Nash pulou do segundo degrau da escada até o chão, e logo foi recebido por abraços calorosos dos seus pais e familiares. Noah se afastou, e percebeu que a multidão havia se dissipado desde que subira. Perguntou-se a si mesmo quanto tempo passara lá em cima, e concluiu que fora muito, já que o Sol já estava sumindo e uma brisa gelada tomava conta do lugar.
— Parabéns, Noah. Muito obrigado! — fora aquele mesmo policial, apertando a sua mão. Logo veio vários, elogiando-o e o agradecendo.
Depois de alguns minutos, quando Noah estava sentado na sua bicicleta e conversando com um dos policiais, sentiu uma presença incomum ao seu lado. Eram os pais de Nash, que o agradeceram de modo exagerado e até a mãe de Nash chorara de emoção. Depois que ambos saíram para falar com os policiais, Nash viera lhe conversar. Estavam tímidos, a emoção do momento já não estava tão alta e pareciam dois estranhos ali. De fato, eram. Mas sentiam-se conhecidos lá em cima, como se fossem velhos amigos ou enamorados. Nash sentira um tipo de sensação estranha quando chegou perto de Noah, e quando o olhava também.
— Eu só queria me despedir, Noah. Se puder me dar um abraço, e me dar o seu número, ficarei muito feliz — falou Nash.
Noah, atrapalhado, desceu da bicicleta e a deixou num canto. Pegou a caneta da mão de Nash e anotou na pequena caderneta azul que ele tinha. Em seguida, abraçou-o forte.
— Qualquer coisa, me liga, Nash. Não hesitarei em te ajudar. Estou aqui por você, não se esqueça disso. E tenha certeza: eu me importo, Nash. — sussurrou em seu ouvido, enquanto o abraço durava. Tempo depois, tiveram que se separar, e Noah tentou ajeitar o cabelo preto de Nash e sorriu — Você é bonito, Nash.
— Oh, obrigado, Noah. Você também... — sorriu.
— Um sorriso de verdade. Assim que gosto de ver — beliscou de leve a bochecha de Nash, depois segurou o seu rosto com as duas mãos e puxou-a em sua direção, beijando a sua testa em seguida. — Até qualquer dia, Nash Nada Trash.
— Até, Noah. — acenou para o jovem, que já estava de volta em sua bicicleta e colocava os pés no pedal. Noah sorriu, e já estava indo embora quando parou e virou-se para trás — Ah, e... Nash! — chamou-o — Não faz isso mais não, 'tá? Por favor, moço, não suba mais na sacada.
Nash abriu um sorriso, pois nunca imaginou que alguém lhe pediria isso.
— Pode deixar! — e saiu caminhando, indo abraçar os seus pais e fazendo planos sobre como iria viver a partir dali.
Aquilo só servira para fazê-lo abrir o olho sobre o quão uma vida é importante, e não se deve simplesmente deixar para lá. Compreendeu, finalmente, que o amor deve ser muito maior que a dor, e que deveria se entregar a ele. Estava animado para rever Noah, e estava mais animado ainda para viver. Pois é sempre melhor morrer de amor, do que viver de dor.
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Moço, sai da sacada
RomanceNão fora só treze motivos que fizeram Nash estar naquele edifício no centro da cidade, fora muito mais. Eram tantos, que o pobre rapaz não conseguia nem mencionar um. E, caso pensasse em algum, não hesitaria e se jogar dali, no meio de um domingo en...