Show De Horrores

A Vingança de Jeff The Killer

Capítulo Final

11 anos depois

Eles dançam no salão e não param de encantar os convidados e criados com a beleza de seus passos de dança. Samanta e Sebastian, Reis do novo mundo do crime, faziam uma dança comemorativa no salão principal da mansão onde viviam. Davam giros sincronizados no salão vermelho como se fossem dragões em voos velozes pelos oceanos escarlates preenchidos com o sangue dos que haviam matado para chegarem onde estavam. As vezes fechavam os olhos buscando ouvirem melhor os gritos e berros das suas ovelhas que estavam na sala ao lado sendo torturadas, mas logo abriam novamente, esquecendo dos gritos para só ouvirem a música clássica que tocava no salão. No meio da dança, um mecanismo pré-programado foi ativado, derramando em cima dos dois uma chuva de sangue quente. O cheiro de ferro se espalhou no ar. Estavam ensopados e com as roupas colando no corpo, mas seus sorrisos de felicidade e excitação só aumentaram. Sentiam-se bem, mas não por causa do sangue ou da idolatria. Nem mesmo as almas dos que absorviam por meio da chuva vermelha eram os responsáveis pelos sorrisos em suas bocas. O que tornava tudo aquilo especial para um, era o outro. O mais importante era a companhia. O resto era apenas detalhes. Por estarem juntos, conseguiam aproveitar ao máximo todas as outras coisas. Entre os passos lentos e sensuais, olhares e toques, as almas vorazes por sangue de Samanta e Sebastian se encontravam em colisões violentas, resultando num amor, carinho e aceitação que nenhuma pessoa normal poderia possuir. Um sentimento incapaz de ser metido em palavras.

— Eu te amo, meu dragão vermelho. — Diz Samanta olhando-o nos olhos azuis que lhe caiam muito bem no rosto. — Eu não quero te ver nunca longe de mim, entendeu desgraçado? Se ousar me abandonar ou trair, eu vou te torturar até o fim dos meus dias. Mesmo que isso possa me doer mais que uma faca quente perfurando a carne dos meus seios.

Sebastian não fica quieto.

— Também te amo, minha ceifeira das trevas. — Diz Sebastian a envolvendo nos braços. Puxando-a para perto de si, ele a toca nos lábios com o polegar, aproxima-se dos ouvidos de Samanta e sussurra: — Nunca deixarei que você fique longe de mim. Nada, nem a morte, vai me impedir de beijar e morder seus lábios todos os momentos de minha vida. Como posso trair ou fugir do que me faz querer viver mais um dia nesse mundo apodrecido?

— É bom que esteja falando a verdade, Sebastian. — Disse Samanta passando a ponta das unhas na bochecha ensanguentada de Sebastian, que ainda estava em seus ouvidos. — Odiaria ter que me livrar da coisa mais importante da minha vida. Sem você, toda essa coisa perde o brilho que tem. O sangue vira apenas sangue. E a morte vira apenas morte.

— Estou. — Disse Sebastian se afastando dos ouvidos de Samanta. — Mas, porque não paramos de dançar e vamos fazer alguma coisa mais explosiva?

— Talvez mais tarde. — Disse Samanta colocando os braços nos ombros de Sebastian e o abraçando pela nuca. — Primeiro vamos terminar essa dança. Faz um tempo em que nós dois nos banhamos de sangue sem ter que matar. Digamos que quero comemorar. Essa é o motivo da festa, não é mesmo?

Sebastian não disse mais nada para sua amada e ambos voltaram a dançar na chuva de sangue.

Algum lugar no Canadá

- Finalmente depois de tantos anos, terei minha vingança contra aqueles dois desgraçados... – Jeff sussurra sentado na beirada da cama de uma criança dormindo que acorda logo que ouve vozes. – Eu não tenho necessidade nenhuma de estar fazendo isso com você... na verdade, eu tenho sim. Aqueles dois loucos me transformaram no que sou hoje, e você, garotinha, é quem paga por isso.