Capítulo 7

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Não sabia se chorava pelo que tinha acontecido no momento ou pelo motivo que ele viera para o hospital. Sabia quem tinha atirado. Ou melhor, meu sexto sentido sabia. Eu estava complemente bêbada na noite passada e não duvido nada que eu tenha desabafado sobre ele. Mas o cara que eu estava usando para esquecer dele não era bobo, e nem um pouco normal. Eu sabia disso pela urgência que as mãos dele sentiam enquanto percorriam o meu corpo e as diversas vezes que tirei a mão dele de perto da minha calcinha. Poderia ser considerado um quase estupro. Se ele realmente soubesse que eram esses tipos de cara que eu estava saindo ele estaria desapontado comigo.
Sentei nas desconfortáveis cadeiras verdes da sala de espera e aguardei notícias dele. Sabia que elas não viriam tão cedo. Avistei os pais dele e sua irmã, mas estava envergonhada demais para encara-los. Mandei mensagem para minha melhor amiga e pedi para que ela viesse me buscar o mais rápido possível.
Aquele ambiente triste estava me deixando doente. Meus pensamentos estavam explodindo e me deixando maluca. Eu estava me perdendo cada vez mais, mas isso não me deixou surpresa. Não era nada que não tivesse acontecido antes.

Éramos doisOnde histórias criam vida. Descubra agora