Eldarya - Um Mundo Dos Sonhos

Capítulo 9 - A Floresta Dos Pesadelos

O sol já brilhava excepcionalmente no céu, e os seus raios quentes foram os responsáveis por eu ter acordado... ou talvez tenha sido Nevra por fazer tanto barulho. Tenho certeza que ele fez de proposito só para me acordar.

Ele estava apagando o fogo quando me viu.

- finalmente você acordou. Se levante e vamos logo, não temos o dia todo.

- bom dia para você também.

Me levantei tirando algumas folhas do cabelo, e logo fui até ele.

- podemos comer alguma coisa antes? estou com fome. - disse olhando envolta.

- tem algumas maçãs na sua mochila, coloquei ai enquanto dormia.

- puxa... obrigado. - sorrio - eu amo maçãs... adivinhou.

Corri até minha mochila, e lá estavam elas... grandes e bem vermelhas, como eu adoro... não pude evitar de sorrir.

É, ele não é tão ruim, talvez tentar ser uma amiga dele... não seja má ideia. Vai que ele fica feliz e me dá mais comida?... tá, parei.

- ainda falta muito... vamos logo.

Ele subiu em seu cavalo e eu fiz o mesmo no meu, e logo tomamos rumo para fora da floresta.

- nossos passos de agora em diante deverão ser bem cuidadosos e atentos. Vamos entrar em um lugar perigoso... criado apenas para os mais temíveis pesadelos... pois é onde eles se tornam realidade.

Paramos atrás de um grande arco de pedra.

- depois dessa fronteira, fica a floresta dos pesadelos... por favor, tente não pensar no que te assusta... ou a maldição desse lugar, fará de tudo para tornar os seus piores medos... realidade.

Meu coração pareceu parar. Como ele quer que eu não tenha medo em um lugar como esse?

Tentei ficar calma, e apenas o segui... passando por baixo do grandioso arco de pedra.

Enquanto andávamos percebi o clima mudar, tudo parecia escuro, como se a noite tivesse caido outra vez.

"Por favor..... nos ajude....."

- Eu posso estar ficando louca, mas juro que ouço sussurros... é como se..

- pedissem por ajuda? - ele me interrompeu.

- sim.... Como sabe?

- as almas aprisionadas aqui, vão tentar chamar sua atenção para que se junte a elas pela eternidade. Não dê ouvidos, apenas ignore, a floresta não é tão grande, em breve vamos sair daqui.

Concordei, tentando ignorar.

(...)

Após quase uma hora, paramos para tomar um café reforçado, e assim continuar a viagem.

- eu vou buscar água, você fica aqui.

Suspiro fundo.

- certo, não vou sair daqui.

Ele deu de costas e saiu.
Olhei a minha volta curiosa.
Não sei quanto tempo ele vai demorar.

Ficava olhando ele se distanciar, até que sumiu.

Talvez não faça mal eu tentar procurar também, não é?
Vai que ele não encontra? Se eu achar, talvez ele pare de me olhar como um fardo e veja que sou um pouco útil pelo menos.