Em algum lugar.

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11:45 p.m.,*terça-feira
Em algum lugar sobre o Pacifico

Algumas horas dentro de um tubo de metal, cansativo, com um cara que não para de falar desde que levantamos voo as 7:00? Chato.
Nick chamou a aero-moça. —Ei, aqueles cavalheiro está me incomedando, você poderia pedir par...
— Claro senhor! — A moça foi desfilando como costume até o homem. — Senhor, talvez o senhor poderia falar em um tom menos grave? O cavalheiro ao lado está se queixando do barulho.
— Olha gracinha, eu falo como eu quiser grave, fraco, se quiser eu xingo, mas fale para o "cavalheiro" de araque vir aqui falar na minha face. — Aquilo fez com que o sangue de Nick fervilhasse, ele se levantou e andou em direção ao homem. — Olá senhor!
— Ah então é você o cavalheiro de nada?
— Primeiramente, gostaria de comentar que quando a bela jovem falou "grave", ela usou o sinônimo de baixo, segundo, você tem que respeitar quem lhe serve, e por ultimo, você não é o único neste avião, respeite a paz alheia. — Nick disse essas palavras olhando no fundo dos olhos do homem. — É, claro cavalheiro. — O homem foi tão ameno, que realmente surpreendeu a moça.

3:15 p.m. *terça-feira
Café Habana, 17 Prince St
New York, EUA

Naquela região de Nova York, tudo que você encontra é restaurantes franceses, espanhóis e que a comida custa uma fortuna, An não pode ficar estrapolando, e só um dia comer bobagens no almoço não faz muito mal. — Oi, eu queria um x-burger, suco natural de laranja e batatinhas.
— É pra já! — disse a balconista com um grande sorriso amarelo que An retribuiu.
E se ela conseguisse o emprego ali, ia ter que levar quentinha de casa.
— Para a viagem?
— Não, vou comer aqui mesmo. — e de repente o celular de An começou a vibrar. — Oi Ty, o que é?
— Então, sabe aquilo de a gente morar ai no centro?
— Ah meu Deus, você não abriu a boca pra tia né?
— Não... — ele riu — Eu quero ir te "buscar" com a tia, sabe pra mim conhecer a casa também...
— Ah, sério que tinha que ligar pra isso?
— Muito sério, acha que vou morar em qualquer casebre?
— Tonto, mas se você quer morar num triplex, paga o aluguel, e arruma alguém pra limpar, não vou ter tempo, você sabe.
— Nossa, grossa, okay, mas pelo menos vou ter um quarto?
— Aff, claro que sim! Tchau vou almoçar.
— Tchau. — An encarou a refeição com um sorriso, segurou seu sanduíche, e de repente... Seu celular tocou de novo — Mas caramba — A fome já estava fulminante — Alô?
— Nossa que secura é essa?
— Ah oi Bon.
— Que foi, tá estressadinha?
— Eu tô morrendo de fome, você me liga, o Tyler acabou de ligar...
— Come e conversa Ué — An quase riu com o jeito que Bonnie falou, ela é a grande amiga de infância de An, aquele tipo de amiga que sempre está do seu lado, para o que acontecer, quando os pais de An morreram, Bon ficou com ela, a levou para casa, porque é horrível nos primeiros dias, viver em uma casa tão vazia, se a pouco estava tão viva, foi com essa amiga que ela guardou todos seus segredos e até loucuras.
— Tá bom — falou com a boca cheia — O que queres?
— Sei lá, de repente saber se conseguiu o emprego!
— Acho que não.
— Por quê?
— Ela perguntou sobre meus "roteiros".
— Aqueles que você escreveu quando tinha uns 12 anos?
— 13, e sim.
— Mas são ótimos, e o que ela disse?
— Só falou "entrevista concluída" ou sei lá o oque.
— Nossa, que vaca — quase fez An cuspir a comida de tanto rir. — Ah Bon só você né?
— Claro, ei tenho que desligar, a Clary fez cocô, Beijo.
— Okay, beijo — Clary é a pequena menininha loira, de olhos azuis, que não puxou nada Bon, já que ela tem cabelos escuros e olhos verdes, mas sim o marido dela, Richard, que lembra até um "ariano" como dizia Hittler, branco alto, loirissimo, com olhos azuis, é até engraçado de se ver Bon e Ric, ela bate um palmo pra baixo do ombro dele, An não deveria ter diferença nessa altura, elas medem 1,69, até na altura a amizade vale.
— Moça quanto ficou? — perguntou An a balconista — 22,50.
— O que?
— X-burger 12,50, suco natural de laranja 4,00, batatinhas 6,00.
— Nossa, tudo bem, vou passar o cartão. — abriu a carteiro e entregou a peça a moça, que rapidamente inseriu na maquina e informou o valor. — Crédito ou Débito?
— Crédito. — Então informou a senha "251206" vem da data 25 de dezembro de 2006, que fora o dia em que seus pais sofreram o acidente, An pensava que era bom ter uma senha que poderia lhe "causar dor" assim ela não ia usar o cartão, mas com o tempo, isso precisou virar só uma senha, mas é claro que é uma data importante para ela.

2:57 a.m.,*terça-feira
Ainda em algum lugar sobre o Pacifico

Apos o evento com o homem, Nick conseguiu dormir, mas não foi como esperava, ele começou a ter pesadelos.
Se viu como uma criança brincando com outra criança menor, ele olhou a volta, era um quarto grande, bem decorado, e com brinquedos que pareciam medievais, ele vê a criança o encarando e ouve "brinque comigo irmão" ele pisca e quando abre os olhos tudo estava diferente, eles estavam em uma sala circular, onde tinha grandes janelas no lugar das paredes o garoto estava com olhos vermelhos e veias negras percorriam seu rosto, sua boca estava suja, suja de... Sangue? Atras ele notou uma mulher choramingando, seu pescoço parecia com falta e alguns tecidos, e estava sangrando, ao lado um homem ria, quando percebeu o garoto pulou nele, e notou a mulher já em uma janela, olhando o abismo, ela pulou.
Nick acordou num susto, ouvindo "passageiros, chegamos ao destino de Nova York"

Magi: The History of AnastasiaOnde histórias criam vida. Descubra agora