• Capítulo Quatro •

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13h27min

Harry terminava de trocar a camisa de Theodore pela enésima vez desde que Louis saiu. O garoto, hiperativo e alegre, não para de se chacoalhar por aí com sua caixinha com suco de morando. Pela quarta vez, o garoto conseguira manchar a camisa e ainda ficar melado pelo suco no processo. O Styles perguntava-se por quê insistia tanto em trocar a roupinha do garoto. De agora, deixaria o menino se sujar o quanto quisesse - deixaria para limpá-lo na hora do banho.

Aproveitando para trocar a falda de Theodore também, Harry amorosamente tentava acalmar o pequeno.

— Theo, meu amor, fique quietinho...

Quando o cacheado finalmente terminara e conseguira pôr Theodore quieto no sofá (o convencendo de assistir a algum desenho na TV) o telefone toca, atraindo de imediato a atenção de Theodore que antes mesmo de dar chance de Harry reagir, descera do sofá e correra até o telefone, se pondo nas pontas dos pés antes para alcançá-lo.

— Alou? – O pequeno riu abobalhado, segurando o telefone do lado contrário enquanto repetia centenas de vezes: "alô? Alô?!". Harry acabou rindo do pequeno, afagando seu cabelo antes de lhe tomar o telefone delicadamente. Theodore fez bico, mas não tardou a se distrair com a música animada que iniciou na Tevê atrás de ambos naquele momento.

— Hm... alô? Residência dos Tomlinson? – Harry murmurou, um pouco confuso de como atender.

— Ah, Harry! É o Louis. – Harry sorriu sem perceber ao ouvir a voz do mais velho do outro lado. — Ah, você não vai acreditar! Incrivelmente, mesmo tendo chegado atrasado, eu consegui terminar todo o meu relatório. E melhor: bem a tempo! Adivinha? – Harry riu com animação do Tomlinson, murmurando um "o que aconteceu?", enquanto observava ao longe Theodore pular no chão e bater palminhas, acompanhando um boneco que dançava na Tevê. — Fui liberado mais cedo! Sim, mais cedo! Por causa disso, acabei pensando e lembrei que há muito queria levar Theo ao shopping, para lhe comprar brinquedos.

— Oh. Então vais aproveitar e leva-lo hoje? – Ouviu Louis concordar do outro lado da linha. — Isso quer dizer que estou liberado?

— Não! – Se assustou com o decreto firme de Louis, erguendo as sobrancelhas. — Não, espere... quero dizer: você vem conosco. Ainda irei precisar de sua ajuda com Theodore. Eu irei para casa trocar de roupa e iremos juntos, em um táxi. Meu carro está um pouco esquisito, mandei-o para o mecânico ontem à tarde para uma checagem rápida, vou aproveitar para buscá-lo hoje também.

— Ah, claro, mas... – foi cortado.

— Arrume a bolsa de Theodore. Até mais tarde.

[...]

E no meio da tarde, Louis realmente aparecera em casa para buscá-los e se trocar. Disse à Harry que não iriam demorar muito no apartamento pois como viera já de táxi, pediu para o taxista esperar um pouco.

Harry havia ficado um pouco envergonhado à frente do motorista mas, fora aquele pequeno detalhe, a viagem tinha sido tranquila. Theodore, com seu jeito tagarela de sempre, não parava de se queixar por Louis não ter o deixado comer seu cupcake recheado de glacê. Mas o que o Tomlinson podia fazer? Seu filho já havia comido muito açúcar mês passado, precisava controlá-lo. Harry até sentiu-se mal para com o pequeno, mas por se tratar de uma questão de saúde, nada disse - apenas abrigou Theo em seus braços e o acolheu como uma mamãe. Ou papai, como preferia.

Ao chegarem no prédio em que Louis trabalhava (pois o mais velho fez outro desvio, já que havia se esquecido de sua pasta - onde terminaria o trabalho esquecido em casa), Harry teve seu queixo caído: o prédio era tão alto e tão bonito! Havia ficado com vergonha de sequer pôr os pés ali, tão simples que havia ido.

Babysitter - L.S (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora