CAPÍTULO 5

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    Sônia não cabia em si de tanta felicidade, um de seus sonhos finalmente havia se realizado, seu filho caçula que sempre fora motivo de preocupação, pois vivia metendo-se em confusões. Uma dessas confusões quase cause-lhe a vida, estava na boate e já havia bebido muito, se sóbrio já era difícil segurá-lo, bêbado então....

Ele começou a dar em cima de uma bela jovem, a moça disse para ele que estava acompanhada mas mesmo assim Gustavo tentou beijá-la, para sua infelicidade o namorado da jovem estava voltando do bar e o viu tentando beijar sua namorada, Gustavo apanhou tanto que foi hospitalizado em estado grave.

O namorado da moça tinha quase um metro e noventa, pesava uns cento e cinco quilos de puro músculo, ele tinha ombros largos, era estilo pit boys, aqueles bombados que passam o dia na academia, lutam jiu-jitsu e gostam de provocar brigas, se bem que nesse caso ele estava coberto de razão, mas não precisava ter espancado o rapaz como fez, Gustavo teve diversas fraturas na face e teve que passar por cirurgias.

Ele teve a mandíbula quebrada fraturas na órbita do olho e no osso que sustenta a arcada dentária, foram várias lesões gravíssimas que poderiam leva-lo a morte.

O caso foi noticiado em todos os jornais, o agressor foi preso e ainda pagou uma bela indenização. Esse foi o caso mais grave, mas o rapaz já havia se metido em várias outras confusões, já havia perdido a habilitação por ser pego dirigindo embriagado, chegando a ser levado para a delegacia. Foram tantas as confusões, Sônia deu um longo suspiro, parece que Gustavo finalmente estava amadurecendo, durante o jantar com os pais o rapaz comunicou que iria trabalhar com o pai, Gilberto seu pai chegou até mesmo a se engasgar.

Gilberto herdará os negócios do pai, uma rede de hotelaria no Brasil e no exterior.

Gilberto era um jovem de trinta anos quando assumiu de vez o lugar do pai, que foi acometido de uma doença, o Alzheimer, ele tinha apenas sessenta e cinco anos de idade quando a doença atingiu seu ponto máximo. No brasil, o número de pessoas com essa doença já atinge cerca de 1,2 milhão. Apenas metade delas se tratam e, a cada ano surgem mais 100 mil novos casos.

Assim que o rapaz fez o anúncio, Sônia não achou que era realmente verdade, mas com o passar dos dias ela pôde finalmente festejar, o filho acordava cedo e ia para o escritório com o pai. Gustavo não escondia da família que a mudança se devia a um certa jovem que conhecera. A alegria do casal foi ainda maior ao saber que a jovem era Elizabeth, sobrinha de sua amiga Elvira, uma jovem muito bem educada e que um dia herdaria toda fortuna da tia. Sônia embora nascida de uma família rica, não se importava com berço, o que ela mais queria era a felicidade de seus filhos. Já para Gilberto isso era importante, ele era muito conservador. Era um bom homem, fiel, carinhoso, exemplo de pai, isso era inquestionável.

Ele batalhou para expandir os negócios, estava sempre viajando, na maioria das vezes a esposa o acompanhava, só depois que os filhos nasceram que isso tornou-se esporádico, ela gostava de cuidar pessoalmente da criação deles.

Seu filho mais velho Vitor, nunca lhe dera trabalho, sempre bom aluno, obediente. Na adolescência passou por um momento de rebeldia, dizia que queria ter seu próprio negócio, que não gostava da área de hotelaria. Tudo isso porque o pai acabava ficando muito tempo fora, viajando a negócio. Mais tarde quando ficou adulto, entendeu que tinha que apoiar o pai, ajudá-lo no que fosse necessário, que tudo o que o pai buscava era para o conforto e bem estar da família. Vitor estava longe da família a oito anos, decidiu morar em Portugal, desde que um dois hotéis quase foi à falência. Ele foi pessoalmente ver o que estava acontecendo e, descobriu desvio de dinheiro e de bens. Para evitar um escândalo envolvendo o nome e a imagem da empresa, a polícia não foi envolvida, foi feito um acordo com os envolvidos na fraude. Toda a diretoria, assessores jurídicos e assessoria financeira. Demorou até que Vitor conseguisse colocar tudo em ordem, nesses oito anos ele vinha ao Brasil três a quatro vezes no ano e, quando não vinha os pais iam até ele. A família tinha hotéis em mais dois países da Europa, todos supervisionados por ele.

Vitor ficou muito feliz quando soube que o irmão estava agregado aos negócios da família, Sônia havia lhe dado a notícia.

Ela estava muito feliz com a mudança do filho. E com isso Elisa acabava tendo que frequentar festas e jantares organizados por ela. E, é claro, Gustavo estava sempre presente. Ela tinha que admitir que estava completamente diferente, mas para ela nada daquilo adiantava, pois ela não tinha a menor atração por ele.

A abordagem dele agora era diferente, mas ainda assim a incomodava. Pela maneira que o rapaz falava, Sônia e a família achavam que ela e o filho estavam namorando. Ela apresentava Eliza como sendo sua nora, por inúmeras vezes a moça tentou explicar a Sônia que eram apenas amigos, Elvira também já havia falado, mas Sônia achava que eles não queriam assumir porque estava cedo demais para um compromisso. - " Coisa dessa juventude de agora". Disse ela certa vez.

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