Capítulo 2 - COLIN

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Acordo com uma ereção que deve estar aqui desde ontem à noite, por culpa daquela menina malvada! Muito obrigada pela noite! Grande merda! O prazer foi todo meu, criatura deliciosa e cruel.

Desde ontem, cada vez que fecho meus olhos, só consigo vê-la. Nua. Cada centímetro dela. Consigo senti-la colada a mim. Quase consigo sentir meu pau dentro dela, naquele movimento gostoso, entrando e saindo, preenchendo-a uma vez, e mais uma, testando meu prazer todo dentro dela. Quase consigo sentir seus seios na minha boca, e suas unhas arranhando minhas costas. Quase. E não sentir isso de novo está fora de cogitação!

— Então, vai ficar aí olhando para o tempo? Não quer me contar o que houve? — a doutora casamenteira provoca.

— Sabe aquela baboseira clichê de encontrar a pessoa certa e aí gozar mais forte com ela?

Ela arregala os olhos e sorri, corrigindo-me.

— Não. Sei sobre aquela verdade de amar alguém e assim, fazer amor com essa pessoa, ser uma experiência muito melhor.

— Foi o que quis dizer. É mais intenso, mais gostoso, mais verdadeiro.

— Bem, eu sei. E você? Vivenciou isso?

Assinto como um menino feliz e sorrio, o que a faz sorrir de volta. Então me lembro do "muito obrigada pela noite de ontem" e meu sorriso some.

— O que deu errado, Colin?

— Eu vivenciei isso. Foi bem assim, foi quase como mágica. E aí na noite seguinte ela me vem com um "muito obrigada pela noite" e um "boa noite". Entra para o quartinho dela e vai dormir.

Ela faz uma expressão preocupada e me preocupo imediatamente.

— O que isso quer dizer? Por que fez essa cara? O que ela quis dizer?

— Não sei. Pergunte a ela, eu não sou sua conselheira sexual, Colin. Você que vive se gabando dos seus dotes, aí todo inseguro, chega a ser engraçado.

Eu não vejo graça nenhuma!

— Você é minha conselheira amorosa, eu nem queria uma, mas você veio com aquele papinho de cura, lembra? A culpa disso tudo é sua! Agora me ajude.

— Como conselheira amorosa, eu te pergunto se você já disse a Caitlin que a ama. Porque nós sabemos que ela não vai adivinhar

— Eu fiz mais do que isso, eu mostrei.

— Acho que ela não entendeu seu jeito de demostrar, já que dormiu no quarto dela ontem à noite.

— Eu sei que não sou a melhor escolha, e que vai demorar para ela me ver como um homem certo para ela, sei que a imagem que ela tem de mim é a de um devasso, e a culpa é minha, eu assumo. Mas quero mudar isso. Quero mostrar para ela que posso ser diferente, posso ser melhor.

Seus olhos são quase maternais com tamanho orgulho refletido neles. Ela abandona o caderno de anotações na mesinha de centro e tira os óculos. Vai falar comigo como uma mãe falaria com o filho.

— Então mostre isso a ela. Leve-a para sair, dê a ela coisas que a agradem, passe um tempo com ela que não envolva sexo. Um tempo que envolva amor.

— Sexo envolve amor — defendo.

— Você me entendeu.

— Não tem uma maneira mais fácil?

— Sim. Você pode dizer diretamente a ela, Caitlin eu te amo.

— E aí vou poder transar com ela, não é?

Ela me olha desconfiada e me dou conta do quanto estou perdido aqui.

— Colin você tem certeza que isso é amor? Porque se eu que sou seu diário humano estou confusa, imagine ela.

— Tem certeza que é o único jeito?

— Você consegue encontrar um melhor?

— Não pode ser dando a ela mais orgasmos?

— Nem toda mulher vive de sexo, Colin. Algumas, a maioria delas, quer sentimentos envolvidos.

Tudo bem. Fazer coisas com ela que não envolvam sexo. Não que seja um problema para mim ficar com ela, e nem que eu a queira apenas para isso. Mas eu a tive. Por uma noite ela foi minha. E parece que todas as noites em que não estive dentro dela, não passam de noites perdidas.

Saio de seu consultório ao fim da consulta, mas retorno pouco depois, para uma última tentativa:

— Você tem certeza que preciso fazer isso?

Sua resposta é uma careta impaciente e saio do seu consultório. Eu posso fazer isso. Posso ser o namorado dela, fazendo programas de namorados, não resumidos a sexo.


Dustin está me esperando no clube para treinarmos. A luta final se aproxima e ainda estou meio quebrado, por isso tenho que dar muito mais de mim. Após umas horas de treino, comento como quem não quer nada:

— Alguma vez você e a Carol passaram a noite juntos e aí na noite seguinte ela preferiu dormir sozinha?

Ele parece pensar por um momento, mas então começa a rir. Ri alto, apontando o dedo para mim.

— Se fodeu! Achou que ela ia ser fácil como as que está acostumado? Acredite, irmão, as que amamos são sempre as mais difíceis, diferentes e complicadas.

Assinto entendendo que o que sinto por ela torna seu muito obrigada pela noite mil vezes pior do que realmente é.

— Mas não. Por mais que me odiasse em vários momentos, ela nunca preferiu estar sozinha. Você fez alguma coisa errada — zomba e o uso como saco de porrada pelo resto do treino.

Quando chego em casa, Caitlin ainda não chegou. Já passa de sua hora normal e ela deveria estar com a cara enfiada em um livro. Eu chegaria, como quem não quer nada, a ajudaria e então a beijaria. Ligo para seu celular, mas ela não atende. Logo, a campainha toca e Lorna entra com o jantar.

— A Caitlin está chegando — diz separando a gororoba que trouxe em pratos, como se fosse a cozinha dela. — O que foi, querido? Está tudo bem?

Não posso falar disso com a mãe da Caitlin. Mas, ela me olha preocupada, e estamos falando da Lorna, aquela que sempre esperou que eu e a Caitlin ficássemos juntos. Que pessoa melhor para falar do que ela?

— O que foi, Colin? Aconteceu alguma coisa?

Penso em uma maneira menos bruta de dizer isso, e ela se aproxima curiosa e preocupada, seus grandes olhos fixos em mim, me pressionando.

— Colin, fale comigo, o que houve?

— Eu... eu... sua filha não quer mais transar comigo — soo como um menino chorão.

A porta abre e Caitlin aparece, diz estar morrendo de fome. Beija meu rosto como sempre faz e dirige toda sua atenção para sua mãe. E eu fico aqui me perguntando o que fiz de errado com ela. Mas não importa, seja o que for, vou mudar isso, porque afinal de contas, somos namorados agora. Ela me pertence, eu serei o melhor namorado do mundo e tudo vai ficar bem.

Mais calmo, junto-me a elas e mandamos ver na gororoba.

DEGUSTAÇÃO - Meu melhor amigo, devasso - A virgem e o devasso #2Onde histórias criam vida. Descubra agora