De repente um carro veio vindo na nossa direção, buzinando sem parar. Assustada por quase de termos morrido, eu tratei de retornar ao meu lugar e o Scotty voltou a se concentrar na estrada.
— Você é um perigo pra qualquer motorista. É distração demais, minha nossa!
Do nada, tanto eu quanto Scotty, acabamos escutando um baque encima do carro.
— Desgraçado!
Gus apareceu na janela do lado do motorista, pegando Scotty pelo colarinho.
— Ai meu Deus, Gus!? Gus, o que tá fazendo?
— Eu tô dirigindo, seu idiota. Sai daqui!
Scotty tentou empurrar Gus com uma mão enquanto dirigia com a outra.
— Parem já com isso, vocês dois.
De repente Gus consegue tirar o Scotty com apenas um puxão pela camisa, o levando para cima do carro.
— Scotty? Scotty? Mas que merda!
Olhei pela janela por alguns segundos antes de assumir o volante. O problema é que... eu não sabia dirigir.
— Quando vocês dois pararem com a lutinha aí, nós todos já estaremos mortos.
Bati no teto.
Sem saber mais o que fazer e não conseguindo nem ao menos controlar direito a direção, simplesmente pisei no freio e observei os dois serem jogados para longe.
O que eu fiz? Será que eles morreram? Aé, já estão mortos!
Desci do carro correndo e fui ver como eles estavam; e acredite se quiser, os dois continuaram a briga ali mesmo, no chão. As presas de ambos estavam à mostra e os seus golpes eram rápidos e certeiros.
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— Já chega!
Bati o pé. Eles viram que eu não estava para gracinhas e se levantaram.
— Por que começou a bater nele?
Perguntei ao Gus.
— Fala aí, Scotty!
— Se for sobre o fato de vocês serem vampiros, eu já sei.
— Contou isso à ela?
Começou a peitar seu adversário, como se fossem voltar a brigar.
— Ela precisava saber. O que, você era perfeito demais para ser verdade? Quero dizer, você era perfeito demais para ser... humano?
Scotty provocava, rancoroso.
— Não tem ideia da vontade que eu tô de te matar de novo.
Gus fechou os punhos.
— Ei, ei, ei. Quero todo mundo acalmando os nervos. Scotty, você tem mesmo algo pra me falar?
