar isso, Ochaco estremeceu um pouco.

Izuku, que havia acabado de se acordar com aquela recepção, ainda estava meio inconsciente e lerdo, assim piscando várias vezes, para recuperar-se da visão embaçada. Notando o tremor de Uraraka, ele mantém o controle sobre si mesmo, para não piorar a situação.

- Quem é você? - Izuku perguntou diretamente, e com uma certa arrogância em voz.

O homem senta-se na cadeira, enclinando-se para trás, deixando em total silêncio a sua resposta. Estava com um sorriso em lábios.

- ... Deeku... - Ochaco fala com sua voz chorosa, algumas lágrimas já caiam. Ela sabia que não podia fazer nada, e tinha que depender de Izuku, mas não queria deixá-lo se arriscar por ela.

- Ela vai. Eu fico. Está decidido. - Diz Izuku, seriamente.

- Não, Deku! Eu não posso permitir. Você não pode ficar aqui! Deku... - Ochaco diz rouca.

A esse ponto Izuku raciocinava melhor, como sempre estava planejando algo, porém Ochaco ainda não havia percebido e estava em completo desespero. Izuku a encara, olhando-a no fundo dos olhos, ela acaba por dar um sorriso meio sem jeito.

- Vai ficar tudo bem. Confie em mim, Uraraka. - Após dito isso, Uraraka sente como se o garoto a acariciasse, dando um sorriso que logo foi escondido.

O homem ainda encarava os dois.

- Interessante... Ele parece conseguir se manter mais calmo. - O mais velho fala em murmúrio.

- Que garoto interessante, mas se é assim, acho que vou brincar mais com eles. Já ela não pode se dizer o mesmo, será que ela tem algum problema? - Ele deu uma risada um tanto quanto baixa.

- Certeza de que essa é sua decisão final, '"Deku"? - Ele ri.

- E garoto... sério? Fracassado?! Que apelido mais gozado... - Diz o homem se arrumando melhor na cadeira.

- Sim, eu tenho, eu odiaria ver ela em perigo igual estamos agora. - Izuku encara o homem com uma feição indiferente.

- Bom, é o seguinte, eu decidi que, não vou levar um e deixar o outro livre, além do mais ela poderia pedia ajuda de um herói, e isso acabaria com meu plano. Está decidido, já que você não quer ver ela em perigo, eu decidi matar ela, o que você acha? - O homem se levanta em quanto diz tudo, caminhando em volta dos dois.

Ele tira uma faca de dentro de sua enorme capa de chuva grossa. Izuku e Ochaco entram em total desespero.

- Vo... não... não po.. - Izuku mal conseguia pronunciar uma palavra sequer.

Ochaco estava de cabeça baixa chorando, o homem se aproxima dela, segurando seu queixo e levantando o rosto de Ochaco, enquanto as lágrimas caiam, tocando no piso, e apenas alguns poucos ruídos podiam ser escutados. Ela estava com seus dentes cerrados, e resistindo ao homem.

- Que desperdício. Você é tão bonita e jovem, só teve o azar de eu ter cruzado o caminho de vocês. É uma pena... - Dizendo isso, o homem acaria as bochechas rosadas de Ochaco limpando suas lágrimas.

- Adeus, bonitinha... - Ele levanta a mão, gira a faca e com toda força lança a mão em direção ao coração de Ochaco.

- NÃÃÃÃO!

Apenas o grito de Uraraka Ochaco era possível ser escutado.