Diários e Batatas Fritas

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  A meio caminho do quarto se tocou: não podia falar isso para Dipper. Ela não podia mais confiar nele. Não com o que tinha lido. Deveria manter aquilo em segredo de todos. Seria perigoso demais se alguém soubesse.
  
   -Mabel!- Dipper esbravejou.       Assustando a irmã e tirando-a de seus pensamentos.

   -Conseguiu arrumar a porcaria do diário? Nem se importando com o fato de que a irmã estivera sumida havia uma tarde inteira.

   É... Não exatamente. Eu ainda preciso fazer umas coisas Disse ela do modo mais evasivo possível se esgueirando rapidamente dali com o diário escondido no suéter.
  
   Já longe dali na lanchonete da Lazy Susan comendo batatas fritas sozinha, ela pensava em como faria dali para frente. Com certeza Dipper estava diferente. Nem tinha se importado com o fato de que ela havia sumido a tarde inteira. Parecia que ele se importava mais com o diário que qualquer coisa.

   Subitamente, a porta se abriu soando o sininho da porta. Era Ford voltando de alguma coisa que ele tinha ido fazer na floresta.
  
   Um clique se deu na cabeça de Mabel quando ela percebeu que podia sim contar para alguém que guardaria o grande segredo. Esse alguém havia entrado pela porta naquele instante. Ela foi rápida como um raio na direção do cientista de seis dedos que a princípio não entendeu nada.
 
   Mabel levou-o até a mesa e fez ele se abaixar até os dois ficarem face-a-face. Tudo isso aconteceu em uma fração de segundo em completo silêncio e com um Ford extremamente confuso.
  
   A garota então se aproximou do ouvido do Tivô e sussurrou em tom de segredo:
 
   -Eu estou te passando o diário por baixo da mesa, olha a página dos cristais encolhedores.
  
   Não entendendo o porque de tanta cerimônia Ford falou em tom normal:
 
   -O que tem de tão importante assim na página sobre cristais que eu mesmo escrevi. Você acha que eu não lembro do meu próprio diário?
 
   -Shh! As paredes e ouvidos tem olhos e janelas por toda parte... ou algo parecido. Só olha.
  
   Ford, meio bravo e sem entender praticamente nada, pegou o diário, achou a página, arrumou os óculos rachados sobre a ponte do nariz e começou a ler.
  
   Mabel até começou a rir da cara assombrada do Tivô ao ler. Mas ao lembrar do porque do assombro, parou de rir no mesmo instante.

   -Garota, se o que vocês me contaram de ontem na floresta for verdade mesmo; estamos ferrados.

                            NOTAS FINAIS
   Esse capítulo demorou muito para ser escrito por conta de um bloqueio criativo gigante que eu tive. Eu sentava na frente do papel (me julgue, eu faço meu rascunho no papel) e nada saía da minha cabeça. Ficou até meio curto mas foi o que deu pra fazer. No próximo talvez melhore.        Comente se quiser (ou se vir um erro de português, correções são bem-vindas) compartilhe e vote.

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⏰ Última atualização: Feb 20, 2018 ⏰

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