Depois dos acontecimentos de ontem, Cal volta pra sua casa e não toca mais naquele assunto com ninguém, porque isso não o incomoda ao contrário de seus conflitos internos. Todo dia ele se pergunta porque o pai dele o deixou e quando ele vai voltar?
Não só esse conflito, um dos maiores conflitos é que ele toma toda a culpa do mundo em seus ombros. Ao assistir o jornal da manhã ele vê que seu ato de heroísmo está percorrendo o país inteiro, não só o país como o mundo também. E com isso vem as notícias que são ligas ao acontecimento, mas não é ligado ao seu heroísmo, e sim as notícias dos prejuízos causados pelo acidente.
Como consequência teve milhares de dólares em prejuízo e os mortos, foram quatro mortos contando o funcionário que sem querer causou a explosão e mais três pessoas que estavam no vigésimo e último andar do prédio.
Cal põe toda a responsabilidade de tais acontecimentos em seus ombros, sem levar em consideração que se ele não tivesse feito nada o prejuízo seria muito maior e a culpa sobre ele cairia em dobro.
Mas acaba se esquecendo disso quando sua mãe acordar, ele pede a benção dela como sempre, pegunta se ela está bem e logo em seguida faz seguinte pergunta:
- Mãe, quem era o meu pai? Como ele era? Qual o seu dom? E porque ele foi embora?
Sua mãe se assusta com tal assunto, já que não era de sua normalidade questionar isso, mas ela responde:
- Seu pai era um homem incrível, trabalhador, honesto, gentil, alto e pele negra igual a sua; trabalhava em uma fábrica de vidro, ele era responsável por acender as fornalhas, já que sua habilidade é incendiar coisas com a palma da mão. Mas quando descobriu que iria ser pai ele não aguentou a pressão e desistiu de tal responsabilidade.
- Eu sabia que era culpa minha dele ter ido. Murmurou Cal
- Não filho, não é sua culpa, ele era um homem muito bom, mas nunca se deu bem com grandes responsabilidades. Disse sua mãe vendo com os olhos cheios de lágrimas.
- Mas mãe, a senhora nunca se arrependeu de tal escolha? Não mudaria isso se tivesse a chance?
- Não meu filho, pois com isso eu tive a melhor coisa da minha vida, que foi você!
Com isso mãe e filho se derramam em lágrimas. Um pouco depois disso Cal se despede de sua mãe, pois chegou a hora dela de ir trabalhar.
Cal como só vai para a faculdade a noite tem um dia normal, como uma pessoa normal, arruma sua casa, lava sua louça, brinca um pouco com seu cachorro e no final da tarde vai até a padaria para poder como algo.
Quando ele sai para a rua vai em direção a padaria, quando olha pro lado e vê ele mesmo, mas não um espelho ali, afinal ele está na rua. E é quando ele percebe:
- Essa foi por pouco hein James, dessa vez ficou perfeito! Diz Cal para James enquanto dava boas gargalhadas.
Então James volta a sua forma normal, sua habilidade é pode assumir a aparência e voz da pessoa que ele quiser. Então ele volta a forma normal:
- Com um pouco mais de treino eu posso entrar na sua casa e até enganar sua namorada! Diz James enquanto dá risada.
- Você não vai entrar em casa, não possui a chave! E eu não tenho namorada! Diz Cal que também dá risada enquanto fala.
- Acredito em você Cal! Responde James com um tom de sarcasmo em sua voz.
A caminho da padaria Cal passa por uma viela e vê um jovem sendo espancado por dois assaltantes, onde acaba acontecendo uma cena bem clichê de cinema, que é quando o herói da história não pode fazer nada por estar sem seu traje ou sem seus poderes.
Contra sua vontade ele acaba seguindo em frente, ao chegar na padaria faz seu pedido, mas o seu pensamento ainda está no seu pai e no incidente do prédio em chamas.
- Aqui está o seu pedido, deu dez dólares. Diz o padeiro
- Ok, tome aqui seu dinheiro, tenha uma boa tarde!
- Igualmente para você. Diz o padeiro.
Saindo da padaria ele vê uma ambulância e uma viatura da polícia indo para a direção da sua casa, mas ele acaba não se preocupando.
Quando ele chega mais perto daquela viela ele pôde ver que a ambulância e a viatura estavam lá pois avia acontecido um assassinato, que é quando a sua memória se volta ao jovem sendo espancado. E ele mais uma vez põe toda a porcentagem de culpa sobre o acontecimento sobre suas costas.
Pela primeira vez em sua vida ele acaba sentindo uma fúria, um ódio incontrolável dentro de si o levando a acreditar de uma hora pra outra de que não se pode ter esperança na humanidade, não é o primeiro caso parecido com esse que ele vê, mas é a gota d'água. Ele promete a si mesmo que não vai mais ter tanto cuidado na hora de bater em um bandido, que por mais que ele bata nos bandidos, por mais que eles sejam presos milhares e milhares de vezes, eles não vão parar de fazer isso até que alguém comece a por um limite nessas pessoas. E ele se denomina essa pessoa!
Então ele continua seu trajeto para sua casa como se não tivesse passado por estado extremo de ódio e sofrido uma mudança radical, toma seu café da tarde, toma um banho e vai para a faculdade.
Chegando lá seus amigos Caio e Rayn estão discutindo sobre o acontecimento heróico de Cal:
- Galera, vocês viram o que aconteceu ontem a noite? Comenta Caio.
- Se refere ao acontecimento do prédio da parte sul da cidade? Pergunta Ryan.
- Esse mesmo, eu achei o ato do herói muito incrível. E já estava na hora dele arranjar um nome né?!
- Eu também achei as coisas que ele fez fantásticas! Mas não gostei muito do nome, é legal mas acho que poderia ser melhor!
- Como assim? Eu achei muito foda, é um nome impactante! Diz Caio.
- Não tô nem aí, o importante é que ele fez seu trabalho, poderia ter feito melhor pois deixou três pessoas morrem, já que o cara que causou a explosão não conta! Afirma Ryan.
Cal interrompe os dois apertando seus punhos com tenta força que suas unhas estavam quase furando suas mãos e diz com os dentes trancados:
- Sim, ele deixou pessoas morrerem, mas isso não vai acontecer... Nunca mais!!
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O invencível
ActionEm um mundo onde 65% da população nasce com um dom, uma hora ou outra acaba tento alguém que não usa isso para o bem. E é aonde vamos conhecer a história de Cal, um garoto entre seus 19 para 20 anos. Ele é o herói mais conhecido do mundo, mas sempre...