Samanta e o Agente Secreto

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- Bem-vindos convidados! Aposto que estão esperando um grande show hoje, não é?! – Uma mulher de cabelos ruivos fala com um tom caloroso pelo microfone.

- Sim!! – A plateia vai ao delírio com sua voz doce.

- Ótimo! Ótimo! Mas antes de tudo... eu preciso de um voluntário, alguém??

- Eu! Eu! – Vários homens levantam suas mãos para serem escolhidos pela bela mulher.

- Que tal você, meu anjo? – Ela aponta para um homem bem vestido, e de óculos escuro.

- Não, obrigado.

Ele diz sem olha-la e com os braços cruzados. O sorriso branco e perfeito da mulher se desfaz quando o homem se recusa a subir no palco, e um silêncio toma conta de todo o lugar. Falando seriamente, ela grita pelo microfone:

- Seguranças! Tragam MEU voluntário para cá! Sei que ele só está tímido... – Ela o olha através dos óculos escuros dele. – Não é?! – Sorri pelo canto dos lábios pintados de vermelho.

O homem se levanta de uma só vez, afastando a cadeira grosseiramente para trás. Dois homens gigantes aparecem em passos largos e apanham o homem pelos braços, ele se debate para se soltar e é arrastado até o palco, a mulher gargalhava enquanto via seu rosto apavorado se aproximar dela.

- Me larguem! Vocês não podem fazer isso comigo!!

Dois anéis de aço descem do teto por correntes, e os seguranças prendem os punhos do homem no alto, o deixando de frente para a plateia que permanecia em silêncio, mas via-se satisfação em seus rostos.

- Hora da diversão, meu anjo... – A mulher passa as costas de sua mão no rosto do homem e depois arranca seus óculos e o joga no chão pisando em cima. – Qual o seu nome? – O homem cospe no chão, se recusando a falar. – Liguem o telão!

Uma mulher e sua filha aparecem amarradas logo atrás, e a ruiva que tentava manter a atenção de todos voltados a ela, vira o homem devagar em direção a tela atrás dele.

- Kate, amor! Marcela! – Ele grita ao ver sua esposa e filha sendo feitas de refém. – Sua desgraçada, se algo acontecer a elas, eu juro...

- Arranquem o olho da filha.

- O que?? NÃO!

O olho azul da criança é arrancado com um garfo, após ter sido enfiado várias vezes em sua cavidade. A garota berrava e agonizava enquanto seu sangue transbordava e manchava seu rosto angelical e suas roupas claras.

- Qual é o seu nome mesmo?

- Marcos... – O homem diz em choque.

- Muito prazer, Marcos. Eu sou a Samanta... e bem-vindo ao meu show! – Ela diz com seu sorriso perfeito novamente.

Todos aplaudam e gritam por "Samanta" na plateia. Eles pareciam ama-la e respeita-la, podia ver isso claramente estampado em seus sorrisos. Isso a excitava, se sentia uma rainha ali. O palco era feito para ela, um lugar onde se sentia a pessoa mais incrível do mundo.

- Vamos começar com as perguntas, meu querido Marcos.

- Ta bom... mas por favor... tenha piedade da minha família...

- Pergunta número um! – Ela o interrompe. – Porque está aqui?

- Por favor...

- Arranquem o outro olho da menina... – Ela olha irritada para a tela.

- NÃO!! Eu.. eu estou aqui por causa do FBI! Eu trabalho lá! Estou em uma missão!

- Assim é melhor... Steve! – Ela grita para o homem atrás da tela que cuidava da esposa e da filha de Marcos. – Não arranque o olho da garota... – Uma mão que segurava uma faca se afasta do olho da criança no telão.

- Obrigado... – Marcos suspira aliviado.

- Mas! Quebre o dedo da esposa, por ele demorar responder à pergunta e deixar minha querida plateia esperando!

A mulher se debate atrás da tela e barulho do seu dedo indicador sendo triturado por uma marreta ecoa por todo local, e a plateia vai ao delírio.

- Nãaaooo..oo..o! – Marcos não consegue se aguentar e cai em um choro doloroso, ao ver sua família sofrer e não poder fazer nada para protege-la.

- Pergunta número dois! Quem você ama? Sua esposa ou sua filha?

- Que tipo de pergunta é essa?! Eu amo as duas!

- Há, há, há... você não está entendo, Marcos... eu perguntei: qual você não quer ver a cabeça estraçalhada por uma marreta?

O homem olha horrorizado para Samanta sem saber o que responder. E a única coisa que recebia de volta eram lábios vermelhos tão esticados em um sorriso medonho, que faltavam rasgar as bochechas rosadas de Samanta.

- Não vai responder? Tudo bem, eu escolho para você... na verdade... a plateia vai escolher! – Ela caminha devagar até mais próxima de todos – E então? Mãe ou filha?

- Filha! Filha! – Todos pareciam querer o mesmo, ver os pais sofrerem pela morte de sua cria, e Samanta não temeu desaponta-los.

- Steve, você os ouviu, faça uma farofa com o crânio dela.

- Nãooo!!

- Porra, Marcos! Você só sabe gritar "não"?!

Marcos se debatia nas correntes que o prendiam ali, enquanto via a mão do carrasco de sua filha subir e descer rapidamente. Sangue e miolos voam no rosto de sua esposa, que soltava urros por debaixo do pano que cobria sua boca, e na câmera que filmava tudo. 

A plateia grita e aplaude quando vê aquela cena no telão, amavam o que estavam vendo e amavam muito mais sua apresentadora: Samanta. Quando Steve terminou, limpou o martelo nas roupas da jovem já sem vida no chão, e acaricia as lágrimas da esposa com sua mão manchada de sangue, deixando um belo rastro em seu rosto abatido.

- Muito bem, Steve!!! – Samanta saltitava no palco demonstrando toda sua alegria.

- Não... porque fez isso... porque...

- Ahh... cadê a minha faca?? – Um mordomo aparece no canto direito do palco, trazendo um carrinho com uma bandeja dourada com um laço vermelho em cima. – Ai está! – O mordomo tira a tampa e revela uma almofada branca com uma faca prateada e brilhante em cima dela. – Esse é seu castigo por repetir a palavra "não" várias vezes. Isso é irritante!

Samanta rapidamente apanha a língua do homem com seus dedos finos e delicados e a corta fora em segundos, e o vê se engasgar com o próprio sangue. Depois larga a faca em cima da almofada branca, manchando-a com o sangue do homem. O mordomo fecha a badeja, e a leva de volta para onde havia trago. A bela mulher ruiva bate palmas, chamando a atenção de todos os convidados.

- Bom, meus queridos! Nosso show está quase chegando ao fim! E para finalizar, eu quero algo bem especial e marcante para vocês...

Samanta estala os dedos e sua cerra elétrica desce do teto por uma corrente. Ela apanha e puxa sua corda, ligando a máquina monstruosa, e seu ronco faz a plateia saltar de suas cadeiras e aplaudir.

- Foi um enorme prazer te conhecer agente Marcos, espero que seus amiguinhos do FBI consigam investigar os restos que sobrarem de você... Bye, bye!

Samanta começa pelas pernas do homem, e as poda feito galhos de árvore. O sangue que jorrava dele manchava a ela e toda a plateia que estava próxima do palco. As pernas de Marcos caem, e a mulher continua a rasga-lo com sua cerra. 

Quando chegou na barriga, suas tripas se esparramaram pelo chão, e nesse exato momento, a SWAT entra no estabelecimento atirando em todos. As pessoas corriam e gritavam, e Samanta gargalhava em cima do palco. Ela larga sua cerra no chão e abaixa o corpo, insinuando uma reverência. Logo atrás dela, Steve dá um tiro na cabeça da esposa, finalizando seu serviço e desligando a filmagem.

- Fim do show! – Ela diz com um sorriso escaldante e com suas bochechas manchadas de respingos de sangue.

E as cortinas se fecham.

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