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Depois de várias horas de voo, o avião finalmente para e somos autorizados a nos levantar e pegar nossas bagagens. Respiro fundo e me levanto, esticando meus braços e pernas os sentindo meio doloridos por ter dormido no avião. Olho para Will que parecia rir de algo engraçado.

_O que foi? – pergunto confusa.

_Achp que você deveria puxar a sua saia Clark.

Olho para ele sem entender e ele aponta para a minha saia. Olho para a minha saia de pregas com estampa de jornais antigos, que ia até um pouco acima do meu joelho, e não vejo nada de errado.

_Se vire Clark.

Olho para a parte de trás e quase levo um susto. A ponta da minha saia estava presa a minha calcinha de renda preta, mostrando uma boa parte do meu bumbum. Puxo a saia rapidamente e a ajeito com a mão enquanto Will tia como um garoto, pela primeira vez fico feliz de estar em um jato particular.

_Vamos sair logo desse avião – eu digo constrangida e começo a pegar nossas bagagens de mão – Você não vai mesmo me dizer aonde estamos?

Ele nega com a cabeça.

_É surpresa Clark.

Reviro os olhos, mas um sorriso insiste em surgir no meu rosto.

_Tudo bem então, vamos.

Hoje era o primeiro dia da nossa lua de mel e eu não tinha ideia de onde estávamos. Eu primeiro pensei que fosse Paris, mas acho que não é. Lily vai passar as duas semanas na casa de Camila e nenhuma das duas me deu uma pista se quer do lugar onde iríamos, esse mistério todo já estava me irritando.

Descemos do avião e sinto um vento fresco passar por meus cabelos soltos, respiro fundo sentindo o clima fresco do lugar, apesar do sol forte no céu, a temperatura estava bem agradável.

Pego todas as nossas malas e coloco no carrinho, wiil falava ao telefone um pouco longe de mim e eu fico olhando para ele tentando escutar algo, mas o som alto do aeroporto não me deixa ouvir nada. Ele termina a ligação e eu finjo estar tirando uma sujeira invisível da minha blusa de de botão preta com mangas cavadas e finjo ajeitar o meu sinto branco e o pequeno lenço preto de bolinhas brancas no meu cabelo.

_Pronta? – ele pergunta.

Will usava uma blusa preta é uma bermuda branca. Ele usava sapatos marrons e seus cabelos estavam daquele jeito típico bagunçado-arrumado que o deixava mais lindo ainda.

_Sim.

_O carro já está esperando, pegou tudo? – ele fala passando os olhos pelo carrinho de malas.

_Sim senhor.

_Então vamos.

Caminhamos até a porta do aeroporto e finalmente eu recebo uma dica de onde estamos quando uma funcionária anuncia algo no microfone. A primeiro fala em Italiano e depois fala em inglês. Olho para Will procurando por respostas mas ele apenas sorri de lado e continua seu caminho até a porta do aeroporto. Bufo de frustração e o sigo. Saímos pela porta e um carri preto. Parado ao lado do carro se encontra um homem alto, negro, com aparentemente 40 anos de idade. Ele usava um terno preto, camisa branca e gravata também pretas. Seus cabelos estavam cortados bem baixo e seus olhos eram verdes. Ele sorri ternamente para gente.

_Senhor Traynor, quanto tempo – ele fala com um leve sotaque.

Will sorri para ele.

_Luiz, senti saudades meu amigo, como vai sua família?

_Muiti bem, agora tenho um neto, Angeline se casou – ele fa com ternura.

_Meus parabéns. Essa é minha esposa, Louisa. Louisa esse é Luiz, ele foi meu motorista da última vez que estive aqui e é um grande amigo.

Vivendo com vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora