DISPONÍVEIS ALGUNS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.
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— Eu segui você — confesso após a terceira música e aqueles olhos de gata tão lindos não se desviarem do meu rosto cobrando uma explicação.
— Típico — diz, mas não parece estar brava, parece estar confusa, e talvez satisfeita. Conheço bem esse sorriso contido de quem quer sorrir abertamente com uma informação.
A puxo para perto de mim quando uma música mais leve começa e ela não tenta se afastar. Fica quietinha nos meus braços e eu poderia ficar aqui a noite toda, só respirando o cheiro dela, sentindo seu corpo pequeno protegido no meu. Noto que ela está cansada após algum tempo e a levo até uma mesa no ambiente mais silencioso possível. Chamamos a amiga loirinha dela, mas ela preferiu continuar no bar, conversando com o barman. Pela cara dele, ela não está dando mole, e sim desabafando com o coitado. Mas ele espera levá-la embora depois da sessão descarrego, por isso ainda a está ouvindo apesar do movimento no bar.
— Então, quando exatamente você e o Stephen terminaram? — esta pergunta estava girando em minha cabeça desde quando ela confessou isso mais cedo.
Ela fica surpresa pela pergunta, mas responde.
— Quando eu vi você tomando banho.
— Espera, você saiu correndo com ele, achei que iriam direto para um motel e você foi terminar com ele?
— Bem, eu não queria ter algo sério com ele quando estava me deixando seduzir pelo meu companheiro de apartamento. Não me pareceu certo.
Concordo com a cabeça, isso é bem a cara dela.
— Mas então por que você continuou saindo com ele depois disso?
— Porque somos amigos. Você pode não acreditar, mas o Stephen é uma pessoa maravilhosa. Ele foi muito compreensivo comigo, foi amigo e protetor do jeito dele. Assim como você sempre foi comigo, entende? Fazendo tudo do seu jeito porque acha que é melhor para mim? Vocês são mais parecidos do que você imagina, Colin.
— Nem fodendo! Todas as vezes que vocês saíram desde então, foi como amigos?
— Para mim, sim.
— E ele não tocou mais em você, então?
— Não sei o que você entende por tocou, se se refere a encostar a mão em mim sim, ele tem o costume de andar de mãos dadas.
— Não me refiro a isso.
— Neste caso, ele nunca me tocou.
Sorrio. Um sorriso vitorioso e aliviado. Toda experiência que ela teve nesse campo foi comigo, e só comigo, cuidarei para que nunca mais as tenha com nenhum outro.
— Eu não quero ser mandão, nem possessivo com você. Não sou tão babaca, mas eu gostaria que você não fosse amiga dele. Não é por nossa rixa no clube, nem pelo fato de eu realmente o achar o maior idiota do mundo.
— Então é por quê? Não estou procurando uma discussão, Colin, mas ser meu amigo não dá a você o direito de decidir quem mais pode ser meu amigo. A gente já discutiu tanto isso.
Acaricio sua mão mostrando que não quero mesmo discutir com ela.
— Amigos não transam, Caitlin. Nós somos outra coisa.
— Amigos coloridos sim. E o que somos então?
Sorrio.
— Quem diria! Caitlin Ross tem um amigo colorido! Agora posso dizer que já vi de tudo. — Largo o copo sobre a mesa e seguro suas duas mãos, olhando em seus olhos para que ela veja dentro dos meus o quanto isso importa para mim. — Por favor, não o veja mais.
— Nós somos apenas amigos, nunca vai rolar nada demais entre ele e eu.
— Não importa, isso não torna uma amizade entre vocês aceitável para mim.
Ela está prestes a começar a discutir, tenta tirar suas mãos das minhas, mas impeço. Tento explicar como me sinto antes que ela me coloque no meu lugar, de seu melhor amigo apenas, onde ela acha que vai me manter.
— Caitlin quando eu a vejo com ele, isso me machuca. É maior do que ciúmes, é maior do que medo de perder você para ele. Dói. Por favor, não faça isso comigo.
Ela aperta minhas mãos, e sei que está entendendo.
— Por que você se sente assim? Eu não quero machucar você, só quero entender — pergunta daquele jeito doce que amo nela.
— Porque ele é melhor para você do que eu. Se eu fosse um bom amigo, diria a você para ficar com ele, mas não sou. Uma hora você vai perceber isso sozinha, e vai me deixar por ele. E antes que você diga que nós não estamos juntos, estou me referindo a tudo. E não importa o quanto você repita que são apenas amigos, você não sabe bem das coisas, Caitlin. Você acha que você e eu somos apenas amigos.
Ela sorri, a tensão sumindo um pouco de seu rosto.
— Porque nós somos.
— Então você transaria com ele?
Ela nega categoricamente com a cabeça.
— Eu não o fiz quando estava com ele, não o faria não estando.
— Ele não vai desistir. Enquanto tiver acesso a você, vai tentar convencê-la de que ele é melhor, como eu fiz. Nós somos assim. Uma hora, ele a convence.
— Como você convenceu?
— Eu não a convenci, isso não deu muito certo. Você ficou comigo mesmo sabendo que eu era o cara errado. Só que agora, não sou mais o errado. E ver você com ele me machuca mais do que posso expressar. Só pensa nisso.
Ela assente, mas não diz que vai se afastar dele. Mas da maneira doce e terna com que está me olhando, tenho a certeza de que ela vai se afastar, e se depender de mim, farei valer a pena. Serei seu amigo, namorado, protetor, fodedor, tudo em um só.
Voltamos para a pista e tudo o que quero é beijá-la. Ela não bebeu nada com álcool, está linda dançando para mim, com um vestido que está me enlouquecendo desde que a vi com ele. Sorri de vez em quando, mas não olha à sua volta. Com tantos caras por perto, ela não olha em volta em momento algum. E posso dizer que se há alguma mulher aqui além dela e da amiga, eu sequer notei.
Como quem não quer nada, aproximo-me dela, descanso meu braço em sua cintura, trazendo-a mais de encontro a mim. Ela não se afasta, mas seus olhos de gata estão avaliando meus movimentos, atentos. E não quero que ela fuja. Encosto minha testa a dela e beijo seu rosto, ela se afasta o máximo que consegue estando presa em meus braços.
— O que está fazendo?
— Beijando minha garota.
— Colin, não estou te entendendo. Não é você que vive dizendo que sexo não é compromisso? Poxa, quantas vezes já te vi falar isso para suas garotas?
— Eu não tenho mais nenhuma garota. E as coisas aqui são bem diferentes do que eram com elas. Você sabe, tenho que ficar com você, porque com você é diferente.
— Ah é? Diferente como?
— Então você não conhece a lenda? — pergunto em tom brincalhão aproximando minha boca mais da dela.
— Que lenda?
— Quando uma virgem se entrega a um devasso, ela passa a pertencer a ele. E ele tem que cuidar dela. Esta é a regra. Você é minha agora, e eu sou seu.
Antes que ela venha com uma resposta sarcástica e se afaste, tomo sua boca na minha. Parece que não a beijo há uma vida. A aperto em meus braços, e ela corresponde do seu jeitinho doce e apaixonado. É engraçado como tudo muda quando a pessoa que está nos seus braços é a pessoa certa para você.
Ficamos mais algum tempo na pista, dançando e nos beijando, e parece que estou no paraíso.
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DEGUSTAÇÃO - Meu melhor amigo, devasso - A virgem e o devasso #2
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