DISPONÍVEIS ALGUNS CAPÍTULOS PARA DEGUSTAÇÃO.
Colin acha que vou para casa com ele quando saímos da lanchonete, o informo que vou ao shopping com as meninas e ele se esquiva para ir treinar. Mas antes insiste em nos acompanhar até o shopping, que fica a poucas quadras da lanchonete. Ele conversa facilmente com as meninas, sem dar em cima delas, ou olhar demais em momento nenhum. Enquanto caminhamos, seus dedos tocam de leve nos meus e ele sorri, e meu coração bobo dá um salto gigantesco. Preciso ir com calma.
Meu celular toca e vejo na tela o nome do Stephen. Ele está me ligando há três dias e me esqueço de retornar. Preciso conversar com ele, essa coisa de sermos amigos não está dando certo, é melhor nos afastarmos de uma vez por todas. Vejo os olhos azuis de Colin fixos na tela do meu celular, e sua expressão tranquila de poucos segundos atrás, foi substituída por uma carranca. Antes que eu possa recusar a ligação, ele pega o celular da minha mão e recusa ele mesmo.
— O que foi isso? — pergunto irritada.
— Você não vai atender esse babaca!
As meninas entram no shopping e tento explicar de uma maneira clara, para que ele entenda, sem se fazer de ofendido.
— Você não tem o direito de pegar o meu celular e decidir quem eu posso ou não atender.
— Eu não vou fazer isso. Você só não vai mais falar com esse babaca. Nem adianta me olhar assim, Caitlin! Porra! Depois da noite que tivemos, por que você quer falar com ele?
Percebo que mais do que ciúmes, ele está magoado.
— Não tem nada a ver com isso, Colin. Nós somos só amigos. Há um bom tempo não rola nada entre a gente. Ele é uma pessoa legal.
Ele pensa por um momento, mas nega com a cabeça.
— Não, não quero que você fale com ele, por favor.
O que estou fazendo? Sendo a Caitlin de sempre com ele, atendendo seus pedidos, cedendo ao que o deixa melhor. Não posso agir assim ou meu plano vai todo por água abaixo.
— Você não pode me pedir isso. Nós transamos, Colin — falo o mais baixo possível — e foi ótimo, mas foi isso. Isso não te dá o direito de decidir quais amigos posso ter. Somos apenas amigos.
Ao invés de retrucar e ficar mais irritado, ele me devolve o celular e abre um imenso sorriso.
— Vai sonhando, baby.
Então me dá um beijo rápido no canto da boca, e sai rindo. E eu demoro a voltar a mim porque não consigo entender o que acabou de acontecer aqui.
Olho-me no espelho analisando se terei coragem de sair com essa roupa. Ela não é curta demais, nem colada demais, nem mostra nada que não deveria ser mostrado, só é muito diferente das que costumo usar. A Caitlin diante de mim no espelho se parece com uma mulher. E mesmo que eu saiba que não sou mais uma menina há muito tempo, é estranho me ver assim. Eu me sinto bem, e me sinto diferente demais.
Três batidas na porta e a voz de Colin chama do outro lado:
— Cait, você quer comer algo? Vou preparar nosso jantar!
Respiro fundo, pego minha bolsa e abro a porta.
— Não precisa, obrigada Colin, mas vou sair com as meninas.
Ele me analisa diversas vezes, pega minha mão e me gira, mas não sei dizer se gostou ou não da maneira como estou vestida.
— Que roupa é essa?
— Está tão ruim assim?
— Não! Você está absolutamente... deliciosa! Eu comeria você agora mesmo! O encontro dos seus seios bem no meio dessa blusa está me deixando louco.
Ele dá um passo em minha direção e enfio a bolsa na frente dos meus seios.
— Obrigada, eu acho. Não precisa guardar nada para mim, eu como com as meninas.
— Onde mesmo vocês vão?
— Sair, beber, coisas de jovens.
Meu Deus! Eu poderia ser pior sendo uma jovem fingindo ser uma jovem?
— Vocês não têm idade para beber. Como vai conseguir isso se não estiver com o campeão?
— Agradeço sua humildade, Colin, mas a Joy conhece um barman que vai facilitar nossa noite.
Ele cruza os braços encostado à parede e seus olhos passeiam vagarosamente por todo meu corpo, então pergunta como se não se importasse, mas posso ver em seus olhos que está realmente confuso.
— Por que isso agora? Desde quando você gosta de sair para esses lugares e beber?
— Não gosto ainda. Mas percebi que me privo demais de viver a idade que tenho, depois estarei velha e quando me interessar por essas experiências, será tarde. — Ele assente e coça o queixo, não aprovando muito minha explicação.
— Você poderia ir a outros lugares, com outras pessoas e curtir sua juventude sem que isso envolva uma briga em um bar.
— Eu não vou arranjar briga. Você não vai precisar me salvar. É só que eu também não me importava com sexo, mas a gente fez isso e foi uma das melhores experiências da minha vida. — Seu sorriso lindo aparece e seus olhos brilham em minha direção, quase digo a ele que estou mentindo, que foi na verdade, a melhor experiência da minha vida. — Você me fez ver que realmente eu preciso sair mais, viver mais, ter mais experiências, ser jovem.
Seu sorriso some e sua postura se torna tensa.
— O quê? Não! Não foi isso o que eu quis mostrar aquela noite, não era para você sair por aí vivendo experiências. De jeito nenhum entenda isso!
Dou de ombros como se não fosse nada demais.
— Caitlin, onde vocês vão? Quem vai com vocês? Se você quer novas experiências, eu estou bem aqui. Achou aquela boa? Espere até ver o que vou fazer com você quando não estiver mais sentindo dor.
Controlo a gagueira e minhas pernas que querem tremer e respondo calmamente:
— Não se trata só de sexo. Só quero me conhecer mais, conhecer mais pessoas, ser mais como você.
— Não! Não seja como eu, de jeito nenhum! — ele está gritando e acho que seu rosto está ficando vermelho. — Caitlin, vamos, você não precisa mudar tanto de uma vez assim, me diga o que quer conhecer e eu a levo. Não precisa envolver sexo, podemos ser jovens juntos.
— Tudo bem. Amanhã vou pensar em algo mais que queira fazer e você me leva.
Vou em direção a porta e ele vem atrás de mim.
— Por que não pensa agora?
— Porque estou atrasada. A gente se fala amanhã. Boa noite, Colin.
Tenho vontade de colocá-lo no colo e cobri-lo de beijos, quando vejo sua expressão antes de eu fechar a porta, como se estivesse perdendo algo muito importante para ele. Mas, resisto a isso, e sigo meu plano, mesmo sentindo-me culpada. Tento me lembrar que ele não sentia culpa alguma em quebrar minhas regras levando tantas mulheres para nossa casa, que ele não sentia culpa alguma em cancelar programas bobos comigo para ficar com elas. Talvez seja bom para ele passar um pouco pelo que passei. Não a dor, porque eu o amava quando passava por essas coisas, mas o medo de perder.
Mas mesmo essa linha de pensamento não impede que eu sinta que deveria ter ficado lá cuidando dele.
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DEGUSTAÇÃO - Meu melhor amigo, devasso - A virgem e o devasso #2
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