Capítulo 4 - Gravação

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- Eu leio seus pensamentos também, Jack, Não tente esconder nada de mim. Eu estive sabendo de tantos pensamentos bons das pessoas, dessas pessoas miseráveis, nenhuma delas merecem viver!! E aí eu as machuco, deixo marcas no corpo, faço com que elas se suicidem e percam o emprego.

- Deus. - disse Jack.

- Haha, Deus não está aqui para te salvar, moleque! - e riu muito a voz, como se fosse a piada do século.

E a voz o atormentou pelo resto da noite. Era madrugada mas nem todos conseguiam dormir.

- Mamãe que risada é essa?! - disse uma pequena menina já deitada em sua cama.

- Eu também não sei, minha querida! mas vai ficar tudo bem. - sentou com sua filha na cama acariciando os cabelos castanhos da filha.

- Ah, eu estou com muito medo mamãe!! - chorava nos braços da mãe.

- É melhor você dormir, meu amor, eu vou cantar uma canção. - deitou a filha na cama e começou a cantarolar. Ela logo dormiu. As risadas tinham cessado.

No dia seguinte:

- Bom dia, Mãe. - disse Jorge.

- Bom dia nada, só você consegue ver algo bom. - disse Anne com o semblante deprimente, sentada no sofá da sala vendo TV.

- Se você ficar com isso na cabeça, querida, só vai piorar. - disse a mãe.

- E tem como ficar melhor? toda a cidade está destruída, só o caos por todo lado.

- Hoje descobrimos algo revelador, um homem gravou uma voz estranha quando estava em sua casa, muito diferente de tudo que já pudemos ouvir - dizia a repórter seriamente. - colocaremos o áudio para que você, telespectador, ouça.

Anne e Jorge se concentraram ainda mais. A menina tremia. Em instantes o gravador foi reproduzido.

- shhh...Haha Deus não está aqui para te salvar, moleque! - o som chiava um pouco e falhava, mas dava para compreender. E continuou.
- Tanto tempo habitando a terra, pois eu fui expulsado de um lugar. Eles não me quiseram lá, pois agora estou aqui..shhh..vocês sofrerão, eu vou me divertir ainda mais com cada ser humano vivente.

E a gravaçao se encerrou.

- Eu lamento muito por cada um de vocês, seres humanos. Eu só peço que se protegam, pois ele vai bater na tua porta. - dizia a repórter hipnotizada na câmera, ela não se movia, a câmera ainda a filmava por um tempo, ela permanecia imóvel sem piscar.

- Que terrível, o que aconteceu com ela? - questionou Anne com agonia nos olhos.

- Mal, ela se sentiu extremamente mal com isso! E eu também, esse áudio parecia tão...

- Real? - franziu a sombrancelhas

- Será mesmo aquele espírito?

- Ah, eu não sei de mais nada, Jorge, eu só quero me deitar um pouco e descansar. - disse botando a mão na testa que suava frio.

- Tudo bem, vai descansar.. até quando pudermos. - disse fitando o televisor.

Ciclo do MauOnde histórias criam vida. Descubra agora