Capítulo 7 - Decepções no almoço...

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Alguns dias depois...

Julia acaba de chegar à mansão, ela desta vez foi à cidade sem os trajes para se proteger do sol, pois o dia está completamente nublado, tudo indica que o inverno está próximo. Hoffman tem ido a cidade com frequência nesses dias, está organizando tudo relacionado à reconstrução de seu escritório na mansão, passaram-se muitos dias dês do incidente com Elizabeth e as duas nunca sentaram para ter uma conversa normal. A vampira ainda não sabe se a matriarca lhe concedeu o perdão, mas sabe que se ficar sentada esperando, será perca de tempo.

Andou conhecendo bastante a mansão ultimamente, e achou um quarto perfeito para seu escritório. Ele fica no terceiro andar da mansão e ninguém habita os quartos por lá. Calma e aconchegante, tudo que ela precisa. Já fez os pedidos dos equipamentos necessários para suas consultas e estudos, eles virão de fora. E quanto a seus livros, está estudando todos que tem disponíveis na nova biblioteca de Collinsport. Tudo está se resolvendo aos poucos, menos o coração da vampira. No fundo ela sabe que só está fazendo isso para manter sua mente ocupada, porém é impossível quando ela leva um copo de bebida para a boca e lembra que Elizabeth está tão perto, mas é como se ela tivesse longe.

O relacionamento na casa em relação a ela, ainda é meio tenso quando se está na presença de Barnabas. A doutora tenta agir educadamente, mas a pressão e piadinhas sem graça é de lhe subir os nervos. Ela agora evita participar dos jantares e almoços, passa quase toda parte do tempo na biblioteca, sem dispensar as doses de seu fiel uísque. Se antes ela achava que não era nada, agora ela tem certeza...

Hoje resolveu almoçar em casa a pedido do menino David, o afeto entre os dois ainda é grande, e Hoffman não consegue lhe dizer um não. Caminhando no salão principal ao mesmo tempo em que tira os óculos, a mulher observa o silencio do local, até os gritos do escritório chegarem a seus ouvidos. É a voz de Carolyn e Elizabeth... Se aproximando do local, as duas discutem sobre algo ainda desconhecido pela doutora que se põem a escutar encostada na parede.

--Eu já não queria deixar você ir, agora que não vou deixar mesmo... Se tivesse pensado duas vezes antes de faltar à escola hoje, eu até pensaria na hipótese de deixar você ir a este evento... - a loira fala sentada no sofá, enquanto sua filha andava de um lado para o outro em sua frente.

--Eu já falei pra senhora que estava me sentindo mal... - a menina repete entre dentes.

--Poupe-me de suas desculpas, Carolyn. Eu não sou tola, dês do dia que o professor de matemática lhe concedeu aquela suspensão, por te faltado o respeito com ele, você tenta evitar suas aulas...

--Mamãe, por favor... Você quer um pedido de desculpas, ok, desculpa, tá? Agora me deixa ir...

--Não! - Liz diz decidida.

--AAAH! - a menina se queixa com raiva - Pelo amor de Deus! SERÁ QUE VOCÊ PODE PARAR DE ESCUTAR A CONVERSA E ME AJUDAR AQUI, DONA VAMPIRA LOUQUINHA... - a menina fala pois sentiu a presença da doutora pelo olfato, Elizabeth direciona o olhar para a porta que se abre - Dá pra sentir esse cheiro lá da cidade... - Julia olha a menina com um sorriso torto.

--Olá, Hoffman! - Liz diz um pouco fria para então se levantar e ir até a mesa para analisar os papeis da fabrica - Ai! - a loira sente uma pontada na região do pescoço, exatamente no local onde Hoffman a sarou. A matriarca tem sentido isso todas as vezes que a vampira está por perto, mas é claro que isso não passa por sua cabeça.

--Tudo bem? - a mulher de olhos castanhos pergunta dando um passo à frente. Carolyn se preocupa, mas não demostra por está inconformada com a decisão da mãe.

Eu Amo Você em Silêncio [Romance Lésbico do Filme Sombras da Noite ] (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora