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-Oi ky. -Justin me dá um abraço longo quando está parado na porta.

-Vem Jus, entra. -Dei espaço pra ele passar.

Nos sentamos no sofá da minha sala, o silêncio permanecia inteiro naquela casa.

Ele estava com as duas mãos tampando o rosto enquanto estava inclinado pra frente.

-Hey, oque aconteceu de tão sério? -Eu pergunto a ele, fazendo carinho nas suas costas.

-Kylie, minha mãe...ah...a minha mãe...AAAA PORQUE EU NÃO CONSIGO FALAR SEM TER VONTADE DE CHORAR? -Ele dá um berro e levanta do sofá, fica andando pra lá e pra cá seguidamente com a mão na rosto.

-Justin, me explica oque está acontecendo agora! Senta aqui. -O puxei e fiz ele sentar do meu lado.

Tirei as mãos do rosto dele e fiquei encarando aqueles olhos cor de Mel que já estavam vermelhos do choro. Nossa, ele é lindo até com cara de choro.

Passei a mão no rosto dele, com a intenção de acalma-lo, e foi oque aconteceu, dei mais segurança á ele.

-Ei amor, fala comigo. -Sussurrei.

Ele olhando pra baixo, virou o olhar diretamente nos meus olhos e falou:

-Ky, a minha mãe está morrendo.

Ele fecha os olhos dele com força, com a intenção de sair desse pesadelo.

-Como assim? Oque aconteceu?

-Eu não sabia, se eu soubesse eu impedia mas eu juro que não sabia. -Ele mal conseguia falar de tanto que chorava.

-Amor, sabia oque? Ela está grávida? Gravidez de risco? -Continuei olhando para os seus olhos.

-Não, não, não! Ela cheirava pó. Como eu não pude ver? Como eu não pude sentir? Agora nesse momento ela ta no hospital por uma crise de convulsão que ela teve, e eu? Com cara de tacho para aqueles médicos porque eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo. Eu sou um péssimo filho.

-Não amor, você não é! Jus, contou isso para mais alguém?

-Não, só para você. Confio em você, por favor, não quero que ninguém saiba.

-E ninguém vai saber! Olha pra mim, baby, foca em mim. -Puxei seu rosto que estava virado pro chão e o puxei para mim. -Vai ficar tudo bem, tudo bem. Você está comigo e eu acredito na sua mãe, ela é forte, que nem você! Conseguiu sair dessa, e ela também consegue. Fé, fé nEle.

-Tem toda razão, obrigada por tudo! -Ele me abraça, sem beijo nem nada, só um abraço. Um abraço que eu me encaixava perfeitamente e me trazia tranquilidade e amor. -Kylie...eu te amo.

Me afastei do abraço, olhei para os olhos dele que escorriam lágrimas, e chorei junto.

-Eu também te amo Justin, eu te amo muito meu amor, muito mesmo. -Eu não sabia se eu ria de felicidade ou chorava de emoção, os dois juntos não dava.

Pedi a ele que dormisse comigo hoje e amanhã fôssemos a aula juntos, pra ele não se sentir sozinho.

N.U.D.E.S- Jylie Onde histórias criam vida. Descubra agora