A Sioux Falls dos anos 80 era idêntica à atual, com exceção das roupas, os automóveis e as tecnologias. Felizmente lembramos de não usar nada que não fosse parecido com a época, então nos misturamos bem.
_Por onde vamos?_ Castiel para à minha frente e olha em volta.
_Não sei._ confesso._ Que tal dar um olhada no Bobby e segui-lo por ai? Ele não fala muito sobre onde exatamente me encontrou.
_Anne..._ ele começa.
_Juro que eu não estou fazendo isso só para ter a chance de vê-lo._ minto, pois uma parte de mim quer correr para os braços dele.
_Lembre-se que ele não te conhece.
Engulo em seco enquanto seguimos para a casa de Bobby. Só de pensar que tenho uma oportunidade de vê-lo outra vez me estremeço dos pés à cabeça, mas não deixo Castiel notar essa inquietação em mim.
Estamos passando por uma lanchonete que não lembro de ter atualmente na cidade e olho pelo vidro. Vejo uma garçonete com o cabelo castanho claro preso no topo da cabeça atender os clientes que comentam algo sobre sua barriga enquanto ela passa a mão de forma carinhosa. Não entendo muito de gravidez, mas acredito que ela vá ganhar o bebê em breve.
Castiel só notou que eu havia ficado para trás depois de atravessa a rua. Seus olhos seguem para o mesmo lugar dos meus e então ouço eu maxilar estralar.
_O que foi?_ pergunto.
_Você não consegue sentir?_ ele me olha._ Notei que você sentiu que eu não era humano na delegacia.
_Sim._ franzo a testa e olho para a mulher._ Mas eu não sinto nada vindo dela.
_É o bebê._ ele explica.
Quando me concentro melhor na barriga na mulher compreendo o que ele está dizendo. O bebê emana algo muito forte mesmo de dentro da barriga da mãe e eu me pergunto como ela está aguentando aquilo. Deve estar sugando toda a energia dela.
_Eu nunca vi esse tipo de coisa antes._ ele comenta._ Só uma vez que eu fui à cada de Bobby e você estava lá.
_O que...?_ tomo fôlego._ O que está querendo dizer?
_Qual a possibilidade de ser você ali dentro?
Antes que eu possa responder a porta da lanchonete se abre e a garçonete caminha em nossa direção. Então ela pega minha mão e eu me assusto.
_Você!_ ele está eufórica._ Você é idêntica à ele!
_Senhora, eu não...
_Ele tinha os olhos negros._ ela não me deixa falar._ Negros como a noite. Eu disse para papai que eu não me lembrava do que aconteceu, mas ele dizia que eu era louca.
A porta se abre e um senhor aparece, pegando a mulher pelos ombros.
_Me desculpem por isso._ ele fala para a gente._ Vá para dentro agora, Anne.
Estremeço com a menção do nome e olho para Castiel que parece mais confuso que eu.
_Minha filha não tem estado muito bem._ o senhor se aproxima de nós._ Desde que engravidou ela tem andado com a cabeça fraca. Acho que o cara a ter deixado fez com que ela ficasse falando coisas estranhas.
_O que ela tem falado?_ pergunto automaticamente.
_Disse que foi possuída por um anjo e que um demônio a violou._ ele riu de nervoso._ Não me entendam mal, mas eu só não acredito nesse tipo de coisa.
Balanço a cabeça em afirmativa, perdida com aquilo que ele havia falado.
_Você não parecem ser da cidade._ ele observa._ Deixem-me pagar o almoço de você para compensar o incomodo.
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Hunters
FanficCom a perda da figura que considerava como um pai, Anne abandona sua cidade e decide tomar caminhos sem rumo, tentando nunca olhar para trás. A única coisa que a prende nesse passado é o melhor amigo, Max, e a raiva que guarda pelos irmãos Wincheste...