• Primeiro Capítulo •

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— Theo, não! Por favor, não corre! — A voz realmente desesperada de Louis aguçou a atenção de algumas pessoas na rua.

A vida de Louis Tomlinson não estava exatamente fácil. Ao começar pela manhã, em que o mesmo era cordado por Theo, seu filho de apenas três anos de idade. Era a mesma rotina: Acordar ou ser acordado, dar banho em Theodore, trocar a fralda de Theodore, preparar o leite de Theodore, arrumar a bolsa de Theodore, e arrumar-se. O mesmo dirigia todas as manhãs para a creche em que Theodore costumava ficar, e dirigia novamente essa manhã se a mesma não tivesse fechado a quatro semanas atrás por falta de recursos e funcionários.

Desde então, Louis se via totalmente perdido em meio a essas últimas quatro semanas. A contar com hoje, que de alguma forma, Theo conseguiu se desvencilhar de seus braços e subitamente, passou a correr na sua frente, de uma forma que de vez em quando, quase o perdia de vista. Estava ficando completamente maluco! E só naquele meio-tempo.

E agora, não é com muita felicidade que dizemos onde está Louis: obviamente, a correr no meio da rua com uma pasta em mãos, gritando por seu filho, temendo o pior. Realmente, o dia não poderia estar melhor para Louis Tomlinson. Além de estar atrasado para o trabalho - coisa qua agora nem ao menos importava -, estava fazendo uma bela corrida inesperada pela manhã. Haha, o que mais poderia acontecer?

Um suspiro em meio a corrida. Estava ficando cansado, e se surpreendia pela incrível facilidade de seu filho de desviar das pessoas e objetos em seu caminho. Se surpreendia também pela criança nunca parecer perder o fôlego.

No final, era apenas Louis que devia estar ficando velho mesmo. Quanto mais velho, mais cheio de problemas. Honestamente... tsc.

— Deuses, ninguém pode pega-lo?! Theodore m, pare já aí! — Tomlinson realmente estranhara. Theo costumava sempre obedecer às ordens de Louis. Não que o mesmo fosse severo com o menor, ao contrário, Louis é um verdadeiro coração mole. Mas às vezes é necessário, e esta é uma dessas vezes. Ele ainda tentava entender por que raios uma criança de três anos de idade resolveu fugir de si.

Talvez tenha sido por algo que Theodore havia visto, Louis não tem a devida certeza.

As ruas estavam totalmente lotadas, dificultando tanto a passagem e visão de Louis - ele precisava manter os olhos colados ao seu filho. Pessoas paravam apenas para ver o pobre homem de vinte cinco anos a correr desesperado atrás de seu filho de tres anos. Lamentavelmente e talvez até vergonhoso.

O maior apressou o passo, trombando com algumas pessoas no caminho, logo pedindo desculpas. Mas veja, ele não tem culpa!

Seu filho corria, e desta vez mais rápido. Louis amaldiçoou amargamente o vendedor de balões que resolveu das nas vistas justamente naquele momento. O maior sabia que seu filho se distraia fácil, e encanta-se com as coisas coloridas e brilhantes.

— Ei amigo, veja por onde anda! — Alguém acabou por reclamar de um forte esbarrão que Louis o dera. O indivíduo o mostrou um gesto obsceno. Louis se segurou para não devolver o gesto. Seu filho era sua prioridade, não podia perde-lo de vista.

Ele só queria chegar até seu filho, apenas! Mesmo que a criança tenha diminuído o passo, ainda estava consideravelmente longe de Louis. Longe o suficiente para ir a qualquer direção e Louis simplesmente perde-lo de vista. Isso não podia acontecer, de fato. Se ao menos alguém o parasse...

— Deus, obrigada! — Um suspiro aliviado saiu quase imediatamente dos lábios de Louis. Ele pode sentir seus músculos relaxarem instantaneamente. Passou a encarar o moreno de cabelos cacheados a alguns passos longos de distância de si, como se visse um ser divino.

Agradecia eternamente que alguém teve a devida coragem para pegar na pobre criança - que já agora, notando melhor, chorava.

Louis pode observar o estranho pegar Theo no colo, e mesmo que aparentasse cuidado, louis tremeu, realmente pensando que o rapaz iria levar Theo consigo.
Porém, para sua surpresa, o rapaz apenas o abraçou e começou a niná-lo.

Não, e não foi apenas aquilo.

O rapaz conseguira acalmar a choradeira do menor em segundos. Louis deduziu que o rapaz não o havia cisto, pois olhava ao redor, como se procurasse os pais daquele pequeno ser.

Mesmo desconfiado, Louis conseguiu diminuir o passo, enquanto andava em direção à sua criança. Encarando o relógio em seu pulso, bufou em desistência. 09h 13min, sabia que estava frito.

Era para ele estar em seu escritório há pouco mais de uma hora. Seu chefe faria picadinho de si, sabia disso. Bem, não lhe há outras alternativas, a não ser deixar para lá. Não adiantaria chegar há uma hora dessas - já estava absurdamente atrasado, e realmente depois dessa correria e desse pequeno susto, o melhor a se fazer é ir para casa e descansar. Poupar broncas sempre é bom.

Por agora, Louis resolveu focar em seu filho.

— Ah, você só pode ser um anjo! — Louis disse, deixando escapar um sorriso. O cacheado que segurava o bebê em seus braços deu um salto, escondendo mais a criança contra si. Louis franziu as sobrancelhas, analisando o rapaz. Percorreu o olhar por um belíssimo par de coxas vestidas por uma calça realmente justa, até chegar a face esbelta do rapaz. Realmente bonito, Louis pensou.

— Você é o pai dele? — A voz realmente adocicada fez o pequeno ser em seus braços afundar mais a cabeça na curva de seu pescoço. O cacheado à frente de Louis encarava o mesmo desconfiado, como se realmente duvidasse que aquele homem, era o pai irresponsável que deixara sue filho correndo livre pelas ruas de Londres.

— Sim, sou, é que eu... Theo meio que... meio que fugiu de mim, sabe? Ah, droga... estou aliviado, estava quase surtando! —Apesar de Louis ainda estar confuso como Theo poderia estar tão facilmente abraçado a um estranho, não conseguiu não desabafar. Estava tão aliviado! ..., mas, bem, era realmente estranho aquela situação. Louis conhecia seu filho, e sabia que o mesmo era bastante tímido, nunca gostou de ter muito contato com pessoas que não conhecesse.

Parecia que o rapaz a sua frente tinha um belo jeito de lidar com crianças.

— Ele é uma graça... — Sorriu o garoto que tinha um olhar marcante, posicionando a criança corretamente com todo o cuidado do mundo no peito. Louis não deixou de esconder a surpresa ao ver que o cacheado tinha um enorme jeito com crianças. O estranho percebendo o olhar estupefato de Louis sobre si, corou.

— Você realmente leva jeito com crianças. — Novamente pôs se a examinar o estranho de cima a baixo. Tinha a pele branquinha, um corpo realmente atraente, e a aparência de um garoto inocente e indefeso. Louis não era um tarado ou um pedófilo, mas deuses, ele era um homem de vinte e cinco anos, tinha o direito de sentir-se atraído. — Tem filho?

— Oh... não! Eu apenas trabalho como babá nas horas v-vagas. Eu adoro crianças, sabe? — O cacheado explicou, baixando o olhar para os seus pés, ao ver que, ao invés de Louis assentir e finalmente entender e por-se embora dali junto com seu adorável filho, apenas o fitou como se um baú cheio de tesouros e moedas de ouro.

Talvez depois desta correria toda, a sorte resolveu bater na porta de Louis.

—Você só pode ser um tipo de anjo! — O rapaz corou com o elogio, não entendendo o porque daquilo. — Eu estava tentando encontrar uma babysiter durante semanas! E você parece que caiu do céu! Não consigo terminar meus relatórios, é realmente difícil trabalhar tendo de cuidar de seu próprio filho ao mesmo tempo! Raios, tem sido tão difícil! — Desabafou, respirando fundo em seguida. — Como é que se chama mesmo?

— H-harry... Harry Styles. — Respondeu baixo quase num sussurro, ao notar que o bebê em seu colo dormia tranquilamente. Louis ficou ainda mais incrédulo. — Eu p-posso te ajudar com ele... se você quiser, c-claro!

Louis estava tão estupidamente feliz, qua era capaz de abraçar o rapaz ali mesmo.

— Céus, você é mesmo algum tipo de anjo? Estou tão contentes! Prometo um bom pagamento pela proposta inusitada, tudo bem? Mas, realmente, nem sei como te agradecer! Quando você pode começar? Espera, vou te passar o endereço do meu apartamento!

O cacheado sorria doce para a criança em seu colo. Afinal, ele amava cuidar de crianças, e já estava "desempregado", a um tempo e precisava pagar o aluguel de seu apartamento. As quartas ele trabalhava numa biblioteca perto de seu apartamento, e o resto era como babá. A vida não foi muito fácil para Harry Styles, mas parece que agora as coisas estão melhorando.

E com o tempo, ficariam melhor ainda...

16/09/2017

Babysitter - L.S (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora