Mindscape

Cristal do Sol

-Estamos chegando? -reclamou Mabel. Preguiça pesando na voz.

-Mabel! Faz 10 minutos que a gente saiu da cabana.

   Foi uma caminhada tranquila para os padrões de Gravity Falls. Eles só tiveram de desviar dos gnomos (cujo chefe era apaixonado pela Mabel), evitar os unicórnios e não cair em nenhuma das armadilhas de monstros armadas pelo Soos. Uma caminhada normal...
   Chegando perto da clareira dos cristais os gêmeos ouviram um choro baixo.

-O que será que é?- perguntou a irmã curiosa e meio assustada.

-Eu não sei, e para falar a verdade não sabia nem que mais alguém conhecia essa parte da floresta além do Ford. Respondeu Dipper

   Vagarosamente eles foram se aproximando e viram uma mecha de cabelos loiros. O choro foi parando aos poucos quando a pessoa (ou criatura...) ouviu eles se aproximando.

-Quem é?- Perguntou uma voz conhecida.

-Pacífica?!- Exclamaram os gêmeos confusos.

-Gêmeos Pines?- perguntou ela de volta.

-O que você está fazendo aqui?

-E por que está chorando- Indagaram os dois.

   Os três haviam se tornado amigos durante o estranhagedon e percebendo que podia confiar neles, Pacífica começou a contar.
Ela e a família estavam tomando café da manhã quando a mãe de Pacífica reclamou dos modos da filha por comer primeiro o pão e depois o cereal. Pacífica respondeu a mãe falando que era ridículo ela reclamar disso. O pai entrou na discussão dizendo que Pacífica estava muito insolente desde o evento com o fantasma da festa. A discussão começou a se tornar maior e Pacífica não aguentou e saiu de casa para a floresta. Ela já conhecia a clareira dos cristais mas não sabia dos poderes mágicos deles, havia simplesmente escolhido o lugar como refúgio pois era bonito.
   Depois de uma breve explicação dos poderes do cristal, Dipper ofereceu:

-Você pode dormir na cabana com a gente, se quiser- Internamente adorando a ideia. Ele não sabia exatamente por que mas a ideia de dormir perto da Pacífica era animadora...

-Eu adoraria- respondeu ela animada.

-Vamos só pegar um cristal e vamos de volta para casa.

   Disse ele pegando um que estava no chão. Ele pediu para Mabel segurar o cristal enquanto ele abria a mochila, mas antes disso ele ouviu uma voz ecoar em sua cabeça:

-Ora ora Pines. Já faz um ano que não nos encontramos- comentou amigavelmente a voz que Dipper mais odiava no mundo.

- O que você quer de mim? Eu pensei que havia te derrotado, Bill.

-Muitos pensam errado quando se trata de mim. Mas não se assuste garoto. Eu só quero invadir a sua mente.

   Mabel e Pacífica ficaram ligeiramente confusas quando Dipper ao invés de abrir a mochila ficou parado de olhos fechados como se estivesse dormindo em pé.
   Bill porém, que já havia conseguido invadir a mente do garoto e com isso possuí-lo avançou para atacar as duas garotas.

   As duas logo entenderam pelos olhos amarelos com pupilas de fenda o que estava acontecendo e se viram obrigadas a tentar tirar Bill da cabeça do Dipper. Mas sem nenhum item mágico além de cristais elas não podiam fazer praticamente nada. Por isso se esconderam atrás de uma pedra para pensar rapidamente em um plano.

-Não temos nada mágico- Reclamou aflita Pacífica.

-Só temos o cristal- Lembrou Mabel-mas ele não funciona sem luz passando por ele e a lanterna fica no kit do exército do Dipper, que tá na mochila dele. Eu sugiro fincarmos o cristal no Dipper e ver se alguma coisa acontece- disse ela meio sanguinariamente.

-Não, não Mabel- disse Pacífica com uma cara assustada- E se usássemos a luz do sol?

-Grande ideia Pacífica! Mas se não der certo vamos fincar o cristal nele?

-Shhhh

   As duas pularam ao mesmo tempo de trás da pedra e colocaram o cristal no raio de sol e apontaram o facho de luz para Dipper. Viu-se um clarão de luz e Dipper caiu no chão arfante, com os olhos normais.

-Dipper! - As duas o abraçaram e Dipper as agradeceu.

-O que fizeram pro Bill ir embora?-  perguntou Dipper curioso.

   E então elas contaram orgulhosamente como haviam se escondido atrás da pedra, da ideia genial da Pacífica e o clarão. Mabel depois de contar a história deu aos dois uma aparente desculpa e saiu, alguma coisa com um lago que ela tinha que visitar.
   Um silêncio constrangedor reinou entre Pacífica e Dipper que ficaram sentados lado a lado em silêncio absoluto.
   Depois de algum tempo que para eles pareceu horas Dipper finalmente falou:

-Acho que eu te devo um agradecimento.

-Por que? Perguntou ela confusa.

-Você sabe; salvar minha vida, não deixar a Mabel me matar com um cristal...

   Ela riu e disse que não poderia deixá-lo morrer por um simples cristal. Não depois de ele ter sobrevivido ao estranhagedon
Foi a vez de Dipper rir. Mas ele não estava rindo do que Pacífica estava falando pois seu pensamento estava longe... ele riu de como Pacífica havia mudado desde o verão passado. Estava mais engraçada, mais esperta, parecia até mesmo mais bonita...

-Dipper?- Perguntou ela- Tá me ouvindo?

-Desculpa, o que você falou. Tava pensando em outra coisa- Disse ele corando levemente.

-Percebi- disse ela rindo- Perguntei se você sabe onde a Mabel foi.

-Deve ter ido até a lagoa do Mermando. Vamos até lá?

   Durante o curto percurso até a lagoa eles conseguiram conversar mais naturalmente. Não vou expor os assuntos porque não são relevantes mas digamos que eles se conseguiram se conhecer direito...
   Na lagoa eles encontraram Mabel e Mermando conversando. Os dois chamaram Mabel que se despediu de Mermando e voltou com eles para a cabana.

                     NOTAS FINAIS

É isso guys, espero que tenham gostado do capítulo porque deu trabalho viu...enfim se vc gostou comenta e vota na história.

Ps. Se vc vir algum erro de português deixe nos comentários que eu vou corrigir assim que possível.

Ps2. A capa está quase acabada.